quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Reflexão sobre o PIE

Ao analisar o PIE que elaborei no inicio deste ano, constatei que alcancei alguns objetivos traçados e avancei em alguns que havia planejado a longo prazo. Assim como percebi o quando este plano, mesmo tendo sofrido os reparos sugeridos pela tutora Roberta, continua genérico e superficial.
Construí 7 objetivos, sendo que apenas 3 deles projetados para o final deste semestre, os outros são objetivos a serem alcançados a longuíssimos prazos, algo que talvez nem consiga visualizar nesta vida.
Com relação aos objetivos “concretos e reais”, estão os de:
* Apropriar-me das ferramentas tecnológicas, melhorando minha desenvoltura ao realizar tarefas solicitadas pelas interdisciplinas bem como auxiliando na minha prática docente;
* Organizar-me devidamente no tempo para realização das atividades do PEAD, possibilitando a realização de leituras complementares;
* Aplicar os conhecimentos adquiridos no curso nos mais diferentes âmbitos: pessoal, profissional e estudantil.
Para o alcance do primeiro objetivo descrito acima, apontei algumas estratégias que me auxiliariam nesta conquista, uma delas seria a de utilizar com mais afinco os tutoriais oferecidos pelas interdisciplinas para a apropriação dos recursos tecnológicos. Sem duvidas este foi o recurso que mais empreguei para alcançar meu objetivo. Nas TIC’s ainda no semestre passado, conhecemos o programa Xtimeline que nos cobrou uma imensa desenvoltura e os tutoriais auxiliaram bastante para a apropriação desta ferramenta tecnológica. Da mesma forma a ajuda de professores e colegas se fez de muito valor nesta conquista.
Neste eixo V, o desafio tecnológico chamou-se Cmaptools, ferramenta apresentada pelo SI onde se faz possível criar mapas conceituais. Ainda que eu não saiba usufruir de todos os benefícios deste programa, me sinto familiarizada com o mesmo para construir mapas conceituais quando solicitado por alguma interdisciplina. No entanto para que eu chegasse neste aprendizado os tutoriais, eleitos como um recurso possível, foram de muita valia.
O segundo objetivo diz respeito à organização do tempo. Embora nunca tenha postado uma atividade em atraso, me sentia incomodada por não realizar as leituras complementares. Não posso dizer que pude realizar todas as leituras extras, mas a organização do tempo por meio da divisão de tarefas domésticas entre os membros da minha família bem como o meu desligamento definitivo de alguns encargos que prestava para a comunidade, me possibilitaram fazer algumas leituras que colaboraram bastante para a melhor compreensão e aprofundamento do tema apresentado pelas interdisciplinas.
O ultimo objetivo, ainda que seja algo em permanente continuidade, foi alcançado com sucesso. Tenho aplicado nos diferentes campos de minha vida os conhecimentos adquiridos neste curso, e esta atitude tem colaborado bastante para o enriquecimento de minha vida pessoal e profissional. Me sinto mais encorajada a inovar em sala de aula, reconhecendo nas duvidas dos alunos um excelente meio de iniciar um projeto de aprendizagens, onde de fato estas (aprendizagens) serão significativas.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Gestão Democrática escolar, mais que uma tendência uma necessidade.

Atualmente os processos de descentralização da gestão escolar representam uma das mais significativas mudanças na educação. Permitir que a comunidade esteja presente, participando efetivamente em todos os setores da escola já é realidade em muitas escolas brasileiras. Porém, se PARTICIPAÇÃO é a maior característica, é também o maior desafio da escola contemporânea.
Oferecer oportunidade de participação, não significa “encurtar caminhos”, muito pelo contrário, chegar a um denominador comum é muito mais demorado e complicado quando se tem diferentes vozes e opiniões sobre um mesmo assunto, sobre um mesmo problema.
É bem verdade que permitir que a comunidade esteja presente em todos os setores da escola não é garantia que os problemas desta instituição estejam resolvidos, mas esta postura democrática aumenta as possibilidades de sucesso nas decisões tomadas ao atender as necessidades do coletivo, do grupo. Além disso, o envolvimento da sociedade na escola criará uma posição de parceria, de colaboração, pois cada decisão influencia no destino de todos.
De fato, viemos de uma cultura de silêncio, onde as leis eram impostas para que apenas desempenhássemos nossas funções; e neste momento da história educacional estamos construindo princípios democráticos, “aprendendo democracia”, num exercício de cidadania que muitas vezes se torna conflituoso entre as partes envolvidas.
Frequentemente os problemas chegam à escola e são devolvidos a família, e vice-versa, como se procurássemos um “culpado”para os problemas que encontramos no caminho, a parceria quando instituída nesta situação cria e possibilita um vínculo de auto-ajuda, numa luta por objetivos comuns.
Muito me tocou a fala do professor Jorge Najjar (professor da FEUFF) que lembrou Paulo Freire que por sua declarava que “a briga por melhores salários deve ser uma briga de toda a sociedade, e não apenas dos professores”. Nada mais justo do que termos do nosso lado quem mais se beneficiará com nossos sucessos, ainda que os benefícios venham de forma indireta.
Uma escola democrática é alicerçada em alguns princípios básicos, onde a eleição para diretor, a efetivação de conselhos escolares, a transparência na gestão escolar, são dados como condição básica para a sua concretização, porém não bastam que estas estruturas existam na base administrativa da escola, é fundamental que as opiniões adversas sejam de fato ouvidas e analisadas, num espírito de respeito as diferentes opiniões. Esta escola está sempre aberta ao diálogo e tem como premissa o compromisso com a sua gente, para tanto se envolve nos problemas de seu entorno e traça junto a sua comunidade metas e objetivos a serem buscados através do ensino para amenizá-los.
Portanto, uma escola que assume uma postura democrática, necessita buscar incessantemente pela “participação” da comunidade escolar na construção de suas dimensões pedagógicas, principalmente no que diz respeito ao PPP.
Mas participar não é apenas “marcar presença” em reuniões. Participar ativamente é apresentar propostas, definir caminhos, é fiscalizar, avaliar a organização e o funcionamento da instituição escolar, numa postura consciente e justa, numa parceria que visa a melhoria do ensino de forma legitimada.
É fundamental que tenhamos consciência de que a educação se discute fundamentalmente de forma coletiva, pois somente a organização competente de todos os segmentos da comunidade escolar é capaz de possibilitar a construção de uma escola que atenda as expectativas de todos, isto é, para uma nova escola, com uma nova qualidade.
Assista ao vídeo Gestão Escolar Democrática que está disponível em
http://videogestoademocratica.pbwiki.com/

sábado, 8 de novembro de 2008

Projetos ...

Estamos dando andamento a dois projetos neste semestre, um guiado pelo SI, do qual já fiz um breve relato neste ambiente, e outro orientado pela interdisciplina Psicologia da vida Adulta. Este último vem rendendo muitas descobertas com relação às peculiaridades existentes na terceira idade.
O tema escolhido pelo meu grupo foi “Relacionamentos amorosos na terceira idade” e, para demonstrar as facetas presentes nos relacionamentos dos idosos procuremos entrevistar senhoras e casais com idade acima de 50 anos, que acreditamos poder nos mostrar as diversas realidades arroladas a este tema e assim demonstrar de forma concreta o que muitos estudiosos concluíram sobre este assunto.
Realizar ambos os projetos está sendo muito significativo e desafiador na medida em que me enche a cada dia de motivação para estar buscando respostas para as pergunta e dúvidas que norteiam as pesquisas e, assim possibilitando criar minhas próprias conclusões sobre o assunto, de forma imparcial e justa.

sábado, 25 de outubro de 2008

Atuação do CAE no município de Três Cachoeiras

A interdisciplina Organização e Gestão da Educação, em uma de suas atividades, nos convidou a nos informar na prefeitura sobre a organização e o funcionamento dos conselhos do FUNDEB e da alimentação escolar de nosso município.
Decidi pesquisar e me informar sobre a atuação do CAE do município de Três Cachoeiras e descobri muitos detalhes formais e práticos deste conselho.
Segundo Éderson Machado, coordenador do CAE de Três Cachoeiras, uma vez instituída esta comissão, atribui-se a ela a incumbência de fiscalizar a execução do Programa de Alimentação escolar, ou seja, os recursos financeiros repassados pelo FNDE para a aquisição dos produtos da merenda escolar além de viabilizar melhoria da qualidade das refeições, atendimento dos hábitos alimentares, diversificação da oferta de alimentos, incentivo à economia local e regional, diminuição dos custos operacionais e estímulo à participação da comunidade local na execução e controle do Programa.
O município de Três Cachoeiras passou a adotar tais medidas a partir do ano 2000. Atualmente o número de membros que integram o CAE deste município são 07 como estabelece a Medida Provisória n° 1979-19 de junho/2000.
Em termos de valores, o coordenador do CAE, esclareceu que chega até o município 0,20 centavos por aluno matriculado no Ensino Fundamental e Educação Infantil para serem gastos diariamente com a sua merenda escolar. O levantamento total de alunos matriculados é sempre feito baseando-se no senso do ano anterior.
Neste município, os conselheiros são convidados a participarem de reuniões a cada dois meses onde conhecem os demonstrativos da movimentação nos meses anteriores (compras, valores gastos e destino dos alimentos) bem como ficam a par da ocorrência de sobras de produtos nos estabelecimentos de ensino. Acompanha a reunião além dos 07 conselheiros, mais 01 merendeira de cada escola atendida pelo programa e 01 nutricionista. Nesta reunião é feito a elaboração do cardápio a ser seguido pelas escolas e a lista de produtos a ser licitada.
Segundo Éderson, a quantia repassada tem sido suficiente para cobrir os custos da merenda escolar do ensino fundamental, porém não tem coberto as despesas da creche municipal, já que esta oferece a cada criança 02 lanches/dia e o almoço, neste caso o município tem completado este valor a fim de oferecer aos pequenos as 03 refeições diárias.
Como resultado deste trabalho, pude perceber que as funções de orientar, fiscalizar e controlar a aplicação dos recursos destinados a merenda escolar, bem como a vantagem de intervir nas decisões de compra de produtos e na construção de cardápios, são ações de direito da população, e que por meio do CAE se fazem concretas neste município.

REFLEXÃO-SÍNTESE DO FÓRUM: MARX E MÉSZÁROS

Refletir Karl Marx e suas idéias sobre o contexto social de sua época é de certa forma refletir sobre a realidade atual como desfecho de um processo histórico. Com sua grande capacidade de interpretar a sociedade, Marx projetou os efeitos desta para além de seu tempo. Este pensador/investigador percebeu e analisou melhor do que ninguém o desenvolvimento do capitalismo onde tudo se transformaria em mercadoria e seus artigos nos beneficiam com um caminho para entender melhor a natureza do desenvolvimento capitalista.
Seus relatos afirmavam que a economia seria a base de toda a organização social, baseada na exploração da força de trabalho da classe dominante (a burguesia) sobre a classe dominada (o proletariado). Segundo Marx, a mudança social estaria vinculada à luta de classes, e tal transformação só seria possível quando a classe trabalhadora menos favorecida se libertasse das amarras do capitalismo, podendo realizar plenamente e livremente sua potencialidades.
É nesta linha de pensamento que nos voltamos para a educação, como a forma mais significativa de colaboração no processo de libertação do ser humano.
Segundo Marx a única forma de haver uma mudança significativa na alienação seria principalmente por meio da educação. No entanto, o que percebemos são escolas, que na sua grande maioria, continuam a colaborar na perpetuação da situação alarmante de exclusão e dominação ao transmitir a mesma forma de educação capitalista e alienada de séculos atrás e desta forma contribuindo para o fortalecimento dos mais "fortes" e desfavorecendo ainda mais os mais "fracos".
Sem dúvidas, no processo de construção da história, a escola modificou seu foco de interesses em cada momento. Aquela escola oferecida aos pobres no século XIX e XX nunca formou ou quis formar para a autonomia, queria apenas produzir trabalhadores dóceis, prontos para serem governados. Porém, ainda que as mudanças tenham acontecido, a escola ainda se apresenta diferente às classes populares através de um sistema educacional que estabelece limites e fronteiras sobre como e o que deve ser ensinado. Isto porque ter conhecimento gera autonomia e posicionamento crítico o que representa, até hoje, ameaça aos que estão no poder.
Penso que uma das grandes funções da educação seja livrar os menos favorecidos da barbárie que a própria sociedade lhes apresenta como única alternativa de sobrevivência.
Precisamos, como nos diz Mészarós no texto Educação contra a alienação e que nossa colega Terezinha Solange colocou no fórum de forma muito pertinente, “recuperar o sentido da educação e recuperar no povo seu senso crítico, levando-os a conhecer-se a si mesmos, aprender por diferentes meios alternativos e criativos. Pois só tornando-se críticos terão força para se libertar da alienação dominante”.

Projetos Temáticos

Três interdisciplinas deste semestre, Seminário Integrador em parceria com Projeto Pedagógico em Ação e Psicologia da Vida Adulta, vem me proporcionando situações de muito aprendizado no que diz respeito à elaboração de projetos temáticos.
O primeiro passo do projeto: elaborar a pergunta ou tema central a ser pesquisado, foi um trabalho muito mais árduo e complexo do que eu imaginava. A pergunta que criamos inicialmente precisou de vários reparos para ficar como o esperado, e ainda não temos certeza de sua total aprovação. A cada comentário da Prof. Nadie, observamos detalhes que tinham passado despercebido pelo grupo e este processo de reformular, de repensar, de analisar profundamente cada item da pesquisa em formas de dúvidas e certezas, tem colaborado muito no meu entendimento como professor. Elaborar um projeto, nunca foi tão “complicado” e ao mesmo tempo tão rico de aprendizado como tem sido neste momento de minha vida.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Gestão Democrática na Educação

Através dos estudos até aqui realizados sobre Gestão Democrática na Educação, pude refletir e perceber vários segmentos administrativos que se fazem necessários numa instituição de ensino para que haja realmente uma escola pública democrática.
Uma escola democrática é alicerçada sob um conjunto de práticas onde toda a comunidade escolar pais, filhos, funcionários e professores formam um grupo único e ativo nas discussões e decisões da escola. Esta escola está sempre aberta ao diálogo e tem como premissa o compromisso com a sua gente, para tanto se envolve nos problemas de seu entorno e traça junto aos habitantes metas e objetivos a serem buscados através do ensino para amenizá-los.
Uma escola que tem presente critérios democráticos em seu regimento, preza pela ação permanente do conselho escolar em suas decisões administrativas. Do mesmo modo, age de forma transparente em suas dimensões financeiras prestando informações verídicas sobre suas contas, verbas e aplicações.
Portanto, uma escola que assume uma postura totalmente popular educacional, necessita buscar incessantemente pela “participação” da comunidade escolar na construção de suas dimensões pedagógicas, principalmente no que diz respeito ao PPP que é a carteira de identidade da escola. Neste documento constam os mais sérios compromissos que a escola assume, juntamente com todos envolvidos no processo educativo (professores, funcionários, alunos, seus pais e a comunidade como um todo) para se chegar ao objetivo maior que é colaborar para a construção de uma nova realidade com sujeitos autônomos, críticos e capazes de agir com sabedoria.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

A perspectiva weberiana de educação

O fórum de ECS alusivo às idéias de Weber sobre os tipos de dominação existente na sociedade, rendeu bastante discussão entre os participantes. Acompanhei desde o início as postagens dos colegas e por vezes me identifiquei com elas, principalmente no que diz respeito à postura adotada pela escola onde atuamos e também analisando nossa própria postura em sala de aula, na relação professor-aluno.
As considerações de Weber acerca dos três tipos de dominação legítima privilegiam uma conexão com as estruturas da educação ao longo da História. No patrimonialismo e no feudalismo, o objetivo da educação era a formação do “homem culto”, enquanto no capitalismo é a formação de especialistas para prosperar no mercado de trabalho. Para Weber, esse tipo de educação possibilita a formação de uma casta privilegiada que ocupa os cargos mais importantes na burocracia. As camadas dominantes, em cada período histórico, contribuem para a determinação das finalidades da educação. Assim, ao identificar os tipos de dominação presente na escola, percebo que fizemos parte de um grupo que ao longo dos anos perpetua o sistema de “dominação” das classes, ou seja, por anos a escola foi utilizada para preparar os indivíduos para a domesticação, para aceitar as ordens que a elite impunha através de normas e regras sociais. Atualmente, porém a educação é vista com outros olhos, temos em nossos objetivos pedagógicos mediar situações que favoreçam a construção de indivíduos capazes de dominar sua vida e seu futuro, e não apenas aceitar ordens sem questioná-las.
Porém, mesmo considerando as grandes mudanças ocorridas na educação em termos de manipulação e “domínio do pensar”, penso que muito ainda há para ser feito em prol de uma educação verdadeiramente democrática.
Para que a escola cumpra seu papel de entidade transformadora da sociedade, precisa necessariamente assumir muitas mudanças na sua conduta frente a seus educandos. Nestas mudanças inclui a elaboração do currículo respeitando o interesse e as experiências dos alunos; a observação permanente do crescimento do aluno como processo de avaliação; a descentralização de saberes dentro da sala de aula; dentre tantos outros absolutamente necessários para o predomínio da democracia educacional.
Para concluir minha analise, gostaria de empregar um trecho da colega Delaine que define muito bem a situação em que nós adoradores estamos inseridos: “Até quando estaremos escondidos atrás da máscara da democracia, usando artimanhas para impor nossa dominação? Até quando disfarçadamente seguiremos com esta dominação absurda sobre nossos alunos e ou semelhantes? De forma racional e passiva, impomos nossas idéias, exigimos, cobramos ,ameaçamos, obedecemos e somos obedecidos. Até quando diremos que somos lideres se na verdade somos dominadores?”
A realidade do ensino público e os diversos meios de dominação existente no mesmo ainda é um grande problema a ser enfrentado pelos governos, pela escola e por nós professores. A falta de democracia, a falta de ética profissional, a ineficácia dos parâmetros pedagógicos ainda estão em aberto. É preocupante a situação de controle a que estamos submetidos e que muitas vezes submetemos nossos alunos, mas penso e acredito que estamos a passos largos no caminho das mudanças.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

As competências das diferentes esferas de governo para com a educação.

Após a leitura dos textos sugeridos pela interdisciplina Organização e Gestão da Educação: “Sistemas de Ensino”, “Responsabilidades das esferas de governo para com a educação” e “Federalismo e Descentralização”, de autoria de Nalú Farenzena, foi possível definir com mais clareza as competências das esferas de Governo Federal, Estadual e Municipal têm para com a educação bem como os efeitos da descentralização afetam diretamente a população.
Os estados e municípios brasileiros, historicamente, assumiram a responsabilidade de manter o ensino fundamental e médio, a União, compreendendo-se como o poder maior, cabe manter o ensino superior de forma direta e indiretamente contribuir à manutenção e ao desenvolvimento do ensino através de programas que se estendem as redes estaduais e municipais.
A descentralização é a maneira como as diferentes Esferas são condecoradas com a autonomia de tomar decisões sem consultar as instancias superiores. Assim, Estado e Município tem autonomia para estar criando em forma de “políticas de governo” suas leis temporárias (que tramitam em um determinado governo), porém sempre seguindo as exigências da LDB (Lei de Diretrizes e Bases), o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e a Constituição que forma o conjunto maior nos campos de planejamento, financiamento, gestão e avaliação, e que são permanentes e não podem ser violados.
Assim a distribuição da autoridade política, característica do Federalismo concedeu ao estado e município através da descentralização, ser atores políticos autônomos com poderes para implementar suas próprias políticas internas, mas obedecendo a uma Constituição única, teoricamente criada em comum acordo com todos envolvidos (estado, município e união) que limita a tomada de decisão proferida pelos respectivos estados e municípios agregados. Esta independência política faz com que escolas municipais e estaduais tenham seus próprios regulamentos com relação as suas normas, a carga horária, ao uso de uniforme, ao conteúdo do PPP, dentre outros, da mesma forma que possibilita a cada estado estar adotando medidas temporárias para o ensino nos limites de seu território, como exemplo temos o estado do RS que adotou a programa multisseriado independente do consentimento dos demais estados brasileiros.

Max Weber, intelectual e sociólogo alemão, foi um do fundadores da Sociologia, juntamente com Karl Marx, Lifredo Pareto e Émile Durkheim. É conhecido sobretudo pelo seu trabalho sobre a Sociologia da religião.
Os três tipos puros de DOMINAÇÃO LEGÍTIMA segundo Max Weber:
Dominação Legal, baseada puramente no estatuto é a dominação burocrática, qualquer direito pode ser criado e modificado mediante um estatuto pelo qual a rege. Estabelece a quem e em que medida se deve obedecer. Quem ordena obedece ao emitir a ordem à lei ou regulamento, assim sendo de caráter formal.
Dominação Tradicional, existente a muito tempo em virtude de crença e poderes senhorais é a dominação patriarcal sendo de caráter comunitário. Quem ordena é o "senhor"e quem obedece são "súditos". O quadro administrativo é formado por servidores. A obediência se faz em virtude da dignidade, santificada pela tradição: "fidelidade".Se faz reconhecimento do estatuto como válido para sempre, por "sabedoria".
Dominação Carismática, baseia-se na crença e se dá pela devoção afetiva à pessoa do senhor por seus dotes sobrenaturais (faculdades mágicas, curas, heróis), poder intelectual ou de oratória. Quem manda é o líder pelas suas qualidades excepcionais (carisma) e quem obedece é o apóstolo. Seu domínio pode se tornar decadente se cair suas qualidades.
Fonte literária:
WEBER, Max. Os três tipos puros de dominação legítima. In COHN, Gabriel (org.). Sociologia. São Paulo: Ática, pg. 128-141. Disponível em: http://www.ufrgs.br/tramse/pead/textos/weber.pdf

Escola, Cultura e Sociedade: uma abordagem sociocultural e antropológica


Émile Durkhein

A leitura do texto de Émile Durkhein “A educação como processo socializador: função homogeneizadora e função diferenciadora” me fez compreender aspectos referentes à sociedade e a educação que vem sendo perpetuada nela a partir da construção de modelos pré estabelecidos ao longo dos anos.
Em tempos remotos a educação já era vista como instrumento de reprodução da sociedade. Mesmo nas sociedades pré-históricas, onde ela ainda era igualitária e uniforme, já pretendia em sua pedagogia perpetuar noções de sobrevivência que viessem a responder as exigências da sociedade. Assim o homem alcançava a sabedoria através das ferramentas oferecidas pela educação.
Estas exigências, na história da humanidade, se tornaram cada vez mais complexas e se subdividiram em diversas áreas de conhecimento. Percebemos que os sistemas de educação, ao longo dos anos dependem de fatores comuns como a religião, a organização política, as ciências, o estado e as indústrias, etc.
Assim sendo, cada civilização, em seu tempo cronológico desenvolveu seus meios de educar seu povo, a serviço da sobrevivência da própria sociedade, conduzindo desta forma cada indivíduo a subordinar-se cegamente a coletividade e a tornar-se uma “coisa” da sociedade.
Segundo Durkhein, “Todo o passado da humanidade contribuiu para estabelecer esse conjunto de hoje”, é como se, durante toda a história da humanidade o homem fosse instruído para servi-la sem questioná-la ou julgá-la em prol da “sobrevivência” do grupo do qual faz parte.
É notório que o objetivo da educação atual continua sendo preparar indivíduos para se adaptarem a sociedade e a ela servirem sem questionar, e se conformar com costumes históricos que não os agrada. O autor afirma que a educação é exercida pelas gerações adultas sobre as gerações novas, diz ainda que a criança, ao nascer, traz consigo só a sua natureza de indivíduo. "A sociedade encontra-se, a cada nova geração, na presença de uma tábua rasa sobre a qual é necessário construir novamente", escreveu.
Acredito que nunca na história da educação, houve tanto estudo sobre a necessidade de encararmos a própria como meio de revolucionar a sociedade injusta e egoísta que aí está na qual vemos que o coletivo na maioria das vezes não é respeitado, em favor de uma satisfação individual e particular, será que realmente podemos dizer que a educação exerce hoje esse papel de socializadora como afirmava Durkhein?

Fonte literária:

DURKHEIM, Émile. A educação como processo socializador: função homogeneizadora e função diferenciadora In PEREIRA, LUIZ e FORACHI, Marialice. Educação e sociedade: leituras de sociologia da educação. 8. ed. São Paulo: Nacional, 1977. Disponível em http://www.ufrgs.br/tramse/pead/2006/01/educao-diferenciadora.htm

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

"Semestre das políticas"

Este, como disse a Professora Marie Jane em uma aula presencial, é o “semestre das políticas”. E como não poderia ser diferente, estamos recebendo informações sobre as diversas políticas que regem os sistemas de ensino por meio de leis e regras que tramitam na Educação Brasileira, através das diferentes interdisciplinas.
Falar sobre políticas públicas, não é tarefa fácil, ainda mais quando se foi criado de “olhos fechados” para este assunto. Na verdade, somos de uma geração que cultuava o 'silêncio' e ao 'não questionamento' do que nos vinha em forma de leis governamentais. Por isso, penso que este semestre, será como um “abrir os olhos” no sentido de nos clarear o caminho onde pisamos e onde construímos sonhos e o futuro.

terça-feira, 17 de junho de 2008

"Trabalhando com perguntas"

Após o estudo realizado na atividade “Trabalhando com perguntas”, mediado pelo SI IV, o ato de fazer perguntas passou a requerer certa habilidade do professor, tanto no momento de formular a pergunta como no momento da resposta. No processo ensino aprendizagem - que é um processo de comunicação - a interação entre professor e alunos torna-se imprescindível, e estes momentos interativos devem estar recheados de muitas perguntas e respostas de ambas as partes. Entretanto, eles não se resumem a um jogo de perguntas e respostas rápidas e sem contextualização e sim num ambiente agradável onde as respostas são construídas de forma cooperativa.
Perguntas do tipo: Quais são os estados físicos da água? São importantes, mas apelam apenas para a capacidade de repetir, de memorizar do aluno, que responderá: sólido, líquido e gasoso. Uma pergunta estimula o raciocínio do aluno dependendo da forma como ela é formulada. Se reformularmos a pergunta descrita acima para: Onde encontramos as diversas formas em que a água se apresenta na natureza? Esta pergunta estimulará um tipo de raciocínio útil ao aluno, e não uma simples repetição. A resposta será a mesma em relação à pergunta anterior, mas o processo do pensamento foi totalmente diferente nas duas situações.
Muitas são as perguntas que levam o aluno a raciocinar, a ter idéias diferentes. Tomamos por exemplos as seguintes perguntas mediadas pelo professor em sala de aula: A bola pode ser utilizada para algo diferente do jogo? O lápis de cor pode ser usado para algo diferente de colorir? O que acontecerá com os animais se esfriar muito? E se o tempo ficar muito quente?
Responder estas questões requer do aluno que se volte para suas experiências e conhecimentos já adquiridos e basear-se neles para elaborar uma resposta consistente e coerente para saciar o professor e a si mesmo. Neste processo enfrentado pelo aluno suas capacidades intelectuais são imensamente ampliadas, além de estar percebendo que em sua frente não há um ser isento de dúvidas, muito pelo contrário, passa ver seu professor como alguém que vive buscando respostas, que têm muitas dúvidas e busca diferentes alternativas de solucioná-las, que está aberto a receber perguntas e assumir junto ao indagador o compromisso da descoberta.
Sem dúvida a aprendizagem e a curiosidade andam de mãos dadas de forma que uma não existe sem a outra. Sendo assim, se torna indispensável estarmos sempre alerta para as oportunidades que eventualmente surgem em sala de aula, no sentido de transformar o ambiente escolar em uma fonte inesgotável de descobertas que acontecem em meio a perguntas e respostas “inteligentes”.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Vídeo na Educação

Quantas descobertas a interdisciplina das TIC’s tem me proporcionado! Nunca fui uma “expert” em informática, porém tudo que se refere a tecnologias sempre me chamou a atenção e me motivou a pesquisar mais sobre o assunto.
Os saits sugeridos pelo professor Eliseo tem se mostrado excelentes ferramentas em sala de aula, o RIVED, um dos endereços indicados pelo professor tem colaborado bastante na minha prática pedagógica, lá encontro diversas atividades que podem ser transferidas para um cartaz ou mesmo folha oficio para os alunos, relato esta realidade, pois minha escola não tem acesso à internet, e os alunos não podem ficar esperando por esta conquista de nossa escola...
A temática “Vídeo na Escola”, foi outra grande fonte de descobertas, já durante a pesquisa no Youtube para seleção de um vídeo interessante para trabalhar com os alunos, encontrei coisas maravilhosas sobre vários temas abordados em sala de aula como: separação do lixo, trânsito, seriação/ classificação, origames, dentre tantos outros.
Está sendo muito importante para mim, como educadora, estar podendo conhecer estes ambientes virtuais, estou me sentindo cada vez mais segura em estar utilizando das potencialidades da informática na minha sala de aula, e sem dúvida esta postura inovadora adotada pelo professor será necessária para que a educação não fique estagnada no tempo, perdendo a atenção dos alunos para algo mais atrativo e motivador.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Perguntas...

O Seminário Integrador através da atividade Lançamento de Perguntas me fez refletir sobre várias questões, tais como:
-De onde vem os Conteúdos Escolares, quem os seleciona, a partir de que critérios?
-O que faz dos conteúdos escolares mais importantes de serem trabalhados em sala de aula do que as dúvidas pessoais que afligem os alunos?
-Porque as perguntas dos alunos precisam se originar com horário e dia marcado através de uma história introdutória ou coisa parecida?
-O que faz de uma pergunta ser produtiva ou menos produtiva?
-Porque temos que responder todas as perguntas que nos são feitas em sala de aula?
E várias outras questões a este respeito.
Bem, em primeiro lugar preciso admitir que nunca tinha parado para analisar que uma simples pergunta lançada por um aluno poderia ser tema gerador (metodologia freireana) de uma série de assuntos importantíssimos de serem contextualizados em sala de aula.
O que acontece normalmente é que as perguntas são feitas pela criança e rapidamente são respondidas pelo professor, como se tivéssemos a obrigação de sanar a dúvida do aluno instantaneamente. Até mesmo quando aparecem aquelas perguntinhas indesejadas, “danadas” de se responder, sinônimo de aflição para o professor que tenta de uma forma ou de outra responder rapidamente, isso se não conseguir se esquivar dela a tempo.
Por que não devolver a pergunta ao aluno num tom de “O que tu achas que acontece?” ou “Na tua opinião, o que tu pensa que é isto?”
Talvez esta seja a melhor forma de se “responde-lo”, já que para formular a pergunta ele obviamente baseou-se em seus conhecimentos, neste sentido a aprendizagem partirá deste ponto...
Quem determina o que deve ser trabalhado em sala de aula é unicamente o professor que em meio à lista de Conteúdos a serem vencidos no ano, deve dar atenção especial às duvidas de seus alunos.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

A elaboração do PIE

Elaborar o Plano Individual de Estudos foi de grande valia para cada estudante deste curso. Isto porque a análise gerada em cada momento de sua criação nos fez refletir profundamente a cerca de nossos reais objetivos neste curso, sejam eles pessoais, profissionais ou estudantis.
Não foi uma atividade fácil, porque não bastava apenas propor objetivos em forma de aprendizagens e melhoramentos pessoais, era preciso mostrar o caminho para alcançá-los através da indicação de recursos e planejamento de estratégias, além de estipular prazos para estas conquistas.
A conclusão do plano se daria numa apresentação de evidências da sua realização.
Minha primeira versão ficou muito “genérica” (palavras da tutora Roberta) e necessitou de alguns reparos.
A sugestão para modificar meu PIE me fez repensar cada objetivo que elaborei inicialmente e eliminar vários deles que não estavam ao meu alcance, ora por serem de cunho coletivo, ora por se tratarem de verdadeiras utopias, desejos que não se alcançam em uma vida e que são almejados por todos que têm algum vinculo com a educação, como: Colaborar para o desenvolvimento de cidadãos críticos...
Ao final deste trabalho me vejo mais realista (pé no chão) quanto aos meus desejos e anseios, consigo me colocar no ligar de alguém que mesmo disposto a muito prender e ensinar não pode mudar o mundo.

terça-feira, 6 de maio de 2008

De vezes e de dividir

A interdisciplina de Representação do Mundo pela Matemática me proporcionou uma nova visão quanto ao momento de abordar a divisão e a multiplicação nas séries iniciais. Por serem consideradas complicadas, a divisão e a multiplicação só apareciam no currículo depois que as crianças dominassem bem a adição e a subtração, algo que eu concordava plenamente. Porém desde cedo as crianças têm grande capacidade de operar com estas noções matemáticas, e os alunos só tem a ganhar quando aprendem todos os conceitos desde o início da escolaridade.
A Teoria dos Campos Conceituais, do psicólogo francês Gérard Vergnaud, afirma que problemas envolvendo várias situações devem ser explorados em um trabalho continuado que percorra toda a escolaridade da criança, evidenciando as relações existentes entre as operações, mesmo antes da sistematização de seus algarismos.
As atividades abordando multiplicação e divisão nas primeiras séries do ensino fundamental devem ser orientadas didaticamente de forma prazerosa e que venham a provocar o aluno a resolver situações concretas de seu cotidiano, com o uso de materiais que estejam ao seu alcance, para que possam elaborar hipóteses e discutir estratégias.
É muito importante estimular os pequenos a discutir suas idéias com seus colegas, pois cada um terá uma forma diferente de se chegar ao mesmo resultado e a existência destas conjecturas é extremamente importante para a construção das primeiras relações da criança com a matemática.


sexta-feira, 25 de abril de 2008

BALANCE - Mas não caia!

O filme BALANCE, sugerido pela interdisciplina Representação pelas Ciências Naturais, é muito instigante e expressivo, ótimo para trabalhar questões referentes ao Desequilíbrio Ambiental com as crianças. Achei de muita criatividade a produção do pequeno filme, que em menos de 8 minutos nos provoca uma série de reflexões.
Os fatos assistidos no filme se relacionam perfeitamente ao Desequilíbrio Ambiental que vivemos na atualidade. Quando um homem altera o ambiente ou o espaço onde vive, esta ação não diz respeito apenas ao seu ato, mas se expande e reflete a toda uma população.
É como se estivéssemos, assim como no filme, suspensos no ar, qualquer ação solitária realizado no ambiente, traria conseqüências a todos participantes, sendo assim, cada ação realizada deixa de ser um ato solitário e individual e passa a instituir conseqüências para boas ou más para todo um grupo, mantendo ou provocando o desequilíbrio do espaço.
A contextualização da “ação/reação”, é necessária e precisa ser analisada pela sociedade.
Vimos e ouvimos frequentemente casos de desmatamento desordenado, poluição da água e do ar, queimadas ilegais, matança de animais como se a natureza existisse para ser explorada pelo homem em prol de seu bem estar, deixando claro que a ganância e a busca do lucro ultrapassam a barreira do senso comum e até da consciência humana.
Estamos sofrendo com o desequilíbrio ambiental, pessoas continuam modificando e organizando seu espaço conforme suas vontades e objetivos próprios, não se importando com o futuro da humanidade (nem ao menos do seu vizinho).

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Repensando o ensino de Ciências

A leitura dos textos sugeridos bem como a realização da atividade prática da aula presencial, me colocaram numa situação de grande aprendizagem na área de Ciências.
A tarefa de representar através de desenhos alguns temas foi complicada, pois nos deparamos com palavras que não eram comuns no nosso cotidiano fazendo com que a representação ficasse muito difícil, comprovando neste momento como seguimos a ideologia produzida pela sociedade. O que nunca tivemos a oportunidade de ver reproduzido por alguém se torna difícil de ser representado.
Esta atividade quando aplicada aos alunos nos possibilita diagnosticar o que eles têm como verdades sobre algum conteúdo, já que cada desenho feito passará pelo processo de análise sobre o seu significado.
Existe uma grande importância de diagnosticar o que os alunos têm como verdades antes de iniciar algum conteúdo novo, pois a construção do seu conhecimento, parte do que ele já tem construído; portanto, através desta atividade, os alunos são levados a contextualizar seus conceitos já consolidados, discutindo suas hipóteses e confrontando-as com outras opiniões, encontrando assim argumentos para defender suas próprias idéias.
A leitura do texto "Repensando o ensino de Ciências a partir de novas histórias da ciência" de Russel Teresinha Dutra, me fez compreender que o Estudo de Ciências não deve apresentar aos alunos dados científicos como verdades absolutas, pois a construção de idéias e conceitos, assim como as imagens que desenhamos, são construções históricas, de forma que o que é verdade hoje pode ter caráter duvidoso amanhã. Sendo assim a Ciência passa a ser feita de verdades provisórias, que serão mantidas até que segmentos interessados provem o contrário.
Os alunos deverão ser provocados a colocar sempre a prova o que tem como verdade absoluta, pois sempre existe a possibilidade de mudança no que pensamos, no que acreditamos.
Desta postura de permanente reflexão depende o futuro da sociedade.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Assumindo um compromisso com o futuro do nosso aluno

Apesar de não ter participado da aula presencial de Estudos Sociais, a conversa com colegas e a leitura do texto “DO ACASO À INTENÇÃO EM ESTUDOS SOCIAIS”, me motivou a registrar as primeiras aprendizagens proferidas por esta interdisciplina.
O reforço da idéia de que o trabalho docente nunca poderá deixar de ser uma atividade consciente e sistemática, trabalhados no texto, veio como forma de nos provocar a compreender a complexidade desta tarefa como algo que ultrapassa o espaço da sala de aula, pois está diretamente ligado a questões sociais já que o grande objetivo é capacitar os alunos a agir e participar na vida social.
Pensando assim, como objetivar tal expectativa sem considerar as experiências de vida dos alunos? Como esperar que a mudança social parta de indivíduos críticos sem ouvir e incluir suas aflições, anseios, desejos no ensino oferecido na escola?
Partindo destas questões, creio que o ensino de Estudos Sociais, deve se encarregar predominantemente destas situações em sala de aula e focalizando resultados fora dela. Ensinar Estudos Sociais nesta perspectiva é planejar situações onde os alunos aprendam conceitos importantes, que lhes permitam compreender e intervir em seus contornos sociais de forma consciente. Esta postura adotada pelo educador, abomina situações de acumulo de informações, onde os alunos debruçam-se em livros e estudam sobre fatos históricos como algo isolado da realidade.
O ensino de qualquer estudo, inclusive o de Estudos Sociais deve considerar a história da turma em suas atividades de sala de aula, seus conhecimentos, suas hipóteses, seus conceitos construídos por anos e talvez contaminados pela mídia, pela cultura e até pela própria escola para partir em busca de novos conhecimentos.
ANALISAR, REFLETIR, CONTEXTUALIZAR, são quesitos fundamentais para que o ensino possibilite a elaboração de conhecimentos “transformadores”, e que finalmente se materializem em alunos/cidadãos, alunos/críticos, alunos/participativos.

domingo, 30 de março de 2008

Representação do Mundo pela Matemática


No dia 17/03 tivemos nossa primeira aula presencial e conhecemos o professor Luiz Davi Mazzei da Interdisciplina Representação do Mundo pela Matemática.
Nesta noite além de alguns conceitos referentes a iniciação à matemática, manuseamos alguns jogos que poderiam nos auxiliar em sala de aula.
A Caixa Tátil, eu particularmente já conhecia da época que trabalhei na educação Infantil, porém o Baralho "Maia" foi algo novo e muito interessante para trabalhar com os maiores.
Este baralho foi entregue aos grupos e sugerido que cada um, segundo seus preceitos, descobrisse uma forma de jogá-lo. Foi muito engraçado, pois não haviam números apenas gravuras, o que dificultava desvendar as regras. Após alguns minutos, conseguimos colocar as cartas em ordem numérica, porém não sabíamos qual era o valor de cada uma.
Esta atividade é muito interessante na medida em que nos desafia a colaborar com nossa opinião a respeito de algo, mas também nos sujeita a abrir mão de nossas idéias, em função da proposta do outro, que poderá ser mais coerente que a nossa, esta postura trabalha nos alunos a verdadeira concepção de equipe, pois neste primeiro momento o resultado positivo é vitória para todos, somente após o início do jogo passarão a ser adversários.
Mais uma vez encontramos em momentos divertidos um grande aliado em sala de aula, colaborando não só na questão pedagógica mas também na emocional e pessoal dos alunos.



sábado, 29 de março de 2008

Informática Educativa no Brasil: Uma história vivida, algumas lições aprendidas

Ao tomar conhecimento da primeira atividade da Interdisciplina TIC’s, imaginei que nunca conseguiria realizar!
Esta atividade foi sem dúvida mais um grande desafio a ser vencido, pois ainda me sinto muito insegura ao manusear certos tipos de programas na internet.
Mas agora, depois do trabalho feito estou muito orgulhosa do resultado que obtive e posso afirmar que foi mais fácil do que eu imaginava!
Porém, não poderia deixar de lembrar das minhas colegas Deise e Tanara que não medem esforços para me auxiliar quando preciso e do grande apoio que recebido do tutor Benites e da querida professora Nádie que estão sempre prontos a ajudar.
Fazer relação da História da Informática no Brasil com fatos importantes da minha vida pessoal, fui uma forma muito significativa de me situar no tempo em que as experiências com o computador iam se concretizando, pois imaginar cada situação da história seguindo a ótica da época que vivenciei permite idealizar cada situação bem como interpretar a grandiosidade de cada conquista.
Quem quiser dar uma olhadinha no resultado deste trabalho é só clicar:
Espero que tenham gostado do resultado e que retornem sempre!

quarta-feira, 19 de março de 2008

Reflexão sobre a defesa da síntese

Na tentativa de colocar no papel a descrição de como foi a experiência de apresentar oralmente minhas aprendizagens numa banca, selecionei a palavra DESAFIO para representá-la. Desafio porque foi algo totalmente novo e ao mesmo tempo desafiador para mim. Durante todo o semestre organizei minhas descobertas num ambiente virtual, e esta atividade que parecia desnecessária a princípio, se mostrou profundamente útil no momento da elaboração da apresentação, já que bastava apenas selecionar dentre as aprendizagens as que foram mais significativas para minha vida estudantil e profissional e basear-se nelas para realizar a apresentação oral.
Utilizei o tema “Aluno/Sujeito ativo” para fundamentar minha apresentação, pois acredito que todas interdisciplinas trabalharam no sentido de elucidar nosso comportamento em sala de aula, colocando-nos a importância de assegurar ao aluno o ato de “interagir” no ambiente escolar para que a aprendizagem aconteça de forma significativa. (Piaget explica a gênese e o desenvolvimento do conhecimento por interação S<->O)
Procurei apresentar argumentos claros selecionando de cada interdisciplina aprendizagens que comprovassem tal afirmação, deste modo me prendendo à atividades práticas que experienciei neste semestre e que tinham como objetivo maior proporcionar ao aluno momentos de muita ação através de atividades lúdicas e prazerosas, mostrando que são capazes de cantar, dançar, pintar, jogar, questionar, criar, criticar, ganhar...
A fundamentação teórica recebida neste semestre, também foi lembrada em minha defesa oral, dando ênfase a autora Tânea Ramos Fortuna ( Texto: "Sala de aula é lugar de brincar?"), que em suas pesquisas destacou a importância do ato de brincar para o pleno desenvolvimento infantil bem como um aliado do professor em sala de aula no momento de mediar conhecimentos.
A preparação para a apresentação oral foi uma verdadeira tortura para mim, a obrigatoriedade desta tarefa me deixou apavorada. Tive muito medo de que o nervosismo e a ansiedade deste momento fossem desqualificar todo o empenho e dedicação que sempre tive. Hoje compreendo que a preocupação que tive em fazer da melhor forma, desencadeou uma autocobrança muito grande, que foi fundamental para que tudo ocorresse como eu queria. Após ter passado por esta experiência, construí uma outra imagem deste momento, agora vejo que ninguém estava lá para nos massacrar ou torturar com perguntas sem respostas, e que foi uma ótima oportunidade para compartilharmos experiências e conhecimentos, e que na verdade estamos todos em fase aprendizagem.


PORTFÓLIO DE APRENDIZAGENS - UFRGS


Olá, sejam muito bem-vindos ao meu portfólio de aprendizagens...
Este ambiente foi criado com objetivo de registrar as aprendizagens obtidas nas diversas interdisciplinas ao longo deste curso, bem como poder desenvolver o hábito de refletir sobre nossa caminhada e poder transmitir de forma organizada e coerente cada descoberta, agilizando assim o processo de resgate destes registros.



Graduanda: Gislaine Cardoso Aguiar
email: gislainecardosoa@gmail.com

"Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, oferecendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda."
PAULO FREIRE