quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Conclusão final

Como conclusão final, trago a minha alegria por ter conseguido encontrar em todos os eixos do curso algum referencial para a minha problemática. De início parecia impossível conectar meu tema de pesquisa com todas interdisciplinas, ainda mais um tema tão complexo quanto Timidez, porém quanto mais eu pesquisava e estudava sobre o assunto, mais portas se abriam para as interdisciplinas do curso.
É importante esclarecer que meu tema de pesquisa exigiu que eu buscasse por informações para além do campo da Educação, uma vez que autores desta área não deram conta de sustentar minha pesquisa. Assim, encontrei em alguns semestres, nas interdisciplinas de Psicologia bastante material de leitura, o que de certa forma colaborou para que as conexões se efetivassem em cada semestre.
Avalio a proposta do SI IX muito produtiva, pois ao ‘revisitar’ os semestres, reler materiais de estudo neste último semestre do curso, nos fez olhar com outros olhos o que já havíamos visto antes, desta vez com um olhar mais experiente, mais introspectivo, mais aprimorado. Em alguns casos até mesmo observando nos trabalhos já realizados, a imaturidade de principiante num curso à distância, cheio de desafios e surpresas, e em outros muitos casos, constatando que poderia ter feito muito melhor se tivesse a oportunidade de fazer agora.
Não podemos nos esquecer, porém, que tudo que vivemos fez parte de uma caminhada, que cada dificuldade que encontramos foi necessária para que as aprendizagens ocorressem. Olhar um trabalho agora, realizado e postado no 1º EIXO, sem formatação, sem muitas leituras, sem a experiência, enfim, nos mostra o quanto se é capaz de crescer durante um curso de graduação. Da mesma forma que evidencia que independente da idade, dos anos de profissão, da situação financeira, todos nós crescemos e temos condições de ir muito, mais muito além...

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Eixo IX – O TCC em ação

O Eixo IX, marcado especialmente pela construção do TCC, representa para mim, a culminância de um longo tempo dedicado para com este curso. Percebo que cada estudo, leitura, debate etc. realizados em cada semestre foram essenciais e juntos formaram um conjunto de elementos riquíssimos para a construção deste trabalho. Alguns trouxeram subsídios teóricos, outros, informações práticas direcionadas a tecnologia, outros ainda, contribuições para uma melhor organização do tempo... Enfim, o fato é que percorremos um caminho cuja estrada foi coberta de informações, como pequenas pedras que deram suporte para que hoje possamos voltar e encontrar um terreno firme para pisar e onde podemos encontrar respostas para muitas de nossas perguntas.
Trago a reflexão de como foi “sofrido” a escolha de um tema específico para investigação. De início, me interessei por pesquisar sobre o lúdico na sala de aula, depois pela agressividade infantil e, por último sobre timidez. Jamais, no início do curso, me vi investigando sobre um assunto tão profundo e complexo quanto este encontrado no estágio.
Trago também a satisfação de ter escolhido um tema que me causou tamanho enquietamento. O prazer e o interesse funcionam como combustível para que façamos um bom trabalho. Por mais que me sinta cansada de produzir para o TCC, tendo de ajustá-lo frequentemente segundo as orientações da professora-orientadora, estou permanentemente voltada a buscar mais informações sobre o assunto, a encontrar respostas convincentes e coerentes para minhas perguntas.
Bem sei que o tempo reduzido de investigação limitará de certa forma as conclusões deste trabalho, também não tenho a pretensão de acreditar que encontrarei nos autores estudados todas as respostas para esta problemática, mas já cogito a idéia de aprofundar esta investigação numa pós-graduação ou num mestrado em educação futuramente.

domingo, 31 de outubro de 2010

8º semestre - Estágio Curricular

O EIXO VIII, semestre onde realizei o estágio curricular, me ofereceu a oportunidade de conhecer e de vivenciar a rotina de uma sala de aula.
No estágio, experienciei da sensação de conviver com pessoas tão diferentes e ao mesmo tempo tão parecidas... Eram diferentes quando optavam por esta ou aquela cor de papel, mas eram iguais quanto ao entusiasmo pela confecção da dobradura. Eram diferentes quando descreviam as suas dificuldades, mas eram iguais quanto a curiosidade pelo novo. Eram diferentes fisicamente, mas dentro de cada um deles era latente a vontade de aprender.
Também foi no estágio que me deparei com uma situação que, a princípio, me causou apenas estranheza e depois curiosidade: como acontece o aprendizado de um aluno tímido? Terá ele dificuldades para aprender? Será melhor respeitar sua personalidade ou buscar pela sua participação em sala de aula? Como a escola pode colaborar para a sociabilidade do aluno tímido?
Foram com estas indagações que iniciei meu TCC, e é na busca por estas respostas que venho me dedicando exaustivamente nos últimos 2 meses. Considero este aluno o evocador de minha pesquisa de TCC, pois foi do seu comportamento reservado e pouco participativo que surgiu o meu interesse por saber mais sobre como seria seu aprendizado.
Nesta “altura do campeonato” tenho condições de refletir sobre algumas certezas que eu tinha inicialmente e que não se confirmaram ao longo da pesquisa. Uma delas era a de que o aluno tímido ficava em “desvantagem” por optar não participar de atividades de sala de aula. Pensava inicialmente que esta desvantagem poderia inclusive comprometer seu aprendizado.
Minhas pesquisas me fizeram concluir que o aluno tímido é um aprendiz reflexivo, e, portanto aprende melhor agindo mentalmente e não fisicamente. Felder e Silverman (1988), dois autores que fundamentam minha pesquisa, classificam os alunos a dois tipos distintos de aprendizes – Ativos e reflexivos. “Os aprendizes ativos, tendem a compreender e reter melhor a informação trabalhando de modo ativo, agindo sobre algo – discutindo e aplicando a informação ou explicando-a para os outros, tendem a gostar mais do trabalho em equipe, têm espírito de liderança. Os aprendizes reflexivos preferem primeiro refletir sobre a informação, observar e analisar o que os outros fazem, e tendem a gostar mais de trabalhar sozinhos.”
Assim seria válido dizer que o aluno tímido não está em desvantagem pelo fato de optar não participar de algumas atividades em sala de aula, pelo contrário, está operando mentalmente e alcançando o seu aprendizado.
Uma outra conclusão que considero de extrema relevância para os que têm algum vínculo com a educação e que conquistei nesta pesquisa, é a de que o aluno tímido precisa ser estimulado a participar sempre em sala de aula, pois é somente nestes momentos que poderá experimentar as suas reais potencialidades e capacidades. Segundo o psicólogo Rene Schubert em entrevista publicada no Uol Ciências e Saúde, em novembro de 2009, “o enfrentamento de situações difíceis e geradoras de ansiedade, é uma das melhores alternativas para se vencer a timidez”. Este estudo reafirma a influencia que a postura do professor tem para o desenvolvimento de um aluno. È equívoco pensar que a melhor para o aluno tímido não participar para não se sentir constrangido, é importante estar sempre instigando sua participação para que ele vença as barreiras da timidez progressivamente.
Estas foram algumas considerações que construí ao longo da minha pesquisa e que representam mudanças significativas na minha forma de pensar e agir em sala de aula frente a um aluno tímido e pouco participativo.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

7° semestre - Didática, planejamento e avaliação

No EIXO VII do curso, encontrei na interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação, um texto me muito se relaciona com meu tema de pesquisa, onde estudamos a prática avaliativa nas escolas.
Tenho constatado neste período de pesquisa, que o aluno tímido, devido a sua dificuldade em expor-se, sofre demasiadamente em trabalhos cuja avaliação é oral. Inclusive, vejo uma necessidade dos professores adequarem esta prática aos seus alunos tímidos, considerando toda a ansiedade e superação que estes se vivenciam num momento avaliativo. A princípio, “dar pontos” por participação ou envolvimento dos alunos nas atividades, me parece válido para tornar o ensino mais interativo, porém, a que se observar o aluno tímido e não penalisá-lo por não terem a mesma facilidade dos demais numa apresentação oral.
No texto “O contexto da prática avaliativa no cotidiano escolar” de LUCINETE FERREIRA, estudamos a questão da ansiedade como ‘bloqueador’ nos períodos destinados a avaliação. Bolsanello (1986, p.810) nos diz que "a ansiedade e a tensão que é resultado do estado mental do indivíduo tem várias formas de se manifestar e as causas ou agentes de tensão tanto pode ser fisiológica quanto psicológica".
Se as pessoas não aprendem da mesma forma devida sua bagagem cultural, tratá-las de forma igual na avaliação certamente não terá como resultado o resultado que se pretende.
O professor que busca envolver seus alunos na construção dos seus conhecimentos preocupa-se com a seleção de conteúdos, com as suas estratégias de ensino e também com a avaliação que pretende aplicar. Creio que o aluno tímido deva ser avaliado segundo suas reais capacidades de expressão, levando-se em conta as suas limitações, somente assim ele não será prejudicado por uma característica pessoal que possui.

sábado, 16 de outubro de 2010

A Epistemologia Genética elucidando o processo de aprendizagem dos alunos tímidos.

Na ‘varredura’ por referencial teórico no 6º semestre do curso, deparei-me com um texto por demais interessante e condizente com minha problemática de pesquisa. Na interdisciplina de Psicologia, estudamos o texto “EPISTEMOLOGIA GENÉTICA E CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO de Tania Beatriz Iwaszko Marques. Nela a autora reflete sobre o desenvolvimento humano e a interferência do agir neste desenvolvimento se pautando nas ideias de Piaget.
As pesquisas de meu TCC, voltadas para o aluno tímido e seu comportamento passivo frente ao ensino aprendizagem, me mostram que este aluno, é um aprendiz reflexivo, ou seja, ele aprende observando, ouvindo, sem encontrar nesta postura qualquer dificuldade de aprendizagem.
No texto que me referi anteriormente, no que se refere ao agir, a autora esclarece que “para a epistemologia genética a ação é promotora de aprendizagem. Piaget acreditava que a aprendizagem acontece a partir da ação do sujeito, sendo que essa ação pode ser física ou mental”. Nas palavras do autor: As explicações mútuas entre crianças se desenvolvem no plano do pensamento e não somente no da ação material (PIAGET, 1986, p.43).
Assim acabo de encontrar nesta leitura um apoio teórico de suma importância para meu trabalho de pesquisa, onde se faz possível afirmar que o aluno tímido, mesmo mentalmente, está agindo sobre o objeto de estudo, por tanto ele não é passivo. Por isso a sua opção por não participar e/ou não manipular instrumentos práticos durante as aulas, não acarretará em desvantagem na sua aprendizagem, uma vez que seu desempenho estará sendo exercido e executado na sua totalidade, mentalmente.
Logo que escolhi meu tema de pesquisa, percebi que o assunto permeava a área da Psicologia. Não é a toa que estou encontrando bastante fundamentação teórica nas interdisciplinas do curso voltadas para esta área.
Esta leitura me ofereceu inúmeras informações que poderão ser aproveitadas para a produção de meu TCC, onde analiso os tipos de aprendizagens e classifico os alunos em aprendizes ativos e reflexivos.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

As regras sociais influenciando nosso comportamento

Ao me deparar com as interdisciplinas estudadas no 5º semestre, encontro na interdisciplina de Psicologia da Vida Adulta alguns estudos que se assemelham com minhas pesquisas de TCC.
Minhas leituras e reflexões em busca de “alimento teórico” para amparar meu TCC, me levam a afirmar que a Timidez, enquanto sentimento de inibição e retraimento frente a situações de exposição social, não pode ser considerado como uma “doença”, ou seja, a timidez, não está vinculada a nenhuma patologia, ao contrário, ela é “um instrumento necessário na sociedade em que se vive”. (CLÁUDIO MACIEL E ZUSE).
Isso nos leva a crer que aquelas pessoas que não têm um pouco de timidez são tachadas de inadequadas, pois cometem atos que fogem ao padrão de convívio social. Um pouco de timidez é comum a todas as pessoas normais, mas deve-se ter muito cuidado com a timidez em excesso, quando ela impõe barreiras e limites que impeçam a conquista de objetivos.
Essas conclusões muito se assemelham com estudos proferidos pela interdisciplina de Psicologia da vida adulta, quando afirma que desde que nascemos convivemos com “regras sociais” impostas pelo meio exterior, onde encontramos orientações de como agir, reagir, num determinado momento. E a maturidade nos permite enxergar com mais clareza estas regras impostas pela sociedade, conduzindo com mais veemência nossa conduta social.
Embora atuantes em situações diferentes (na maturidade e nos tímidos), observamos as “regras sociais” influenciando nossas ações no nosso dia a dia. Para o tímido, a inadequação social é inaceitável, e na busca por uma postura coerente, torna-se extremamente exigente consigo mesmo, enquanto que no adulto, estas regras, mais definidas e claras, resultam em posturas mais adequadas ao convívio social.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

EIXO IV

4º semestre- TICS
Como vestibulanda do segundo grupo de aprovados, cursei a interdisicplina de Tics no 4º semestre do curso.
Deste modo, resgato-a para ser foco de reflexão nesta 5ª semana como instrumento imprescindível deste curso e com ensinamentos muito úteis para serem utilizados no próprio curso e na sala de aula junto aos alunos. Foi nesta interdisciplina que conheci o sait da RIVED. Neste programa educativo criado pelo MEC encontra-se varias sugestões de jogos educativos e de grande valia para serem trabalhados em sala de aula. Inclusive recorri a ele no meu estágio e adaptei-o para a forma impressa, visto que minha escola não possuía laboratório de informática.
Uma outra tarefa que me recordo no momento foi a construção da linha do tempo virtual (xtimeline), onde relacionamos um fato de nossa vida pessoal à evolução tecnológica ocorrida na Brasil. Mais uma vez, reforçando a ideia de que um aprendizado somente é concretizado se fizermos relação dele com outro pré-existente.
Nesta interdisciplina não estudamos um autor em especial além do próprio professor Eliseo Berni Reategui, que se mostrou expert na área da informática, me auxiliando até mesmo em outros semestre do curso onde eu não conseguia dominar o uso de certas tecnologias como o Pbworks.
Transpondo estes ensinamentos para o TCC, penso que as tecnologias, privilegiando a idéia da educação a distancia, facilitam de certa forma aos alunos tímidos na sua escolarização, já que, desta forma não estarão sendo expostos diretamente. Inclusive, existe o privilégio de não ser visto nas atividades online, podendo solucionar suas dúvidas perguntando ao professor virtualmente pelo msn, gmail, etc., sem o “sofrimento” causado pela exposição social. Algo que na sala de aula, presencialmente, seria a causa de muita ansiedade e agonia ao tímido.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Conclusões...

Nesta quarta semana de reflexão, concluo que embora não tenha encontrado muitos artigos que contemplem meu tema de TCC (A timidez no contexto escolar), alguns eixos ofereceram subsídios para a elaboração do mesmo, indiretamente. É o caso, por exemplo, da interdisciplina de SII por meio da atividade “Organização do tempo”. Este foi um estudo realizado logo no início do curso onde fui levada a refletir sobre a importância de eleger prioridades e aumentar a qualidade do tempo disponível com a família, amigos, etc. uma vez que este, o tempo, seria cada vez mais raro em função das exigências do curso.
Somente agora percebo como esta atividade me ajudou a me organizar, dando condições para que eu pudesse seguir no PEAD sem diminuir o desempenho em outros ambientes que atuava. O aluno, especialmente o da educação à distância precisa ter autonomia e consciência de que sua vitória depende unicamente de seu empenho e dedicação é neste contexto que a organização do tempo se faz necessária. Caso contrário somos “atropelados” pela falta de tempo e conseqüente não conseguimos vencer os prazos.
Neste momento, durante a produção do TCC, me vejo mais uma vez tendo de me reorganizar no tempo, pois por mais que a orientação seja assídua, o trabalho de pesquisa é individual e solitário. Bem sei que não posso, de forma alguma, emperrar na espera de um comentário, preciso ir em busca, investigar, caminhar com minhas próprias pernas. Posturas como esta, foram iniciadas lá no primeiro semestre do curso e seus efeitos perpetuaram ao longo da caminhada no PEAD apontando para a pertinência em curto e em longo prazo dos estudos proferidos pelas interdisciplinas.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

EIXO 3 - Seminário Integrador

As bagagens teóricas trazidas pelo Eixo III que se realacionam com meu tema de pesquisa, são as do Seminário Integrador. Neste Eixo tivemos o primeiro contato com PAs através da atividade “Lançamento de perguntas”. Me recordo como esta atividade despertou o meu interesse ao me levar a resgatar indagações que trouxera desde a minha infância. Muitas delas não manifestadas em sala de aula devido à timidez...
Me questiono no momento se, na época de minha escolarização, eu teria “coragem” de manifestar uma curiosidade durante uma elaboração de PA. Creio que se fosse em pequenos grupos, sem “pressão”, falaria sem problemas. E na medida em que o projeto avançasse nas pesquisas, estaria envolvida, talvez não como porta-voz do grupo, mas como coadjuvante no processo, atuando como investigadora/pesquisadora.
Daí a relevância de se trabalhar com PA em sala de aula, também para a sociabilização do aluno tímido, como uma forma de oportunizar a ele um momento onde possa manifestar seus saberes e curiosidades, muitas vezes obscuros e incertos aos olhos do professor.
Um outro aspecto relevante a ser discutido seria com relação ao professor oferecer uma atenção especial ao aluno tímido no momento em que participa de pequenos grupos. Muitos tímidos demonstram menos retraídos ao serem levados a trabalhar de forma cooperativa porque para ele a exposição é menor e, sendo assim se sente mais a vontade para expor suas ideias e concepções.
Pensando desta forma, assim como atividades lúdicas podem criar melhores condições para o aluno tímido interagir com o grupo de colegas, a elaboração de PAs pode auxiliar na criação de condições onde o aluno se sente mais motivado a manifestar suas curiosidades e indagações.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

LUDICIDADE - Brincar é coisa séria!

Estou encontrando bastante dificuldade para encontrar nos Eixos do curso, teorias que se comunicam com meu tema de pesquisa.
No Eixo II por exemplo, por mais que tenha me dedicado na leitura, apenas na interdisciplina de ludicidade, através do texto "Sala de aula é lugar de brincar" de Tânea Ramos Fortuna, encontrei algum referencial para minha temática.
Uma das questões a que me proponho investigar é “Como a escola pode colaborar para a sociabilidade dos alunos tímidos”. Na interdisciplina de Ludicidade, encontramos os jogos e brincadeiras como auxiliadores para que o aluno tímido tenha a oportunidade de interagir sobre um objeto de estudo com mais naturalidade e liberdade.
O tímido está sempre muito preocupado em passar uma boa imagem para as pessoas, torna-se extremamente exigente consigo mesmo, apresentando por isso mais dificuldade de se relacionar e/ou expressar o que sente e o que pensa sobre as coisas, e os momentos lúdicos em sala de aula podem significar para o aluno tímido, um momento de “exposição social” onde o temor e a vergonha de expor-se são reduzidos, ou seja, os jogos e brincadeiras poderão aproximar os conteúdos fundamentais aos alunos e estimulando-os a se tornarem menos tímidos.
Com base em minha experiência de estágio curricular percebi que as brincadeiras e jogos na sala de aula envolviam a todos, inclusive os alunos mais retraídos.
Não poderia afirmar com precisão que as atividades lúdicas, por meio de jogos e brincadeiras, seriam as únicas formas de sociabilizar os alunos tímidos na escola, mas com certeza esta é uma alternativa que me parece bem válida.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

EIXO I - PSICOLOGIA SÓCIO-INTERACIONISTA

Conforme orientações SI XIX, iniciei minhas leituras pelas diferentes interdisciplinas do curso na busca por referencial teórico para problemática que escolhi para meu TCC.
O tema que despertou minha curiosidade e que escolhi para meu trabalho é de certa forma diferente e, por esta razão se torna difícil relacionar leituras com o mesmo. Encontrei apenas algumas informações na área da Psicologia sobre o Sócio-interacionismo defendido por Vygotsky.
Um dos temas centrais na obra deste autor é a relação feita entre aprendizagem e desenvolvimento, na medida em que compreende que o desenvolvimento não se faz apenas numa maturação psicológica, mas depende de aprendizagens, somente conquistadas através das “interações sociais”.
Este assunto vem em encontro ao meu tema de TCC uma vez que pretendo investigar sobre a possibilidade de pessoas tímidas estarem ou não em “desvantagem” na aprendizagem escolar, justamente em optarem por não interagir, não intervir.
Estas leituras me fizeram redescobrir a importância de oferecer aos alunos atividades onde possam explorar, interagir e “dialogar” com os objetos de sua a aprendizagem.
Estou apenas iniciando minha caminhada pelos textos mediados pelas interdisciplina ao longo destes 4 anos, e já percebo que não encontrarei muita coisa com relação a “Timidez” no curso. Inclusive, se puderes ajudar com sugestões de fontes de pesquisa, agradeço imensamente.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Primeiro dia do último do semestre...

Ontem foi o primeiro dia de aula do último semestre do curso superior de Pedagogia UFGRS.
Não sei se sinto alívio ou medo... Alívio por estar próximo do “descanso” nunca antes tão desejado e merecido, com canudo na mão, graduada... medo por ainda ter pela frente um TCC a ser preparado.
Havia decidido pelo tema de meu TCC logo no final do estágio.
Um tema voltado para a ludicidade como facilitador da aprendizagem, especialmente no processo de alfabetização, porém minha orientadora me informou que este tema é considerado “batido” tamanha a sua utilização em TCCs na área da Pedagogia.
Assim venho me dedicando a encontrar um novo foco de pesquisa que me causa tamanho interesse quanto o anterior. Penso que o tema escolhido deve ser algo que nos mova incansavelmente em direção a uma resposta, pois é o interesse que nos alimentará durante este período de pesquisa.
Tenho pensado em muitos temas...e esta noite, já em casa após aula presencial, procurei lembrar de cada momento vivido em meu estágio na presença de meus alunos que fosse pertinente a pesquisa de TCC e, veio em minha mente a imagem de uma menino extremamente tímido (pouquíssimas vezes ouvi a sua voz durante o estágio) e sua dificuldade para alfabetizar-se, mesmo participando de aulas de reforço desde o início do ano.
Bem sabemos que “o diálogo, a verbalização, a troca de idéias ocorridas nas interações sociais são fatores importantes na construção do conhecimento, uma vez que é na interação com o/os outros/s que aprimoramos nossa forma de pensar e agir” (Vygotsky 1984). Assim, me questiono se a timidez, especialmente na escola contemporânea onde se busca mais pela participação ativa do aluno, não será fator decisivo no sucesso ou fracasso escolar das crianças.
Esta questão me tocou em particular porque sempre fui muito reservada na minha infância e adolescência, daquelas que nem ao menos manifestava uma dúvida por vergonha de mostrar-se. Entretanto, eram épocas diferentes, onde ser calado, quieto, era sinônimo de educação e respeito para com o professor, talvez por esta razão, minha timidez não tenha se refletido na minha aprendizagem.
Portanto, “Timidez: um olhar sobre esta problemática na escolarização contemponânea.” seria um novo tema ser pesquisado, claro que este ainda é um “esboço” inicial do que eu quero, e que passará por análises conjuntas com minha orientadora Dóris, me muito me auxiliou durante o estágio.
Enfim, que tenhamos um excelente semestre e que possamos lembrar com alegria deste período de indecisão e ansiedade.


quinta-feira, 17 de junho de 2010

Estágio, oportunidade ímpar de aprendizagem e reflexão

Entreguei hoje a cada aluno uma fotografia da turma como recordação pelo tempo em que estivemos juntos.
Esperei que todos saíssem da sala para o recreio e coloquei sobre a mesa de cada um a foto junto de alguns bombons. Ao sinal para voltarmos para a sala, qual foi a surpresa! Adoro surpreender e adoro causar este tipo de sensação nos outros. Acho que o elemento surpresa, especialmente na sala de aula, cria um clima de alegria onde o inesperado estimula a memória e consequentemente o aprendizado. Neste momento, o que eu busquei foi apenas ver no rostinho deles um sorriso.
Nos abraçamos e, não posso negar, me emocionei.
Decidi entregar-lhes hoje a foto porque bem sei que amanhã, em razão da aula ser pela manhã, boa parte da turma irá faltar, e eu não gostaria de deixá-la para outra pessoa entregar.
Já estou sentindo saudades dos momentos que tivemos juntos, nossas aulas já têm um “gostinho” de despedida.
Lembro-me do primeiro dia, coração disparado, tensão causada pelo medo de não agradar. No início é “tiro no escuro”, não sabemos direito por onde começar. Posso estar aqui, confidenciando algo que deveria ficar oculto. Mas prefiro me abrir.
Agora, o sentimento é outro, ao mesmo tempo que me sinto aliviada pelo “dever cumprido” sinto que teríamos muitas outras coisas significativas para descobrirmos juntos e, o nosso tempo terminou.
Na última aula presencial, uma colega desabafou dizendo: queria que o estágio estivesse começando hoje! Estou com a mesma sensação. É como se a convivência com a turma tivesse aumentado minha capacidade de “acerta” nas escolhas. Lembra do poder de decisão, de que tanto comentei em minhas reflexões? Creio que a convivência, e a experiência é claro, apuram o faro para escolhas certas, principalmente na educação.
O erro é importante não só para o aprendizado do aluno, mas para nós, professores, ele também é construtivo, e a intensão não é exterminar com as situação de equívovo, mas sim, fazer com que elas sirvam de reflexão e de aprendizado sempre. Por que “somos seres inacabados”(Paulo Freire) há sempre novos erros a cometer, novas lições a aprender ...

quinta-feira, 10 de junho de 2010

E a Bruxa Onilda foi parar na África do Sul!


No início desta semana, a turma criou uma história onde a Bruxa Onilda viajava até a África do Sul para assistir aos jogos da Copa do mundo. Havia comentado com eles que a história criada poderia se transformar em livro, mas enquanto não viram, ou seja, enquanto não era concreto, parecia algo irreal, desejável mas irreal.
No dia seguinte que produziram o texto, levei a eles as páginas do livro, cada uma com um parágrafo da história para ser ilustrado. O que mais impressionou as crianças foi ver que a história que criaram estava escrita com “letra de computador”, (foram estas as palavras usadas pela turma) como se o contato com este tipo de letra fosse possível apenas nos livros...
Antes de distribuir as páginas entre os alunos para que ilustrassem, ressaltei que dependeria do empenho de cada um em realizar um trabalho bem feito, para a beleza e qualidade do todo.
E entenderam direitinho...eu sou suspeita em elogiar porque adoro desenhos infantis, ainda mais dos meus alunos, mas os desenhos ficaram mesmo impecáveis.
A professora titular, gostou tanto do trabalho que pediu para fazer cópias das páginas da história.
Assim poderia ter uma reprodução do livro produzido pela turma para posteriores estudos e exploração, inclusive com outras turmas da escola.
Avalio esta produção textual como mais uma atividade que, em absoluto, correspondeu aos meus objetivos, uma vez que alcançou o desejo e o interesse dos alunos, explorou um tema atual aproveitando o conhecimento que os alunos tinham sobre o assunto, trabalhou com o imaginário/a fantasia, e atrelou a tudo isto, um trabalho voltado para a alfabetização, onde o mais importante não é apenas aprender a ler e escrever, mas acima de tudo encontrar na leitura e na escrita fontes de prazer e de alegria.


As páginas da história "Bruxa Onilda vai à Copa", produzida pelo 1º ano da Escola Dom José Baréa podem ser acessadas no link abaixo:

Clique aqui

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Angústias do estágio

O estágio, nada mais é do que a aplicação de uma série de conhecimentois adquiridos durante o curso. Conhecimentos que, diga-se de passagem, estamos loucos para aplicar e comprovar na prática, os resultados.
Um dos principais objetivos que eu, enquanto estagiária tinha, era de desenvolver com minha turma projetos de aprendizagem, ou PA como chamávamos no curso.
E, como não poderia ser diferente, logo no início do meu efetivo trabalho docente, como estagiárioa, surgiram várias oportunidades de construir junto a turma PAs. Mas recebi um balde de água fria da escola onde estagiei, atraves da seguinte frase dita pela professora titular da turma: Precisas conferir se este assunto encontra-se no plano de estudo da turma (lista de conteúdos a serem trabalhados durante o ano letivo). E os assuntos, fonte de interesse e de curiosidade das crianças não estavam presentes na “famosa” lista de conteúdos.
Avalio esta condição, como a situação mais angustiante que vivi no meu estágio, quando não pude experienciar de algo que tanto quis e planejei.
Tentei em reunião pedagógica esclarecer meus objetivos enquanto estagiária, mas nem se sequer fui ouvida...
Agora, passadas algumas semanas consigo avaliar melhor o acontecido. Sinto muito por não ter tido “liberdade” para trabalhar segundo meus princípios, sinto mais ainda pelos alunos que deixaram de participar de algo que certamente mudaria suas vidas, e, sinto também pelos professores da escola que perderam a oportunidade de “aprender” uma prática inovadora, capaz de produzir aprendizagens significativas em seus alunos, fazendo deles parte integrante de suas próprias aprendizagens.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Viajando na vassoura da Bruxa Onilda...

Bem sabemos que para se trabalhar com os pequenos precisamos “embarcar” na fantasia, em especial na fantasia trazida pelas histórias.
Decidi levar a história “Bruxa Onilda e a macaca” para as crianças e a partir dela um rico trabalho vem sendo desenvolvido com a turma e com suas famílias. Já trabalhamos Geografia, História, Matemática em torno dos ensinamentos trazidos ou possibilitados por esta história.
Nesta semana confeccionamos a boneca e a cada dia vivo o entusiasmo trazido por esta personagem. É como se ela tivesse criado vida! Algumas mães vem me perguntar se é verdade que a Bruxa Onilda vai visitar a casa delas, pois seus filhos falam muito neste dia.
É tudo que mais queremos enquanto educadores, não é mesmo? Ver a sala de aula invadindo a casa das famílias (invadindo no bom sentido) perceber que os alunos conseguiram “parar” a sua família, para contar de algo interessante que viu, ouviu ou fez na escola. E mais, conseguir que a família se sensibilize com a vivencia do filho.
Eu estou me realizando com esta experiência trazida pela Bruxa Onilda e, enquanto sentir a motivação das crianças ela vai continuar sendo nossa companheira de brincadeiras e estudos.


quinta-feira, 20 de maio de 2010

Primeira visita de estágio

Ontem, dia 19/05, recebi a primeira visita de estágio.
A minha supervisora Dóris Almeida, sempre sorridente e simpática ficou conosco cerca de meia hora e cativou os alunos. Em seguida depois da sua partida, as crianças já perguntavam quando ela voltaria.
Admito que fiquei ansiosa uma vez que a sensação de estar sendo avaliada não é nada agradável a ninguém, mas compreendo que são exigências do curso para nosso amadurecimento enquanto profissionais da educação e que, acima de tudo, aprendemos com estes momentos pois se faz necessário refletirmos sobre nossas ações, nossas escolhas, nossa prática já que estarão postas em "xeque" por outro olhar diferente do nosso.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Avaliando o uso de Glossários em turmas de alfabetização

Nesta primeira semana experienciando Glossário, penso que é uma atividade interessante aos alfabetizandos, porém, observo que ele limita a busca da criança pela sua aprendizagem no que diz respeito ao conhcer as letras, ao perceber seu valor sonoro.
Existe uma necessidade de o professor estar atento para que o aluno não se apoie no glossario a ponto de apenas realizar cópias e não se esforçar em escrever as palavras do seu jeito.
Percebi isso logo no início do uso do mesmo, quando as crianças, se dirigiam ao glossário e faziam as cópias das palavras sem nem ao menos refletirem sobre o que estavam escrevendo.
Penso que as crianças precisam passar por fazes no processo de apropriação da língua escrita, e é absolutamente normal que ela "coma" letrinhas ou substitua por outra de som semelhante.
Não considero desejável um aluno escrever perfeitamente uma palavra, se ele apenas memorizou a sua escrita atraves do glossário e não construiu conceitos fundamentais para que consiga ler e escrever outras palavras alé daquela decorada, além do mais, o que é apenas decorado se perde rapidamente.
Talvez seja cedo demais para eu estar chegando a esta conclusão, mas acredito que o uso do glossário somente é interessante e próprio a alfabetização, quando é utiizado de forma crítica pelos alunos, isto é, quando é utilizado como suporte em caso de dúvida na escrita de determinada palavra, somente depois de se ter tentado escrever a palavra desejada seguindo hipóteses sobre a escrita.
Não penso em cessar meu trabalho com glossários, muito pelo contrário, esta concepção construida por mim neste pequeno período de expereência com glossário na alfabetização, me aguçou ainda mais explorá-lo de outras formas, sempre conduzindo o aluno a tentar escrever de seu jeito determinada palavra, ainda que faltem letrinhas, e o glossário consultado para verificar se conseguiu realmente escrever o que queria.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Praticando e aprendendo...


Iniciei o trabalho hoje com glossário. A professora titular de minha turma costuma trabalhar seguindo esta metodologia e me passou a importancia deste trabalho especialmente na alfabetização onde o visual, o concreto é extremamente importante a aprendizagem.
Preparei todo o material pensando na melhor forma de administrar as informações, para que fossem atrativas, interessantes e ao mesmo tempo instigadoras às crianças.
Admito que será uma experiencia nova para mim que nem ao menos sabia o significado da palavra glossário até então, termo muito usado pelo GEEMPA, mas acredito que será uma experiencia única de experimentar algo novo e comprovar os resultados na prática.
Esta semana, como era de se esperar, em função da proximidade do dia das mães, ficamos envolvidos nos preparativos para homenagea-las. Avalio esta semana como muito produtiva , mas tmbém muito cansativa. No final do dia minhas pernas tremiam de cansaço, mas perceber a vibração da turma realizando algo que lhes causa interesse é indescritível e impagável.


Uma aluna pintando a caixa de MDF para presentear a mãe.



quinta-feira, 29 de abril de 2010

Dia das mães

Na terça-feira pela manhã tivemos reunião para discutir sobre o dia das mães. E, foi inevitável comentar sobre as cenas familiares que estão sendo preparadas pelos alunos durante esta semana. Nelas podemos observar que a mãe está se sobrecarregando com tarefas familiares, profissionais, estudantis e, muitas vezes esquecendo-se dela própria. Resolvemos, para este dia das mães, oferecer uma oportunidade de elas demonstrarem o que pensam, o que querem ou como gostariam que fosse seu dia a dia.

Assim, ficou decidido que logo no início do encontro com as mães, iremos exibir alguns dos vídeos com cenas familiares preparados pelas crianças. Claro que para evitar constrangimento, as cenas serão apresentadas como parte do projeto: Convivência legal que a escola esta trabalhando no momento.

Após a exibição dos vídeos, as mães serão instigadas a escolher um para interferir, para torná-lo o mais próximo possível do que considera ideal para uma família.

Posteriormente, conforme o número de componentes em cada grupo de mães, irão apresentar as cenas modificadas, com figurino, cenário e tudo mais.

Em seguida, será exibida uma gravação com os alunos do primário descrevendo porque adoram sua mãe com o título: Eu adoro minha mãe porque... Ao final do encontro, será oferecida uma caixa de MDF preparada durante a semana com os alunos e dentro dela terá um espelho. Neste momento, as mães serão informadas que dentro da caixa os filhos puseram o que para eles é a coisa mais preciosa do mundo.

Ao abrir e se visualizar nele, terão a certeza de que são elas as coisas mais preciosas para a sua família. Esta atividade foi cuidadosamente pensada para promover a auto-estima da mulher que é mãe, que estuda, que trabalha fora,....

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Momento sem igual!

Na intenção de promover momentos onde a turma posse a se conhecer melhor, resgatei alguns objetos usados por bebês como: mamadeira, chocalho, fralda e ao som da cantiga para ninar Boi da cara preta, coloquei-os no centro da rodinha, onde os alunos encontravam-se deitados de olhos fechados. Ao final da música os alunos abriram os olhos e ficaram maravilhados! E em meio a risos (muitos risos) exploraram e comentaram sobre os objetos e, inclusive relataram fatos ocorridos na sua infância cuja visualização dos objetos lhes fizeram recordar.
Esta atividade foi realizada com o objetivo de sensibilizar a turma para um projeto maior que resultará na construção da Linha do tempo da vida de cada um que contará com o auxílio dos pais com datas significativas da vida dos filhos. Percebo que a cada informação que chega oriunda das entrevistas com os pais, as crianças tomam conhecimento de particularidades da vida do outro e, inclusive se identificam com muitas delas. E assim, gradativamente, vão se reconhecendo como colega, filho, irmão, aluno, enfim vão se descobrindo e se reconhecendo na diversidade social.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Mudanças práticas

Desde a primeira observação da turma me questionava sobre o porquê dos alunos estarem dispostos enfileirados. Ainda mais em se tratando de alunos no 1º ano, onde a curiosidade e o espírito colaborativo ainda estão tão aguçados e vivos, podendo colaborar imensamente no processo de aprendizagem.
Logo no primeiro dia de estágio, com a autorização e ajuda da professora titular, dividi a turma em 4 grupos. No início demonstraram estranhamento a situação diferente, mas em seguida já estavam exercendo o papel de: ajudante, colaborador, atravessador de informações, agente contribuidor, etc.
Em função da sala utilizada por nós ser ocupada por uma turma de 8ª série em turno inverso, todos os dias, voltamos a agrupar as mesas e, com isto, em conjunto estamos desenvolvendo noções de tempo, espaço, quantidade, dentre tantas outras habilidades e conhecimentos. Tamanha é a motivação por trabalhar em grupo que os alunos, nem reclamam com esta rotina de carregar mesas.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Estabelecendo parcerias...

Esta semana participei da primeira Reunião Pedagógica da escola, onde foi apresentado aos professores os livros da série Geração MudaMundo. Fiquei maravilhada com os conceitos e valores abordados nos livros, e ficou como tema de casa para os professores trazerem sugestões de atividades para iniciar o trabalho junto aos alunos utilizando a coleção como recurso. Já havia ouvido alguns comentários de colegas sobre esta coleção e agora vejo que ela pode realmente ser um “canal” descobertas e aprendizado na escola, principalmente no que se refere a convivência seja ela na família, na escola, na comunidade.
Ontem visitei a professora titular da turma, que ainda se encontra de licença, para tornar mais consistente nossa parceria durante o estágio. Apresentei a ela minha proposta de planejamento, e admiti estar “perdida” em meio a tantas idéias. Ficamos a tarde inteira conversando e trocando idéias e voltei muito mais segura e confiante. Foi muito bom ouvir, neste momento de ansiedade, a “voz da experiência” dizendo que estou no caminho certo.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Continuando a caminhada...

Conforme sugerido em aula presencial pelo Seminário Integrador VIII, esta semana me dediquei a “conhecer” a turma e a escola na qual realizarei meu estágio e, após uma semana de observação e troca de idéias, já posso esboçar algumas características de ambas.
A Escola Estadual de Ensino Fundamental Dom José Baréa atende cerca de 130 alunos, nos turnos manhã e tarde. Atualmente 15 funcionários atuam na escola, e existe a carência de 1 professor para atuar no 4º ano.
Como estratégia de trabalho a instituição adota a “Pedagogia de projetos” que consiste numa ação pedagógica específica e planejada que dá sentido social e imediato às aprendizagens dos alunos. Os projetos são elaborados de acordo com acontecimentos atuais, festivos e históricos da sociedade e/ou a partir da contextualização de necessidades/dificuldades observadas ou vivenciadas na comunidade onde residimos.
Os alunos são na grande maioria de baixa renda, oriundos da zona rural do município, filhos de agricultores, caminhoneiros e autônomos.
A turma na qual realizarei meu estágio é uma turma de 1º ano composta por 14 alunos, sob a regência da professora Mariluz Raupp, formada em Pedagogia pela Ulbra/Torres.
Não existem alunos portadores de necessidades especiais na turma e nenhum repetente já que a passagem de ano da educação infantil é automática.
Aparentemente trata-se de uma turma tranquila (porém não apática), interessada e disposta a participar das atividades propostas.
Por enquanto estou na expectativa pelo início do estágio, num misto de preocupação e ansiedade por este momento, estou confiante que terei todo apoio que precisar tanto do SI quanto da Escola, e que será um momento muito fecundo para todos nós.


Imagem da Escola Estadual de Ensino Fundamental Dom José Baréa

PORTFÓLIO DE APRENDIZAGENS - UFRGS


Olá, sejam muito bem-vindos ao meu portfólio de aprendizagens...
Este ambiente foi criado com objetivo de registrar as aprendizagens obtidas nas diversas interdisciplinas ao longo deste curso, bem como poder desenvolver o hábito de refletir sobre nossa caminhada e poder transmitir de forma organizada e coerente cada descoberta, agilizando assim o processo de resgate destes registros.



Graduanda: Gislaine Cardoso Aguiar
email: gislainecardosoa@gmail.com

"Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, oferecendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda."
PAULO FREIRE