domingo, 15 de novembro de 2009

Práticas de alfabetização na escola

Inicio esta reflexão, confidenciando que adoro alfabetização e tudo que envolve este tema me chama atenção e me encanta.
Bem, os textos lidos este semestre mediados por diversas interdisciplinas, nos mostram que muito mais que alfabetizar-se nossos alunos precisam compreender o sentido da escrita e da leitura, ou seja, letrar-se. E ir além de ler e escrever, pedagogicamente falando, significa compreender a utilização do código escrito, sem necessariamente estar alfabetizado, através das mais diversas práticas sociais de leitura e escrita do mundo.
O que me chamou a atenção na leitura do texto “Nada é mais gratificante do que alfabetizar”, um texto produzido a partir de uma entrevista com Magda soares, foi a consideração aos métodos ditos “tradicionais”. Muito se criticou estes métodos depois da chegada do Construtivismo, como se nada dele fosse capaz de auxiliar a criança no seu aprendizado. Inclusive muitos professores experientes na área da alfabetização, passaram a negar todo e qualquer método para alfabetizar como se utiliza-los fosse pecado mortal. Na realidade, Magda Soares diz que antes do Construtivismo “se tinha um método e nenhuma teoria; depois passou-se a ter uma teoria e nenhum método.”
Concluo, então, que na prática da alfabetização não existe um único método eficaz, e que nem mesmo os métodos tradicionais devem ser descartados nesta tarefa. Precisa sim, haver convicção e segurança na proposta de trabalho acolhendo múltiplas alternativas e estratégias nesta busca, observando os resultados obtidos e construindo uma teoria própria, baseada na experiência que tenho e na realidade da turma que acompanho.
O que está faltando, segundo Magda Soares é justamente isso, “é uma integração dos resultados das diferentes pesquisas que possibilite a tradução deles numa atuação didática, docente, capaz de orientar a criança no seu aprendizado.” Talvez a falta dessa integração de resultados de pesquisas e de sua tradução em uma pedagogia da alfabetização é que explique as dificuldades que estamos enfrentando atualmente na alfabetização.

sábado, 7 de novembro de 2009

Relações interpessoais, convívio, intercâmbio de saberes... fatores imprescindíveis para o pleno desenvolvimento humano.

A interdisciplina de Libras, através do estudo do filme “O garoto Selvagem”, me colocou em situações de reflexão sobre as especificidades do comportamento humano. O filme retrata experiências de uma criança que, vivendo isolada por anos junto com os lobos, retrai suas capacidades de comunicação adquirindo comportamento puramente selvagem.
Este estudo me levou a interdisciplina de Ed. Especial, proferida no semestre passado onde estudamos sobre a importância das relações interpessoais entre os sujeitos e das múltiplas experiências para a redução das barreiras impostas pela deficiência.
No caso da surdez ou deficiência auditiva, a necessidade da comunicação é fundamental para que a criança desenvolva suas capacidades cognitivas não apenas para se fazer entender como também pra compreender o que lhe dizem.
O filme mostra a existência de uma Instituição Nacional de “Surdos-Mudos”, para onde eram levadas as crianças surdas da época, no século XVIII. Este local funcionava como um “depósito” para crianças anormais ou doentes, um ambiente onde os pais pudessem deixar seus filhos surdos, em segurança, mas sem se comprometer com sua educação. Deste modo, estas crianças ficavam sem a preciosa oportunidade de conviverem em família, utilizando e criando formas para se comunicar, para se fazer entender.
Antigamente, existia uma cobrança muito grande no sentido de ensinar ou “treinar” o surdo para falar desprezando e até punindo qualquer forma de comunicação por sinais. Atualmente a concepção é outra, a população e os governos, bem como, a próprio surdo, vem atribuindo maior importância ao uso da língua de sinais na construção da(s) sua identidade(s), ou seja, já vem se percebendo que este grupo de pessoas possui uma língua que foi criada e é utilizada por uma comunidade especifica de usuários.
É por isso, que atualmente não vimos mais nas escolas professores obrigando alunos surdos a terem que se adequar à oralidade dos não surdos. Hoje, com toda a pedagogia e a movimentação entorno da inclusão, temos escolas e profissionais procurando se aperfeiçoar em Libras. Como incentivo, muitas entidades não governamentais, bem como, o estado e seus municípios vem buscando colocar em suas áreas de curso, a Língua Brasileira de Sinais e assuntos ligados a identidade Surda. Isto, num passado não muito distante, nem se ouvia falar e as possibilidades de se encontrar um curso voltado para esta área eram muito raras.
O estudo desta unidade nos coloca a importância da inclusão, da cooperação no sentido de operar junto, e mais uma vez reforça a idéia de que a convivência, os momentos de troca são fundamentais para o pleno desenvolvimento humano.

PORTFÓLIO DE APRENDIZAGENS - UFRGS


Olá, sejam muito bem-vindos ao meu portfólio de aprendizagens...
Este ambiente foi criado com objetivo de registrar as aprendizagens obtidas nas diversas interdisciplinas ao longo deste curso, bem como poder desenvolver o hábito de refletir sobre nossa caminhada e poder transmitir de forma organizada e coerente cada descoberta, agilizando assim o processo de resgate destes registros.



Graduanda: Gislaine Cardoso Aguiar
email: gislainecardosoa@gmail.com

"Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, oferecendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda."
PAULO FREIRE