quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Após a leitura dos textos sugeridos pela interdiscipina de Teatro e a aula prática com os alunos onde aplicamos os “jogos dramáticos”, pude perceber como evolui significativamente com relação à primeira postagem feita neste ambiente.
Minhas imagens anteriores a respeito de Teatro norteavam a idéia de que tratava-se da encenação de uma peça teatral. Esta concepção equivocada deve-se ao fato de que nunca, em minha vida profissional e estudantil, vivenciei o jogo dramático como forma de fazer teatro.
Como educadores, bem sabemos da importância de proporcionarmos aos alunos momentos em que podem representar a figura do outro, se colocando em outra realidade. Através do jogo dramático esta situação é absolutamente possível, porém com a grande vantagem de que o fazem de forma espontânea e livre, fazendo com que se sintam sujeitos do processo, o que se torna muito mais atrativo e prazeroso para eles.
A liberdade para opinar, sugerir, experienciar existente no jogo dramático, é situação de extrema cooperação. Ao sugerir que o colega represente de outra maneira a sua expressão a fim de qualificá-la, estabelece-se uma relação de companheirismo e cooperativismo, onde o mais importante é a qualidade do todo.
Da mesma forma a liberdade para improvisar, propicia ao aluno uma condição de permanente mutante o que se reflete no aperfeiçoamento de suas formas.
Através da experimentação do jogo dramático, os alunos criam um ambiente cênico de palco e platéia, assim como num palco, pois enquanto um aluno expressa, a seu modo uma situação, os demais colegas o assiste, representando o lugar da platéia, e uma platéia muito crítica por sinal, que clama e exige boas representações. Neste contexto além de assistir o colega são instigados a participar da experiência, mostrando como fariam ou como representariam a mesma ação.
Agora posso afirmar que ao participar de um jogo dramático, o aluno não se sente como um ator carregado de responsabilidades pelo sucesso de uma peça teatral, e sim como um jogador ativo e motivado a fazer sempre o seu melhor. Daí a grande importância de proporcionarmos estes momentos de grande aprendizagem a nossos alunos.

sábado, 27 de outubro de 2007

A interdisciplina Música na Escola nos proporcionou um momento maravilhoso em propor pesquisar sobre as diversas atividades musicais existentes nossa minha cidade.
Esta atividade me fez sentir um enorme orgulho da minha região e, de certa forma me impulsionou a nunca desistir dos meus sonhos.
A partir da entrevista com alguns componentes da banda foi possível conhecer as grandes provações que já passaram e passam. Histórias admiráveis que não conhecia, apesar de residir na mesma comunidade, e que teve como condição fundamental para estar existindo a persistência e o prazer em fazer o que gostam.
A riqueza musical e a qualidade do som que fazem, formou requisitos importantíssimos que se refletem na preferência e no chamado freqüente para tocarem desde festas de quinze anos até baile de casais e formaturas.
Esta entrevista acabou por me motivar profundamente! Pretendo propor aos meus alunos pesquisarem sobre as diversas atividades comerciais da nossa comunidade, a fim de levantar questões sobre a importância de se “fazer o que realmente gosta” como forma fundamental para alcançarmos o prazer e conseqüentemente o sucesso.
Sinto que é preciso ao longo da nossa vida fazer o que gostamos profissionalmente, pois quando isto acontece o sucesso é uma conseqüência e não o único objetivo.
Acredito que as crianças vão adorar saber da história desta banda, que apesar das pedras que encontram permanentemente no caminho, nunca pensaram em desistir nem diminuir a qualidade de seu trabalho.

domingo, 21 de outubro de 2007



LUDICIDADE
O andamento da interdisciplina Ludicidade e Educação está me provocando uma série de aprendizagens...O estudo sobre os termos brincadeira e jogo me fez compreender algumas diferença existente entre eles, mas sobretudo foi possível compreender que ambos estão intimamente ligados ao caráter lúdico. Assim sendo a criança precisa estar motivada para brincar, desta autonomia de pende o prazer e a motivação pra permanecer no jogo ou na brincadeira. Desta forma é inconveniente mandarmos uma criança brincar, pois neste momento a ação da criança sobre o brinquedo perde a perspectiva lúdica, afastando dela a liberdade e espontaneidade de ação, elementos necessários para que seja sustentado o prazer e motivação.
Preciso neste momento confessar que anteriormente a este estudo, frequentemente mandava meu filho de 2 anos de idade a ir brincar quando estava me atrapalhando por algum motivo, somente agora compreendo porque até o brinquedo que ele mais gostava não lhe agradava e por esse motivo permanecia ao meu lado e de certa forma me deixando furiosa. Este foi um grande aprendizado não só no campo profissional como também no pessoal.








ARTES VISUAIS
A interdiscilplina de Artes Visuais está nos proporcionando um momento maravilhoso de estar através do fórum confirmando que as dificuldades no ensino da arte são inúmeras, mas que também são inúmeras as formas de fazer arte em sala de aula...
Materiais convencionais, tinta, massinha de modelar, lápis de cor talvez seja um obstáculo tê-los em sala de aula, mas existe uma infinidade de materiais que podem ser utilizados nesta tarefa, esta atitude inclusive ressalta aos alunos que o ensino da arte está ligado a criação, a criatividade, a capacidade criadora, a utilização de materiais não convencionais nas tarefas artísticas. Pedras, caixinhas, matérias recicláveis, tinta e massinha de modelar feitas na própria escola, enfim quanta coisa pode ser feita... Lembrando inclusive a grande satisfação que as crianças irão sentir em poder trazer e fazer seu próprio material.
Estes momentos de interação e partilha são indescritíveis, pois além de estarmos, de certa forma confortando nossos colegas ao descrever nossas dificuldades em sala de aula, podemos também através das descrições feitas, confirmar quão grandioso é o poder que temos em nossas mãos, e a cima de tudo poder afirmar que nossa classe é extraordinária na capacidade de buscar, de criar, de inventar permanentemente novas formas de melhor conduzir o conhecimento aos nossos alunos.

Fomos presenteados neste semestre pelo Seminário Integrador com um filme maravilhoso: Doze homens e uma sentença.
Fui instigada a rever meus conceitos sobre os termos “argumento” e “evidencia” a partir deste...
O fórum em grupos menores nos proporcionou uma situação real de discussão, onde podemos expressar nossas idéias e pontos de vista, bem como debater e dialogar com nossos colegas a respeito de questões vividas no filme e em nossa própria vida.
Creio que esta participação no portfólio não será curta nem breve, pois foram tantas descobertas que não gostaria de deixar alguma sem ser devidamente relatada.
Minha reflexão ficou em torno da importância de que seja analisado “minuciosamente” cada fato que aparentam ser óbvios a princípio, mas que podem estar carregados de controvérsias.
Ao assumir esta postura analítica, é imprescindível que o façamos de forma imparcial, pois características particulares e experiências de vida podem influenciar nas nossas decisões.
Existe também uma grande importância ao ato de ouvir cada argumento apresentado a fim de confirmar nossa posição. O silêncio e a posição de escuta possibilitam nos imaginar no lugar do outro, seguir a linha de pensamento do outro, e quem sabe transformar nossa forma de pensar.
“O porquê que na infância muito utilizamos é a chave de tudo na observação das evidências e fatos.” (Benites)
Da mesma forma, concordo que é preciso ter coragem e até mesmo ousadia em se posicionar contrario a maioria, mas acredito que é postura necessária para desencadear uma nova visão sobre algo que aparentemente é incontestável.
Penso que nós professores temos um poder muito grande como formadores de opinião, e por isso temos o dever de sempre propor aos alunos investigar os fatos, se indagando permanentemente sobre o que ouvem ou lêem. Esta conduta os fará ser mais vigilantes frente a certas situações, bem como evitará serem manipulados por algo ou alguém que com alguma intenção quer o seu apoio ingênuo.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Julguei que fosse interessante relatar a grande dificuldade que tive em participar da atividade prática sugerida pela interdisciplina de Artes Visuais.
Quando surgiu a proposta para expressarmos através de um desenho a temática utilizada pelo pintor Diego Velázquez em sua obra “As meninas”, pensei em tantas formas de realizar esta tarefa, mas não conseguia me prender a nenhuma que realmente me agradasse. Era como se fosse impossível sair do traçado da casinha com árvore no jardim, montanha com sol poente e homens-palito. Somente neste momento percebi que estes desenhos vão me acompanhar pela vida toda...
Confesso que até mesmo pedi a um primo para que desenhasse o cachorro presente na cena, pois os vários que eu tentei desenhar ficaram “horríveis”.
Nesta aflição de não conseguir fazer algo agradável aos meus olhos, acredito que consegui chegar ao que a atividade propunha “conceber o desenho como uma linguagem muito pessoal de produzir e transmitir algo”.
Passei então, a me expressar através de um desenho sem ter a preocupação de agradar alguém com traços bem definidos e perfeitos, pois a intenção era de simplesmente transmitir através dele, minhas idéias sem respeitar padrões de beleza estética, nem mesmo agradar a todos com seus contornos. Foi então surgiu esta “obra de arte”.


No dia 04 de outubro tivemos nossa primeira aula de Teatro. Nesta ocasião tive a oportunidade de reconstruir meu conceito a respeito do mesmo.
Somente agora compreendo que minhas imagens sobre “teatro” norteavam uma idéia absolutamente ultrapassada e errônea.
Minhas idéias anteriores apontavam que fazer teatro estava intimamente ligado a decorar falas, poses, se caracterizar de algum personagem a fim de transmitir algo.
Só agora percebi que fazia muito mais teatro em sala de aula do que pensava, pois ao longo da minha vida profissional proporciono atividades onde os alunos tentam expressar o mais coerentemente possível uma situação vivida ou não, e na intenção de qualificar suas expressões, criam um ambiente cênico de palco e platéia, mesmo que inconscientemente.
Podemos presenciar e participar de diversas formas de fazer teatro, sem estar decorando falas ou poses, como eu imaginava anteriormente que seria a única forma de fazê-lo.

PORTFÓLIO DE APRENDIZAGENS - UFRGS


Olá, sejam muito bem-vindos ao meu portfólio de aprendizagens...
Este ambiente foi criado com objetivo de registrar as aprendizagens obtidas nas diversas interdisciplinas ao longo deste curso, bem como poder desenvolver o hábito de refletir sobre nossa caminhada e poder transmitir de forma organizada e coerente cada descoberta, agilizando assim o processo de resgate destes registros.



Graduanda: Gislaine Cardoso Aguiar
email: gislainecardosoa@gmail.com

"Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, oferecendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda."
PAULO FREIRE