terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Contação de histórias

Durante este semestre a interdisciplina de Literatura, fez acordar nesta educadora, uma experiência que estava adormecida a muito tempo, o ato de contar histórias.
Este talvez tenha sido o conhecimento que mais têm me satisfeito pessoalmente neste semestre, pois me abriu um leque poderoso de se trabalhar com elementos sutis e naturais como a entonação da voz, e ao mesmo tempo de grande efeito, pois conseguem conectar os alunos a um mesmo conto, a um mesmo objetivo, com muita intensidade.
Já fazia algum tempo, mais precisamente desde que abandonei a escolinha infantil onde trabalhava, a 5 anos atrás, que não me caracterizava de algum personagem para contar uma história a meus alunos, nem mesmo percebia que uma música de fundo colaborava muito para a fantasia infantil durante a narração de uma história. Neste momento me sinto profundamente culpada em ter os privado, por tanto tempo da emoção de ouvir uma BOA contação de histórias. Mas enfim, retomo a sensatez de manter este grande aliado no processo de aprendizagem.
São várias as contações de histórias que venho realizando em minha sala de aula, porém lembro em especial da história: O rapto das cebolinhas, de Maria Clara Machado. Esta história rendeu até mais do que eu esperava, pois após ser contada ao alunos, e refletido sobre a sua mensagem, resolvemos criar uma segunda versão onde se vez visível o encanto e o grande aprendizado que este conto proporcionou a turma. Nossa versão ficou em torno da grande importância de viver com sabedoria, pois de nada adiantaria recuperar o chá milagroso que prolonga a vida se não sabemos vivê-la com juízo, responsabilidade e bom senso. Este conto desencadeou um excelente meio de se trabalhar questões relacionadas a drogas e a desmoralização do homem que tanto nos inquieta e preocupa.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Para a realização e construção de um a resenha crítica, abordando o brincar em sala de aula, a interdisciplina Ludicidade e Educação, colocou a mim e a meu grupo de estudos numa situação de grande dúvida...
Durante a leitura e posterior debate sobre o texto “Sala de aula é lugar de brincar?”, de Tânea Fortuna, observamos que os estudos já consolidados ao longo deste semestre estavam de encontro ao que a autora afirmara em seu texto.
Até o momento encarava o “Lúdico” como sendo algo prazeroso, gerador de fascínio pelas crianças, algo que precisa ser espontâneo, ou seja, que a motivação deva partir da própria criança para que não perca seu verdadeiro caráter.
O que ocorreu neste último encontro em grupo, foi que entramos em total contradição!
Como dizer que estamos proporcionando momentos lúdicos aos nossos alunos se, de certa forma, estes estão sendo “induzidos” a brincarem em sala de aula no momento em nós queremos? Ou ainda, como afirmar que os jogos e/ou brincadeiras que fizemos em nossas práticas educativas, são verdadeiramente lúdicos, se estão carregados de objetivos pedagógicos?
Estas questões nos estimularam a pedir alguns esclarecimentos ao professor Élder que prontamente nos atendeu.
Após as explicações do professor, me sinto com mais segurança ao abordar este assunto. Penso que apesar de existirem diferentes posturas quanto ao brincar na escola, adotamos a postura que privilegia o brinquedo sobre a atividade pedagógica, e para que estes momentos não percam seu caráter lúdico devem ser dirigidos prioritariamente pelas crianças com a supervisão do professor, que faz papel de coadjuvante neste processo.
Assim sendo, utilizar a brincadeira na educação significa transportar para o campo do processo ensino-aprendizagem condições que contribuem a construção do conhecimento, introduzindo as propriedades do lúdico, do prazer se tornado muito mais atraente para as crianças...

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

A noite das mil e uma histórias!
Foi uma noite muito especial, onde podemos, enfim, apresentar a contação da nossa história, trabalho realizado com muita dedicação e alegria.
Porém esta noite foi apenas o desfecho de uma série de acontecimentos e experiências deste grupo do qual fiz e faço parte. Foi MARAVILHOSO interagir e aprender com meus colegas de grupo. Quantos momentos puderam ser vivenciados durante os encontros para estruturarmos a história e posteriormente para ensaiá-la!
Descobri e encontrei amigos de verdade, pessoas que me apoiaram e que, sobretudo me ensinaram de forma sutil e ao mesmo tempo intensa.
Estou experimentando momentos ímpares nesta caminhada na Universidade! Me sinto, muitas vezes, privilegiada em poder participar destes momentos! (acreditem estou emocionada!)
Lembrarei pelo resto da minha vida a história do “Patinho que não aprendeu a voar”, e tenho certeza que meu grupo também, pois a nossa amizade e união foi a melhor coisa que poderia nos acontecer!
Gostaria de agradecer ao meu grupo, Catiane, Gleice, Deise, Edivan, Cristiane, Simone, Josiqueli, Tanara, Carem, e estenter este agradecimento a professora Maxi, que talvez nem saiba, mas está promovendo muito mais do que aprendizagens, está colaborando na construção de verdadeiras e eternas amizades!!!
Um grande abraço, Gislaine.
Minha primeira visita à Bienal -
A visita à Bienal me apresentou um outro mundo totalmente novo, onde a arte se apresenta de inúmeras maneiras e formas.
As obras criadas pelo artista argentino Jorge Macchi foram as que mais me chamaram a atenção devido aos materiais que utilizou na produção das mesmas e também pelo seu conteúdo gerador de reflexões.
Com materiais do cotidiano como jornal, papelão, vidro e não convencionais na produção artística, este artista criou verdadeiras maravilhas!!!
O seu principal objetivo de “tornar visível o que de tão visível se tornou invisível”, foi plenamente alcançado ao interpretar e refletir sobre suas obras, onde materiais efêmeros e temporários se tornaram alvo de análises profundas como algo muito precioso.
Pude perceber que na produção das obras deste ambiente, houve a grande preocupação por parte dos artistas em transmitir uma idéia, o que fez a estética do visual ficar em segundo plano. Esta situação é difícil de ser compreendida por alguém leigo neste assunto, e que imagina encontrar na Bienal, obras decorativas e encantadoras através de paisagens coloridas. A intenção desta exposição é justamente apresentar imagens que geram reflexões, análises e que muitas vezes chocam pelo seu conteúdo. Assim caracteriza-se a arte contemporânea que foi muito bem representada nesta exibição.
Da mesma forma, me sinto na responsabilidade de engajar meus alunos nesta idéia, proporcionando momentos em que a leitura de imagens se dê de forma consciente, reflexiva e crítica com o intuito de construir nos mesmos, uma nova dimensão do que poderão aprender com a observação de uma imagem.
Considero-me privilegiada em ter podido fazer parte deste grande evento cultural!
Esta interdisciplina vai deixar saudades!!!

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Trabalhando em equipe!!!

Desde o início do curso, quando percebi que o trabalho em equipe viria a colaborar no processo de aprendizagem, procurei fazer parte de um grupo de estudos.
Esta alternativa tem se tornado cada vez mais significativa na minha trajetória como estudante, sobretudo na construção de projetos, atividade proposta por algumas interdisciplinas. Nestes encontros ocorre muita troca, partilha e o contato afetivo que tanto sentia falta neste curso a distância...
Desta forma, passei a dar muito mais valor em minha sala de aula os trabalhos feitos em grupos, avaliando de outra forma os resultados obtidos nos mesmos, pois estou vivenciando pessoalmente as diversas vantagens que esta proposta oferece.
Percebi que trabalhando em grupo, o aprendizado é muito mais sólido e prazeroso, e que o trabalho em equipe nos proporciona a imensa oportunidade de trocar idéias e pontos de vista além de ajudar o outro e ser ajudado desencadeando neste processo novas idéias e concepções.
Após vivenciar esta experiência, passei até a aconselhar meus alunos a formarem pequenos grupos de estudo para a realização das atividades escolares de casa, pois vejo a importância e a necessidade de haver estas trocas de conhecimento entre eles.
E já estou colhendo resultados saborosos! A comunicação e a afinidade existente entre alguns alunos estão se tornando um excelente instrumento de socialização e inclusão, pois ao se juntarem não estão apenas sanando dúvidas e incertezas relacionadas a alguma atividade, estão construindo a importante atitude de ouvir e respeitar a opinião do outro, estabelecendo uma relação de amizade e cooperação, elementos essências para a cidadania.
Brincar é coisa muito séria!
Após assistir a entrevista com Tânea Fortuna e me transportar para situações estabelecidas e vivenciadas em minha prática docente, pude compreender que a ludicidade representada pelos brinquedos e brincadeiras são tão fundamentais ao ser humano como o alimento que o faz crescer, pois eles vão além do divertimento, servem como suporte para que a criança atinja seu pleno desenvolvimento.
Apesar de já possuir uma posição muito positiva com relação ao brincar, pude estabelecer uma visão muito mais consistente após o estudo propiciado pela interdisciplina de Ludicidade e Educação.
Compreendo que para uma criança, a brincadeira é um jogo sério, embora num significado diferente da palavra. Brinquedo sério significa que ela brinca sem separar a situação imaginária do real. Por isso o brincar está intimamente ligado ao desenvolvimento, pois brincando a criança constrói conhecimentos através dos papéis que representa.
Na brincadeira ela dirige, cuida do bebê, cozinha, trabalha, constrói casas, tudo o que percebe no mundo adulto. Nesse espaço imaginário ela elabora seus conflitos, sentimentos e medos. Desta forma em uma brincadeira a criança manifesta o seu relacionamento com os pais e irmãos, o comportamento do vizinho, etc.
A sociedade de uma maneira geral, não reconhece a importância do brincar e considera que é apenas uma forma de passar o tempo. Os pais e a sociedade, num todo, não acreditam que através do brincar, pode ocorrer aprendizagem e que a criança neste processo está desenvolvendo sua cognição e seu caráter.
A imitação, o faz-de-conta, permite que a criança internalize valores, modos de agir e pensar do meio em que vive que orientarão seu próprio comportamento adulto.
Durante este estudo se tornou visível também a forte sedução que os meios de comunicação exercem sobre as crianças no sentido de convocá-las a consumir brinquedos, não para brincar e sim para colecionar. Este fato é resultado de um processo de transformação social, onde encontramos crianças que preferem realmente “possuir” e não utilizar. Esta situação me preocupa profundamente já que bem sabemos das diversas contribuições que o ato de brincar proporciona ao desenvolvimento infantil.
Os momentos lúdicos, através dos brinquedos e das brincadeiras, deveriam ser prioridades na vida das crianças. Deixando de considerá-los, estamos nos afastando da criança, separando aquilo que traz a própria noção de infância.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

CONTOS DE FADAS, UM ENCANTO PARA SEMPRE...

A interdiscilplina de Literatura Infanto-juvenil, nesta última temática sobre os contos de fadas, nos instigou a questionarmos sobre a autoria dos contos de fadas bem como a mensagem que estes trazem em seu conteúdo.
Confesso que ao iniciarmos a leitura do texto “Encantos para sempre”, absorvi um conceito errôneo sobre as mensagens que um conto pode passar a uma criança que o ouve, equívoco que pude corrigir conforme a leitura se transcorria e posteriormente com o debate feito com os colegas do grupo.
Inicialmente “pensei pequeno” e assim como a autora afirmou, levei ao pé da letra o que um conto infantil passa em seu texto como, por exemplo, o absurdo de conter histórias com reis e rainhas como se fosse desejável ser nobre e morar em palácios, a basbaquice apresentada pelas mulheres que passam a vida a espera de um príncipe encantado, o espírito antiecológico ao apresentar um lobo como um vilão, já que se trata de um animal ameaçado de extinção e que precisa ser protegido, enfim estas e outras questões que apenas uma pessoa leiga no assunto dá importância.
Neste sentido, conforme a leitura do texto de Ana Maria Machado ia se desmembrando fui amadurecendo a primeira impressão que tive, e percebi que não se lê um conto literalmente, estes conceitos que são trazidos por ele em suas histórias, vão se esclarecendo na medida em que o leitor se desenvolve e amadurece.
Assim sendo, o clássico Conto de Fadas não precisa de adaptações a fim de minimizar o castigo dos vilões ou diminuir o sofrimento das princesas, pois após entendidas e aceitas em sua linguagem simbólica, estes contos tradicionais se revelam um precioso acervo de experiências emocionais, de contatos com vidas diferentes e de reiteração da confiança em si.
No final, estas histórias são sempre satisfatórias para a criança, pois o pequenino se dá bem e o fraco sempre vence, desta forma a deixando tranqüila já que há de acontecer o mesmo com ela.
Neste trabalho pude perceber a capacidade que tenho de mudar de opinião totalmente ao me interar mais de um determinado assunto, neste caso os contos de fadas, perderam e votaram a ganhar a credibilidade e a confiança em minha sala de aula.
Voltamos à questão da eficácia de um bom argumento na construção de um conceito...

quarta-feira, 7 de novembro de 2007


MANIPULAÇÃO DO MERCADO FONOGRÁFICO
Que aula maravilhosa que presenciamos nesta segunda-feira com a professora (mais maravilhosa ainda) Leda da interdisciplina de música na Escola.
Neste dia a professora nos deu algumas pistas de como um Cd sai das gravadoras e automaticamente invade todas as emissoras de rádio do país, porém após a leitura do texto “Por que você ouve tanta porcaria?”, se tornou mais claro como essa manipulação funciona. È como se fosse lançada uma isca, de muito mau gosto por sinal, e a mordemos sem pestanejar. Sem perceber estamos fortalecendo este círculo vicioso em prol de uma minoria que simplesmente ignora nosso direito de escolher livremente o que ouvir.
Esta situação é muito grave e revoltante na medida em que nos orienta em algo muito pessoal que são nossas preferências, e de certa forma está também interferindo na nossa personalidade e comportamento, pois estes fatores estão intimamente ligados.
Acredito que a conscientização com relação a este arsenal composto pela mídia deve acontecer urgentemente, principalmente entre as crianças, onde a poluição sonora se propaga com muita facilidade.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

ESCOLA, PROJETO PEDAGÓGICO E CURRÍCULO
Somente neste momento percebi que neste portifólio, onde devemos registrar as aprendizagens significativas durante este semestre, ainda não havia postado nenhum aprendizado referente a interdisciplina de Escola Projeto Pedagógico e Currículo.
Posso apenas neste momento, revelar algumas das inúmeras descobertas proporcionadas por esta interdisciplina.
A mesma ampliou profundamente meus conceitos com relação às instituições de professores ao ler o texto: Formação de professores: Reflexões sobre os saberes e fazeres na escola.
Fizemos em grupo uma grande análise sobre o conteúdo deste texto e concluímos que boa parte dos fracassos encontrados atualmente no âmbito escolar, está na falta de reflexão por parte dos professores sobre os pontos que envolvem o processo ensino-aprendizagem.
Neste contexto ficou clara a grande importância de refletir sobre nossa tarefa de educador, pois essa conduta interfere significativamente na rota do nosso trabalho desempenhado em sala de aula. Nesse processo a disponibilidade ao diálogo e a troca de experiências pela equipe de professores é fundamental, pois a reflexão e o conhecimento compartilhado modificam as construções teóricas e a proposta de ação pedagógica que assumimos desde a nossa formação, porém nem sempre esta cooperação acontece nas escolas...
Sem dúvida estamos cumprindo em sala de aula as mais variadas funções: assistente social, psicóloga, mãe, enfim. Mas não podemos apontar estes pontos como responsáveis pelo fracasso no processo educativo, existe a necessidade de se repensar a nossa prática escolar independente destes inconvenientes. Esta situação é muito negativa, pois quando não nos sentimos responsáveis pelo fracasso, não refletimos sobre nossa prática, nem procuramos qualificá-la.
Creio que o compartilhamento de conhecimentos e experiências através do diálogo enriquece profundamente a prática docente além aproximar e motivar os envolvidos para partir em busca do principal objetivo, que é a construção de uma escola melhor para todos.
Outra grande oportunidade que a interdisciplina EPPC está nos proporcionando é com relação à proposta de analisarmos o processo que envolve o “ensinar e o aprender” em sala de aula. Neste sentido sempre nos colocando a questionarmos sobre que fatores levam nossos alunos a aprender certos conteúdos e o que podemos nós, professores, fazer para facilitar esta caminhada.
De certa forma esta análise veio a ampliar meus conhecimentos adquiridos ainda Magistério e, sobretudo neste curso, na área de psicologia, quando discutimos a grande importância de que seja respeitado o ritmo de cada aluno, bem como suas habilidades e limitações. Neste percurso, é imprescindível aproveitarmos o conhecimento que o aluno já adquiriu e usá-lo como ponto de partida para a obtenção de novos conhecimentos. Durante este processo, seria muito interessante da nossa parte como educadores, que avaliemos o nível de desenvolvimento de cada aluno para sempre oferecer-lhes condições de crescimento, assim, não faremos nenhuma criança “esperar” para acompanhar o crescimento do seu colega.
Nossa! Acho que me empolguei! Voltarei numa outra ocasião para relatar mais algumas das inúmeras descobertas proporcionadas por esta fascinante interdisciplina.

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Após a leitura dos textos sugeridos pela interdiscipina de Teatro e a aula prática com os alunos onde aplicamos os “jogos dramáticos”, pude perceber como evolui significativamente com relação à primeira postagem feita neste ambiente.
Minhas imagens anteriores a respeito de Teatro norteavam a idéia de que tratava-se da encenação de uma peça teatral. Esta concepção equivocada deve-se ao fato de que nunca, em minha vida profissional e estudantil, vivenciei o jogo dramático como forma de fazer teatro.
Como educadores, bem sabemos da importância de proporcionarmos aos alunos momentos em que podem representar a figura do outro, se colocando em outra realidade. Através do jogo dramático esta situação é absolutamente possível, porém com a grande vantagem de que o fazem de forma espontânea e livre, fazendo com que se sintam sujeitos do processo, o que se torna muito mais atrativo e prazeroso para eles.
A liberdade para opinar, sugerir, experienciar existente no jogo dramático, é situação de extrema cooperação. Ao sugerir que o colega represente de outra maneira a sua expressão a fim de qualificá-la, estabelece-se uma relação de companheirismo e cooperativismo, onde o mais importante é a qualidade do todo.
Da mesma forma a liberdade para improvisar, propicia ao aluno uma condição de permanente mutante o que se reflete no aperfeiçoamento de suas formas.
Através da experimentação do jogo dramático, os alunos criam um ambiente cênico de palco e platéia, assim como num palco, pois enquanto um aluno expressa, a seu modo uma situação, os demais colegas o assiste, representando o lugar da platéia, e uma platéia muito crítica por sinal, que clama e exige boas representações. Neste contexto além de assistir o colega são instigados a participar da experiência, mostrando como fariam ou como representariam a mesma ação.
Agora posso afirmar que ao participar de um jogo dramático, o aluno não se sente como um ator carregado de responsabilidades pelo sucesso de uma peça teatral, e sim como um jogador ativo e motivado a fazer sempre o seu melhor. Daí a grande importância de proporcionarmos estes momentos de grande aprendizagem a nossos alunos.

sábado, 27 de outubro de 2007

A interdisciplina Música na Escola nos proporcionou um momento maravilhoso em propor pesquisar sobre as diversas atividades musicais existentes nossa minha cidade.
Esta atividade me fez sentir um enorme orgulho da minha região e, de certa forma me impulsionou a nunca desistir dos meus sonhos.
A partir da entrevista com alguns componentes da banda foi possível conhecer as grandes provações que já passaram e passam. Histórias admiráveis que não conhecia, apesar de residir na mesma comunidade, e que teve como condição fundamental para estar existindo a persistência e o prazer em fazer o que gostam.
A riqueza musical e a qualidade do som que fazem, formou requisitos importantíssimos que se refletem na preferência e no chamado freqüente para tocarem desde festas de quinze anos até baile de casais e formaturas.
Esta entrevista acabou por me motivar profundamente! Pretendo propor aos meus alunos pesquisarem sobre as diversas atividades comerciais da nossa comunidade, a fim de levantar questões sobre a importância de se “fazer o que realmente gosta” como forma fundamental para alcançarmos o prazer e conseqüentemente o sucesso.
Sinto que é preciso ao longo da nossa vida fazer o que gostamos profissionalmente, pois quando isto acontece o sucesso é uma conseqüência e não o único objetivo.
Acredito que as crianças vão adorar saber da história desta banda, que apesar das pedras que encontram permanentemente no caminho, nunca pensaram em desistir nem diminuir a qualidade de seu trabalho.

domingo, 21 de outubro de 2007



LUDICIDADE
O andamento da interdisciplina Ludicidade e Educação está me provocando uma série de aprendizagens...O estudo sobre os termos brincadeira e jogo me fez compreender algumas diferença existente entre eles, mas sobretudo foi possível compreender que ambos estão intimamente ligados ao caráter lúdico. Assim sendo a criança precisa estar motivada para brincar, desta autonomia de pende o prazer e a motivação pra permanecer no jogo ou na brincadeira. Desta forma é inconveniente mandarmos uma criança brincar, pois neste momento a ação da criança sobre o brinquedo perde a perspectiva lúdica, afastando dela a liberdade e espontaneidade de ação, elementos necessários para que seja sustentado o prazer e motivação.
Preciso neste momento confessar que anteriormente a este estudo, frequentemente mandava meu filho de 2 anos de idade a ir brincar quando estava me atrapalhando por algum motivo, somente agora compreendo porque até o brinquedo que ele mais gostava não lhe agradava e por esse motivo permanecia ao meu lado e de certa forma me deixando furiosa. Este foi um grande aprendizado não só no campo profissional como também no pessoal.








ARTES VISUAIS
A interdiscilplina de Artes Visuais está nos proporcionando um momento maravilhoso de estar através do fórum confirmando que as dificuldades no ensino da arte são inúmeras, mas que também são inúmeras as formas de fazer arte em sala de aula...
Materiais convencionais, tinta, massinha de modelar, lápis de cor talvez seja um obstáculo tê-los em sala de aula, mas existe uma infinidade de materiais que podem ser utilizados nesta tarefa, esta atitude inclusive ressalta aos alunos que o ensino da arte está ligado a criação, a criatividade, a capacidade criadora, a utilização de materiais não convencionais nas tarefas artísticas. Pedras, caixinhas, matérias recicláveis, tinta e massinha de modelar feitas na própria escola, enfim quanta coisa pode ser feita... Lembrando inclusive a grande satisfação que as crianças irão sentir em poder trazer e fazer seu próprio material.
Estes momentos de interação e partilha são indescritíveis, pois além de estarmos, de certa forma confortando nossos colegas ao descrever nossas dificuldades em sala de aula, podemos também através das descrições feitas, confirmar quão grandioso é o poder que temos em nossas mãos, e a cima de tudo poder afirmar que nossa classe é extraordinária na capacidade de buscar, de criar, de inventar permanentemente novas formas de melhor conduzir o conhecimento aos nossos alunos.

Fomos presenteados neste semestre pelo Seminário Integrador com um filme maravilhoso: Doze homens e uma sentença.
Fui instigada a rever meus conceitos sobre os termos “argumento” e “evidencia” a partir deste...
O fórum em grupos menores nos proporcionou uma situação real de discussão, onde podemos expressar nossas idéias e pontos de vista, bem como debater e dialogar com nossos colegas a respeito de questões vividas no filme e em nossa própria vida.
Creio que esta participação no portfólio não será curta nem breve, pois foram tantas descobertas que não gostaria de deixar alguma sem ser devidamente relatada.
Minha reflexão ficou em torno da importância de que seja analisado “minuciosamente” cada fato que aparentam ser óbvios a princípio, mas que podem estar carregados de controvérsias.
Ao assumir esta postura analítica, é imprescindível que o façamos de forma imparcial, pois características particulares e experiências de vida podem influenciar nas nossas decisões.
Existe também uma grande importância ao ato de ouvir cada argumento apresentado a fim de confirmar nossa posição. O silêncio e a posição de escuta possibilitam nos imaginar no lugar do outro, seguir a linha de pensamento do outro, e quem sabe transformar nossa forma de pensar.
“O porquê que na infância muito utilizamos é a chave de tudo na observação das evidências e fatos.” (Benites)
Da mesma forma, concordo que é preciso ter coragem e até mesmo ousadia em se posicionar contrario a maioria, mas acredito que é postura necessária para desencadear uma nova visão sobre algo que aparentemente é incontestável.
Penso que nós professores temos um poder muito grande como formadores de opinião, e por isso temos o dever de sempre propor aos alunos investigar os fatos, se indagando permanentemente sobre o que ouvem ou lêem. Esta conduta os fará ser mais vigilantes frente a certas situações, bem como evitará serem manipulados por algo ou alguém que com alguma intenção quer o seu apoio ingênuo.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Julguei que fosse interessante relatar a grande dificuldade que tive em participar da atividade prática sugerida pela interdisciplina de Artes Visuais.
Quando surgiu a proposta para expressarmos através de um desenho a temática utilizada pelo pintor Diego Velázquez em sua obra “As meninas”, pensei em tantas formas de realizar esta tarefa, mas não conseguia me prender a nenhuma que realmente me agradasse. Era como se fosse impossível sair do traçado da casinha com árvore no jardim, montanha com sol poente e homens-palito. Somente neste momento percebi que estes desenhos vão me acompanhar pela vida toda...
Confesso que até mesmo pedi a um primo para que desenhasse o cachorro presente na cena, pois os vários que eu tentei desenhar ficaram “horríveis”.
Nesta aflição de não conseguir fazer algo agradável aos meus olhos, acredito que consegui chegar ao que a atividade propunha “conceber o desenho como uma linguagem muito pessoal de produzir e transmitir algo”.
Passei então, a me expressar através de um desenho sem ter a preocupação de agradar alguém com traços bem definidos e perfeitos, pois a intenção era de simplesmente transmitir através dele, minhas idéias sem respeitar padrões de beleza estética, nem mesmo agradar a todos com seus contornos. Foi então surgiu esta “obra de arte”.


No dia 04 de outubro tivemos nossa primeira aula de Teatro. Nesta ocasião tive a oportunidade de reconstruir meu conceito a respeito do mesmo.
Somente agora compreendo que minhas imagens sobre “teatro” norteavam uma idéia absolutamente ultrapassada e errônea.
Minhas idéias anteriores apontavam que fazer teatro estava intimamente ligado a decorar falas, poses, se caracterizar de algum personagem a fim de transmitir algo.
Só agora percebi que fazia muito mais teatro em sala de aula do que pensava, pois ao longo da minha vida profissional proporciono atividades onde os alunos tentam expressar o mais coerentemente possível uma situação vivida ou não, e na intenção de qualificar suas expressões, criam um ambiente cênico de palco e platéia, mesmo que inconscientemente.
Podemos presenciar e participar de diversas formas de fazer teatro, sem estar decorando falas ou poses, como eu imaginava anteriormente que seria a única forma de fazê-lo.

PORTFÓLIO DE APRENDIZAGENS - UFRGS


Olá, sejam muito bem-vindos ao meu portfólio de aprendizagens...
Este ambiente foi criado com objetivo de registrar as aprendizagens obtidas nas diversas interdisciplinas ao longo deste curso, bem como poder desenvolver o hábito de refletir sobre nossa caminhada e poder transmitir de forma organizada e coerente cada descoberta, agilizando assim o processo de resgate destes registros.



Graduanda: Gislaine Cardoso Aguiar
email: gislainecardosoa@gmail.com

"Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, oferecendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda."
PAULO FREIRE