Estamos dando continuidade a um trabalho iniciado no Eixo II sobre o desenvolvimento do intelecto humano, neste momento enfocando nosso estudo nas teorias de Piaget.
Como sabemos, Piaget foi um grande estudioso suíço que fundou em Genebra, um centro de investigações e pesquisas sobre o desenvolvimento da inteligência humana. Tais investigações permitiram que Piaget formulasse sua teoria propondo que a inteligência evolui de uma estrutura simples inicial, a qual através do contato do ser humano com desafios da meio ambiente circundante, vai se tornando mais complexo e se ampliando, passando por estágios mais ou menos prévios.
Piaget distinguiu quatro grandes estágios, que denomina como “Os Estágios do Desenvolvimento”:
Como sabemos, Piaget foi um grande estudioso suíço que fundou em Genebra, um centro de investigações e pesquisas sobre o desenvolvimento da inteligência humana. Tais investigações permitiram que Piaget formulasse sua teoria propondo que a inteligência evolui de uma estrutura simples inicial, a qual através do contato do ser humano com desafios da meio ambiente circundante, vai se tornando mais complexo e se ampliando, passando por estágios mais ou menos prévios.
Piaget distinguiu quatro grandes estágios, que denomina como “Os Estágios do Desenvolvimento”:
Sensório-motor: Corresponde aproximadamente aos 18 primeiros meses de vida. É um período marcado por extraordinário desenvolvimento em termos mentais, onde se percebe claramente “uma conquista de um novo universo prático”, através das percepções e dos movimentos. Neste estágio inicia-se a capacidade de representação da realidade, de forma que o que não está mais presente visivelmente, não mais existe. Estende-se desde o nascimento da criança até à aquisição da linguagem.
Pré-operatório: É o segundo grande estágio do desenvolvimento cognitivo de Piaget. A criança ingressa nesse estágio com aproximadamente 2 anos, quando está saindo do estágio sensório-motor, e emerge aos 7 anos, quando o estágio se superpõe ao das operações concretas.
Enquanto que no estágio anterior o comportamento da criança limitava-se a “ações na realidade” neste existem “representações da realidade”. Seus processos de pensamento são usados a fim de encadearem ao real, ao presente, ao concreto. Agora a criança pode usar símbolos para representar objetos, lugares e pessoas. Sua mente pode ir acima do aqui e agora. Seu pensamento pode saltar a frente para prever o futuro e pode permanecer no que poderia estar acontecendo em algum lugar do presente. Este salto quantitativo no pensamento da criança se manifesta sob varias formas – desenho, imagem mental, jogo simbólico, linguagem – é o anúncio da função simbólica.
O pensamento da criança neste estágio é egocêntrico, de forma que não consegue lidar com idéias diferentes das suas, agindo como se as outras pessoas não tivessem sentimentos ou opiniões, ou se as tem, são menos importantes que as suas. As crianças pré-operatórias tendem a centrar, enfocam somente um aspecto de uma situação e omitem outras, o que conduz ao raciocínio ilógico.
Também neste estágio, as crianças são limitadas pela irreversibilidade, isto é, a criança não consegue reverter relações. Da mesma forma como não é capaz de entender o significado da transformação de um estado para outro. Pode-se perceber em experimentos de quantidade, líquidos, massa e outros.
A criança nesta fase pensa e aprende fazendo correr “seqüências de realidade em sua mente”, isto é, ainda não diferencia completamente a realidade da fantasia.
Operatório-concreto: Aproximadamente dos 7 aos 12 anos, o desenvolvimento intelectual apresenta-se de maneira lógica e coerente. A criança de capaz de usar símbolos de um modo mais sofisticado para executar operações, ou atividades mentais, em oposição às atividades físicas que eram a base de seu pensamento anterior. A criança neste estágio torna-se capaz de trabalhar com os princípios da invariância, reversibilidade e coordenação de relações; o trabalho mental a partir desses princípios leva a criança a adquirir uma compreensão de vários agrupamentos. A compreensão se orienta para a observação real dos acontecimentos concretos no ambiente da criança.
Quanto mais se aproximam dos 12 anos de idade, maior poder de concretização individual irão ter.
Por outro lado, tornam-se também capazes de cooperação e de uma vida em comum, Há uma descentralização do egocentrismo que as leva a “transformaras relações imediatas em um sistema coerente de relações objetivas”.
Esse período é marcado, sobretudo pela passagem da intuição à operação.
Operatório-formal: A característica desse estágio é a capacidade de a criança ou pré-adolescente, considerar a realidade não mais sob seus aspectos limitados e concretos e sim raciocinar em cada caso, sobre essa realidade, aumentando o numero de combinações possíveis, o que reforça os seus poderes dedutivos da inteligência. O adolescente já é capaz de pensar no que é possível, no futuro, em vez de se fixar apenas no imediato, formando esquemas conceituais abstratos.
Consegue compreender e relacionar de modo lógico noções abstratas, o que lhe possibilita um acesso infinito aos conteúdos do conhecimento e flexibilidade de pensamento. Procura não mais apenas soluções absolutas e imediatas, mas compreende e constrói sistemas teóricos buscando verdades mais gerais, implicando na abertura de sua estrutura mental para todos as possibilidades.
Ainda que o desenvolvimento intelectual humano fora dividido por Piaget em estágios, cada um caracterizando uma fase cronológica da vida, a idade de uma pessoa não é critério suficiente para sabermos em que estágio do desenvolvimento ela se encontra, embora seja um dos fatores a serem analisados.Existem vários fatores que influenciam no processo de desenvolvimento da aprendizagem humana: a maturação, uma vez que esse desenvolvimento cognitivo oferece estrutura e capacidade de aprender, a experiência no ambiente físico, que consiste no agir sobre os objetos e construir algum conhecimento sobre estes, a assimilação da transmissão social oferecida pelo meio social em que vive (linguagem, educação, etc.). Em outras palavras, uma criança tem seu desenvolvimento intelectual conforme a sociedade em que vive, os estímulos que recebe, as experiências que vivencia e também, na medida em que ocorre a maturação do seu sistema nervoso.
Um comentário:
Oi Gislaine,tua postagem revela o quanto te apropriaste de conceitos fundamentais trabalhados na interdisciplina de Psicologia. Realizaste com bastante propriedade a relação entre os estágios e o conceito de aprendizagem,apresentando uma série de fatores que possibilitam aos sujeitos se desenvolverem cognitivamente.Parabéns! Beijos, Rô
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