quarta-feira, 20 de maio de 2009

Novo PA em desenvolvimento!

Recebemos a orientação do SI para criarmos um novo PA, e desta vez com muito mais experiência sobre o assunto, optamos por uma proposta de projeto onde as pesquisas de campo fossem a base principal de nossa investigação.
Meu grupo, formado pelos colegas Edivan, Deise, Tanara, Catiane, já são companheiros de longa jornada e, portanto com muita afinidade e disponibilidade ao diálogo e a troca de conhecimentos.
Como o colega Edivan está residindo em Santa Catarina no momento, trabalhar a distância será a única alternativa para trocarmos informações, representando uma grande mudança nas relações deste grupo, que se reunia basicamente presencialmente. Creio que esta mudança, possibilitará que aprimoremos e fortalecemos nossa relação com as ferramentas tecnológicas, permitindo o registro sistemático destes encontros, quesito que deixamos a desejar no PA desenvolvido anteriormente em função dos encontros terem sido sempre presenciais.
O grupo teve seu primeiro encontro virtual na noite do dia 18/05, onde criamos o PBwork para o PA e respectivas páginas individuais, decidimos a pergunta central e informamos aos professores interessados das conquistas alcançadas pelo grupo nesta noite.

Para acessar o PBwork de nosso PA, clique aqui.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Visita histórica à cidade de Mostardas

Neste semestre fomos presenteados com um convite, realizar um passeio histórico na cidade de Mostardas e vir a descobrir nesta região traços de nossa historia, ainda muito preservados.
Na ocasião, visitamos uma comunidade Quilombola, onde remanescentes de escravos nos forneceram informações precisas de como se deu a doações de terras para o grupo e como foi realizada a divisão dos terrenos. Nos descreveram que atualmente este território vem sendo invadido por fazendeiros e loteadores e que está sendo muito complicado e demorado legalizar e validar a posse das terras para a comunidade.
Na conversa conhecemos aspectos da cultura Quilombola, como tradições e festas religiosas, rituais de cura e de “feitiços” através de rezas, bem como tivemos a oportunidade de observar a confecção artesanal de tapetes e colchas com lã de ovelha em teares manuais, cuja arte continua de geração em geração desde os tempos de escravidão.
Nossa visita transcorreu-se pela cidade onde a arquitetura açoriana se fazia visível na construção e disposição das casas e prédios, e nos levavam a viajar na historia e perceber concretamente a sua razão de ser.
O Secretário Turístico da cidade nos acompanhou dando-nos informações sobre a luta que vem sendo conscientizar os munícipes da importância de preservar a arquitetura da região. Na ocasião foi possível observar que fora construído recentemente uma casa na rua principal da cidade, cuja arquitetura açoriana não foi respeitada, ficando visível a quão difícil é “segurar o progresso” em função da preservação da história.
Nosso passeio encerrou-se no Parque Nacional da Lagoa do Peixe, onde vislumbramos uma grande variedade de aves migratórias e algumas nativas. A área protegida oferece um ecossistema diferenciado, com características de restinga, onde a mata nativa, banhados, dunas costeiras e faixas de praia fazem desta região um lugar todo especial.



sexta-feira, 8 de maio de 2009

História e cultura dos afro-descentes no Brasil

O enfoque III da interdisciplina Questões Étnico-Raciais na educação: Sociologia e História, trouxe a proposta de realizarmos uma entrevista dialogada com alunos negros de nossa escola, onde a pergunta desencadeadora seria “Como você se sente como aluno(a) negro(a) nesta escola?”. Esta atividade possibilitou-me, como educadora, relacionar as dimensões afro-culturais apresentadas pelos alunos ao seu rendimento escolar. Realizei a entrevista com os 2 únicos alunos negros de minha escola, 2 irmãos e com características totalmente singulares um do outro.
O menino (14 na 6ª série), absolutamente reservado, não deixa transparecer seus sentimentos e emoções, raramente ouve-se sua voz na sala de aula, não obtém um bom rendimento escolar e parece indiferente ao que ocorre a sua volta, levando-me a crer que tenha sofrido algum ato discriminatório em sua trajetória de vida que fez com que diminuísse sua auto-estima e confiança inibindo seu desenvolvimento cognitivo.
Marilene Leal Paré em seu texto “Auto-imagem e Auto-estima na Criança Negra: um olhar sobre o seu Desempenho Escolar”, reforça esta idéia na medida em que compreende a descriminação ao aluno negro como fator principal para a repetência escolar, onde a mágoa, a tristeza, a baixa auto-estima dão origem a uma série de comportamentos negativos ao aluno como a vergonha de ser negro e o desgosto pela sua identidade afro, refletindo em seu baixo rendimento escolar.
Este fato pode ser compreendido ao analisarmos a postura contrária da menina entrevistada (9 anos na 4ª série) frente a sua negritude, ao mostrar-se absolutamente consciente de seu valor e de suas potencialidades enquanto negra, manifestando-se com destaque e exuberância, com sua alto-estima elevada, conseguiu alcançar sucessos sucessivos na sua aprendizagem escolar.
Hoje, mais do que nunca estamos envolvidos neste debate, onde renasce a reflexão sobre o papel da escola como espaço de recuperação e afirmação de identidades. Estas reflexões nos levam a levantar a bandeira por uma educação que respeite as especificidades de cada aluno, especialmente aqueles que trazem consigo um histórico de rejeição e discriminação, como é o caso do negro e do indígena. Da mesma forma, é preciso também que refletimos sobre o sistema educacional público e seu trabalho com relação a questões étnico-raciais, uma vez que crianças negras e pobres dependem desse sistema para continuar sua escolarização e, consequentemente sua profissionalização.
Ao final desta atividade, concluo que mais do que respeitar e “cobrar” respeito as características e dimensões do aluno negro, é preciso contextualizar a cultura afro na sala de aula no sentido de “cultivar” as infinitas expressões destes expressas no seu modo de vida , nas motivações, nas crenças, nos valores, nas práticas, nos rituais, na identidade, como condição para que este aluno não se sinta inferior aos outros e para que seja de fato respeitado e considerado na escola e na sociedade não apenas porque existem leis que punem atos de racismo, mas porque este tipo de comportamento é infundado e sem propósito.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Desenvolvimento da aprendizagem sob enfoque da Psicologia

Estamos dando continuidade a um trabalho iniciado no Eixo II sobre o desenvolvimento do intelecto humano, neste momento enfocando nosso estudo nas teorias de Piaget.
Como sabemos, Piaget foi um grande estudioso suíço que fundou em Genebra, um centro de investigações e pesquisas sobre o desenvolvimento da inteligência humana. Tais investigações permitiram que Piaget formulasse sua teoria propondo que a inteligência evolui de uma estrutura simples inicial, a qual através do contato do ser humano com desafios da meio ambiente circundante, vai se tornando mais complexo e se ampliando, passando por estágios mais ou menos prévios.
Piaget distinguiu quatro grandes estágios, que denomina como “Os Estágios do Desenvolvimento”:

Sensório-motor: Corresponde aproximadamente aos 18 primeiros meses de vida. É um período marcado por extraordinário desenvolvimento em termos mentais, onde se percebe claramente “uma conquista de um novo universo prático”, através das percepções e dos movimentos. Neste estágio inicia-se a capacidade de representação da realidade, de forma que o que não está mais presente visivelmente, não mais existe. Estende-se desde o nascimento da criança até à aquisição da linguagem.

Pré-operatório: É o segundo grande estágio do desenvolvimento cognitivo de Piaget. A criança ingressa nesse estágio com aproximadamente 2 anos, quando está saindo do estágio sensório-motor, e emerge aos 7 anos, quando o estágio se superpõe ao das operações concretas.
Enquanto que no estágio anterior o comportamento da criança limitava-se a “ações na realidade” neste existem “representações da realidade”. Seus processos de pensamento são usados a fim de encadearem ao real, ao presente, ao concreto. Agora a criança pode usar símbolos para representar objetos, lugares e pessoas. Sua mente pode ir acima do aqui e agora. Seu pensamento pode saltar a frente para prever o futuro e pode permanecer no que poderia estar acontecendo em algum lugar do presente. Este salto quantitativo no pensamento da criança se manifesta sob varias formas – desenho, imagem mental, jogo simbólico, linguagem – é o anúncio da função simbólica.
O pensamento da criança neste estágio é egocêntrico, de forma que não consegue lidar com idéias diferentes das suas, agindo como se as outras pessoas não tivessem sentimentos ou opiniões, ou se as tem, são menos importantes que as suas. As crianças pré-operatórias tendem a centrar, enfocam somente um aspecto de uma situação e omitem outras, o que conduz ao raciocínio ilógico.
Também neste estágio, as crianças são limitadas pela irreversibilidade, isto é, a criança não consegue reverter relações. Da mesma forma como não é capaz de entender o significado da transformação de um estado para outro. Pode-se perceber em experimentos de quantidade, líquidos, massa e outros.
A criança nesta fase pensa e aprende fazendo correr “seqüências de realidade em sua mente”, isto é, ainda não diferencia completamente a realidade da fantasia.

Operatório-concreto: Aproximadamente dos 7 aos 12 anos, o desenvolvimento intelectual apresenta-se de maneira lógica e coerente. A criança de capaz de usar símbolos de um modo mais sofisticado para executar operações, ou atividades mentais, em oposição às atividades físicas que eram a base de seu pensamento anterior. A criança neste estágio torna-se capaz de trabalhar com os princípios da invariância, reversibilidade e coordenação de relações; o trabalho mental a partir desses princípios leva a criança a adquirir uma compreensão de vários agrupamentos. A compreensão se orienta para a observação real dos acontecimentos concretos no ambiente da criança.
Quanto mais se aproximam dos 12 anos de idade, maior poder de concretização individual irão ter.
Por outro lado, tornam-se também capazes de cooperação e de uma vida em comum, Há uma descentralização do egocentrismo que as leva a “transformaras relações imediatas em um sistema coerente de relações objetivas”.
Esse período é marcado, sobretudo pela passagem da intuição à operação.

Operatório-formal: A característica desse estágio é a capacidade de a criança ou pré-adolescente, considerar a realidade não mais sob seus aspectos limitados e concretos e sim raciocinar em cada caso, sobre essa realidade, aumentando o numero de combinações possíveis, o que reforça os seus poderes dedutivos da inteligência. O adolescente já é capaz de pensar no que é possível, no futuro, em vez de se fixar apenas no imediato, formando esquemas conceituais abstratos.
Consegue compreender e relacionar de modo lógico noções abstratas, o que lhe possibilita um acesso infinito aos conteúdos do conhecimento e flexibilidade de pensamento. Procura não mais apenas soluções absolutas e imediatas, mas compreende e constrói sistemas teóricos buscando verdades mais gerais, implicando na abertura de sua estrutura mental para todos as possibilidades.

Ainda que o desenvolvimento intelectual humano fora dividido por Piaget em estágios, cada um caracterizando uma fase cronológica da vida, a idade de uma pessoa não é critério suficiente para sabermos em que estágio do desenvolvimento ela se encontra, embora seja um dos fatores a serem analisados.Existem vários fatores que influenciam no processo de desenvolvimento da aprendizagem humana: a maturação, uma vez que esse desenvolvimento cognitivo oferece estrutura e capacidade de aprender, a experiência no ambiente físico, que consiste no agir sobre os objetos e construir algum conhecimento sobre estes, a assimilação da transmissão social oferecida pelo meio social em que vive (linguagem, educação, etc.). Em outras palavras, uma criança tem seu desenvolvimento intelectual conforme a sociedade em que vive, os estímulos que recebe, as experiências que vivencia e também, na medida em que ocorre a maturação do seu sistema nervoso.

PORTFÓLIO DE APRENDIZAGENS - UFRGS


Olá, sejam muito bem-vindos ao meu portfólio de aprendizagens...
Este ambiente foi criado com objetivo de registrar as aprendizagens obtidas nas diversas interdisciplinas ao longo deste curso, bem como poder desenvolver o hábito de refletir sobre nossa caminhada e poder transmitir de forma organizada e coerente cada descoberta, agilizando assim o processo de resgate destes registros.



Graduanda: Gislaine Cardoso Aguiar
email: gislainecardosoa@gmail.com

"Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, oferecendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda."
PAULO FREIRE