segunda-feira, 8 de junho de 2009

Questões Étnico-raciais na educação

A interdisciplina Questões étnico-raciais na Educação tem nos sensibilizado quanto a necessidade de inserir no currículo escolar praticas pedagógicas de caráter permanente, voltadas para as questões étnico-raciais.
Hoje, mais do que nunca estamos envolvidos neste debate, onde renasce a reflexão sobre o papel da escola como espaço de recuperação e afirmação de identidades. Estas reflexões nos levam a levantar a bandeira por uma educação que respeite as especificidades de cada aluno, especialmente aqueles que trazem consigo um histórico de rejeição e discriminação, como é o caso do pobre, do negro e do indígena.
Penso que cada criança possui um esquema de pensamento que a orienta sobre o que é bonito e feio, o ideal e o que deve ser evitado, fruto de sua cultura familiar e da imagem perpassada pelos meios de comunicação e até mesmo pela escola ao longo dos anos. É necessária a contextualização deste ideal em sala de aula, pois “... reproduzimos em nossa vida adulta o que foi registrado em nossa infância.”(Marilene Leal Paré, Auto-imagem e Auto-estima na Criança Negra: um olhar sobre o seu Desempenho Escolar), daí a grande importância de começar este trabalho voltado para questões étnico-raciais desde a educação infantil, onde o eurocentrismo ainda não está totalmente fixado e de onde irão aflorar estas concepções. Se as crianças, desde pequenas, conviverem e aprenderem a aceitar as diferenças do outro como uma forma de enriquecimento intelectual delas próprias, a possibilidade de se tornarem adultos preconceituosos é mínima.
É de suma importância à escola contemporânea abordar assuntos voltados para a questão étnico-racial em sala de aula, como forma fundamental para que estes alunos se reconheçam na diversidade social, valorizando e dialogando com outros modos de pensar e viver e, para que carreguem em suas memórias uma carga de saberes suficientemente capazes de abolir com qualquer sentimento de preconceito contra o que lhe possa parecer “diferente”.

2 comentários:

Rosângela disse...

Oi Gislaine,
Adorei tua reflexão!É de fundamental importância que os educadores, hoje,compreendam a necessidade e a importância de se abordar temáticas ligadas às questões étnico-raciais, porque se desejamos 'criar cidadãos críticos' precisamos ensiná-los, primeiramente, a aceitar e respeitar as diferenças como algo natural. Trata-se de um exercício de alteridade que, como dizes, precisa ser permanente nas salas de aula. Beijos, Rô Leffa

Marcelo TGB disse...

Oi Gislaine. Meu nome é Marcelo e estou aqui porque tenho trabalhos a fazer, de recuperação. Um deles é visitar um blog e comentar, depois fazer uma síntese comparativa com o meu blog e as atividades e teorias do semestre eetc, etc, etc.
Entretanto, passei o olho no teu blog enão consegui mais parar de ler. Mesmo com o preto de fundo que dificulta um pouco, teu conteúdo é muito bom. Extremamente crítica em tuas colocações, sensata nas opiniões e contundente naquilo que acreditas, o que fica evidente nas colocações e mostra teus argumentos embasados nas teorias que mencioan. Parabéns e agradecido por algumas horas de contrução de conhecimento.
Um abraço.

PORTFÓLIO DE APRENDIZAGENS - UFRGS


Olá, sejam muito bem-vindos ao meu portfólio de aprendizagens...
Este ambiente foi criado com objetivo de registrar as aprendizagens obtidas nas diversas interdisciplinas ao longo deste curso, bem como poder desenvolver o hábito de refletir sobre nossa caminhada e poder transmitir de forma organizada e coerente cada descoberta, agilizando assim o processo de resgate destes registros.



Graduanda: Gislaine Cardoso Aguiar
email: gislainecardosoa@gmail.com

"Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, oferecendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda."
PAULO FREIRE