quinta-feira, 22 de abril de 2010

Momento sem igual!

Na intenção de promover momentos onde a turma posse a se conhecer melhor, resgatei alguns objetos usados por bebês como: mamadeira, chocalho, fralda e ao som da cantiga para ninar Boi da cara preta, coloquei-os no centro da rodinha, onde os alunos encontravam-se deitados de olhos fechados. Ao final da música os alunos abriram os olhos e ficaram maravilhados! E em meio a risos (muitos risos) exploraram e comentaram sobre os objetos e, inclusive relataram fatos ocorridos na sua infância cuja visualização dos objetos lhes fizeram recordar.
Esta atividade foi realizada com o objetivo de sensibilizar a turma para um projeto maior que resultará na construção da Linha do tempo da vida de cada um que contará com o auxílio dos pais com datas significativas da vida dos filhos. Percebo que a cada informação que chega oriunda das entrevistas com os pais, as crianças tomam conhecimento de particularidades da vida do outro e, inclusive se identificam com muitas delas. E assim, gradativamente, vão se reconhecendo como colega, filho, irmão, aluno, enfim vão se descobrindo e se reconhecendo na diversidade social.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Mudanças práticas

Desde a primeira observação da turma me questionava sobre o porquê dos alunos estarem dispostos enfileirados. Ainda mais em se tratando de alunos no 1º ano, onde a curiosidade e o espírito colaborativo ainda estão tão aguçados e vivos, podendo colaborar imensamente no processo de aprendizagem.
Logo no primeiro dia de estágio, com a autorização e ajuda da professora titular, dividi a turma em 4 grupos. No início demonstraram estranhamento a situação diferente, mas em seguida já estavam exercendo o papel de: ajudante, colaborador, atravessador de informações, agente contribuidor, etc.
Em função da sala utilizada por nós ser ocupada por uma turma de 8ª série em turno inverso, todos os dias, voltamos a agrupar as mesas e, com isto, em conjunto estamos desenvolvendo noções de tempo, espaço, quantidade, dentre tantas outras habilidades e conhecimentos. Tamanha é a motivação por trabalhar em grupo que os alunos, nem reclamam com esta rotina de carregar mesas.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Estabelecendo parcerias...

Esta semana participei da primeira Reunião Pedagógica da escola, onde foi apresentado aos professores os livros da série Geração MudaMundo. Fiquei maravilhada com os conceitos e valores abordados nos livros, e ficou como tema de casa para os professores trazerem sugestões de atividades para iniciar o trabalho junto aos alunos utilizando a coleção como recurso. Já havia ouvido alguns comentários de colegas sobre esta coleção e agora vejo que ela pode realmente ser um “canal” descobertas e aprendizado na escola, principalmente no que se refere a convivência seja ela na família, na escola, na comunidade.
Ontem visitei a professora titular da turma, que ainda se encontra de licença, para tornar mais consistente nossa parceria durante o estágio. Apresentei a ela minha proposta de planejamento, e admiti estar “perdida” em meio a tantas idéias. Ficamos a tarde inteira conversando e trocando idéias e voltei muito mais segura e confiante. Foi muito bom ouvir, neste momento de ansiedade, a “voz da experiência” dizendo que estou no caminho certo.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Continuando a caminhada...

Conforme sugerido em aula presencial pelo Seminário Integrador VIII, esta semana me dediquei a “conhecer” a turma e a escola na qual realizarei meu estágio e, após uma semana de observação e troca de idéias, já posso esboçar algumas características de ambas.
A Escola Estadual de Ensino Fundamental Dom José Baréa atende cerca de 130 alunos, nos turnos manhã e tarde. Atualmente 15 funcionários atuam na escola, e existe a carência de 1 professor para atuar no 4º ano.
Como estratégia de trabalho a instituição adota a “Pedagogia de projetos” que consiste numa ação pedagógica específica e planejada que dá sentido social e imediato às aprendizagens dos alunos. Os projetos são elaborados de acordo com acontecimentos atuais, festivos e históricos da sociedade e/ou a partir da contextualização de necessidades/dificuldades observadas ou vivenciadas na comunidade onde residimos.
Os alunos são na grande maioria de baixa renda, oriundos da zona rural do município, filhos de agricultores, caminhoneiros e autônomos.
A turma na qual realizarei meu estágio é uma turma de 1º ano composta por 14 alunos, sob a regência da professora Mariluz Raupp, formada em Pedagogia pela Ulbra/Torres.
Não existem alunos portadores de necessidades especiais na turma e nenhum repetente já que a passagem de ano da educação infantil é automática.
Aparentemente trata-se de uma turma tranquila (porém não apática), interessada e disposta a participar das atividades propostas.
Por enquanto estou na expectativa pelo início do estágio, num misto de preocupação e ansiedade por este momento, estou confiante que terei todo apoio que precisar tanto do SI quanto da Escola, e que será um momento muito fecundo para todos nós.


Imagem da Escola Estadual de Ensino Fundamental Dom José Baréa

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Reflexão a partir de um comentário...

Existem muitas semelhanças entre educação de jovens e adultos e educação infantil, se levarmos em consideração que um planejamento para jovens e adultos precisa partir da realidade e dos conhecimentos construídos ao longo dos anos por estes educandos, utilizando de uma metodologia que se ajuste a estas características, possibilitando que o ensino/aprendizagem possa fluir de forma prazerosa e desafiadora, garantindo o interesse e a permanência destes na escola, estamos pensando numa boa alternativa para a educação infantil.
O que importa neste caso, é não levarmos propostas infantis para o trabalho com jovens e adultos, uma vez que este grupo possui uma trajetória de vida mais longa (e provavelmente mais complexa), repleta de experiências, saberes, reflexões sobre si, o outro e o mundo, e com uma imagem subjetiva da sua própria capacidade de aprender e de produzir conhecimento, imagem esta que aflora no retorno a escola, produzindo um significado todo especial às vivências escolares, que precisam ser levadas em conta no momento de planejar , desenvolvendo uma pratica voltada para estes aspectos.
Seguimos conversando...

domingo, 15 de novembro de 2009

Práticas de alfabetização na escola

Inicio esta reflexão, confidenciando que adoro alfabetização e tudo que envolve este tema me chama atenção e me encanta.
Bem, os textos lidos este semestre mediados por diversas interdisciplinas, nos mostram que muito mais que alfabetizar-se nossos alunos precisam compreender o sentido da escrita e da leitura, ou seja, letrar-se. E ir além de ler e escrever, pedagogicamente falando, significa compreender a utilização do código escrito, sem necessariamente estar alfabetizado, através das mais diversas práticas sociais de leitura e escrita do mundo.
O que me chamou a atenção na leitura do texto “Nada é mais gratificante do que alfabetizar”, um texto produzido a partir de uma entrevista com Magda soares, foi a consideração aos métodos ditos “tradicionais”. Muito se criticou estes métodos depois da chegada do Construtivismo, como se nada dele fosse capaz de auxiliar a criança no seu aprendizado. Inclusive muitos professores experientes na área da alfabetização, passaram a negar todo e qualquer método para alfabetizar como se utiliza-los fosse pecado mortal. Na realidade, Magda Soares diz que antes do Construtivismo “se tinha um método e nenhuma teoria; depois passou-se a ter uma teoria e nenhum método.”
Concluo, então, que na prática da alfabetização não existe um único método eficaz, e que nem mesmo os métodos tradicionais devem ser descartados nesta tarefa. Precisa sim, haver convicção e segurança na proposta de trabalho acolhendo múltiplas alternativas e estratégias nesta busca, observando os resultados obtidos e construindo uma teoria própria, baseada na experiência que tenho e na realidade da turma que acompanho.
O que está faltando, segundo Magda Soares é justamente isso, “é uma integração dos resultados das diferentes pesquisas que possibilite a tradução deles numa atuação didática, docente, capaz de orientar a criança no seu aprendizado.” Talvez a falta dessa integração de resultados de pesquisas e de sua tradução em uma pedagogia da alfabetização é que explique as dificuldades que estamos enfrentando atualmente na alfabetização.

sábado, 7 de novembro de 2009

Relações interpessoais, convívio, intercâmbio de saberes... fatores imprescindíveis para o pleno desenvolvimento humano.

A interdisciplina de Libras, através do estudo do filme “O garoto Selvagem”, me colocou em situações de reflexão sobre as especificidades do comportamento humano. O filme retrata experiências de uma criança que, vivendo isolada por anos junto com os lobos, retrai suas capacidades de comunicação adquirindo comportamento puramente selvagem.
Este estudo me levou a interdisciplina de Ed. Especial, proferida no semestre passado onde estudamos sobre a importância das relações interpessoais entre os sujeitos e das múltiplas experiências para a redução das barreiras impostas pela deficiência.
No caso da surdez ou deficiência auditiva, a necessidade da comunicação é fundamental para que a criança desenvolva suas capacidades cognitivas não apenas para se fazer entender como também pra compreender o que lhe dizem.
O filme mostra a existência de uma Instituição Nacional de “Surdos-Mudos”, para onde eram levadas as crianças surdas da época, no século XVIII. Este local funcionava como um “depósito” para crianças anormais ou doentes, um ambiente onde os pais pudessem deixar seus filhos surdos, em segurança, mas sem se comprometer com sua educação. Deste modo, estas crianças ficavam sem a preciosa oportunidade de conviverem em família, utilizando e criando formas para se comunicar, para se fazer entender.
Antigamente, existia uma cobrança muito grande no sentido de ensinar ou “treinar” o surdo para falar desprezando e até punindo qualquer forma de comunicação por sinais. Atualmente a concepção é outra, a população e os governos, bem como, a próprio surdo, vem atribuindo maior importância ao uso da língua de sinais na construção da(s) sua identidade(s), ou seja, já vem se percebendo que este grupo de pessoas possui uma língua que foi criada e é utilizada por uma comunidade especifica de usuários.
É por isso, que atualmente não vimos mais nas escolas professores obrigando alunos surdos a terem que se adequar à oralidade dos não surdos. Hoje, com toda a pedagogia e a movimentação entorno da inclusão, temos escolas e profissionais procurando se aperfeiçoar em Libras. Como incentivo, muitas entidades não governamentais, bem como, o estado e seus municípios vem buscando colocar em suas áreas de curso, a Língua Brasileira de Sinais e assuntos ligados a identidade Surda. Isto, num passado não muito distante, nem se ouvia falar e as possibilidades de se encontrar um curso voltado para esta área eram muito raras.
O estudo desta unidade nos coloca a importância da inclusão, da cooperação no sentido de operar junto, e mais uma vez reforça a idéia de que a convivência, os momentos de troca são fundamentais para o pleno desenvolvimento humano.

PORTFÓLIO DE APRENDIZAGENS - UFRGS


Olá, sejam muito bem-vindos ao meu portfólio de aprendizagens...
Este ambiente foi criado com objetivo de registrar as aprendizagens obtidas nas diversas interdisciplinas ao longo deste curso, bem como poder desenvolver o hábito de refletir sobre nossa caminhada e poder transmitir de forma organizada e coerente cada descoberta, agilizando assim o processo de resgate destes registros.



Graduanda: Gislaine Cardoso Aguiar
email: gislainecardosoa@gmail.com

"Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, oferecendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda."
PAULO FREIRE