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quinta-feira, 17 de junho de 2010

Estágio, oportunidade ímpar de aprendizagem e reflexão

Entreguei hoje a cada aluno uma fotografia da turma como recordação pelo tempo em que estivemos juntos.
Esperei que todos saíssem da sala para o recreio e coloquei sobre a mesa de cada um a foto junto de alguns bombons. Ao sinal para voltarmos para a sala, qual foi a surpresa! Adoro surpreender e adoro causar este tipo de sensação nos outros. Acho que o elemento surpresa, especialmente na sala de aula, cria um clima de alegria onde o inesperado estimula a memória e consequentemente o aprendizado. Neste momento, o que eu busquei foi apenas ver no rostinho deles um sorriso.
Nos abraçamos e, não posso negar, me emocionei.
Decidi entregar-lhes hoje a foto porque bem sei que amanhã, em razão da aula ser pela manhã, boa parte da turma irá faltar, e eu não gostaria de deixá-la para outra pessoa entregar.
Já estou sentindo saudades dos momentos que tivemos juntos, nossas aulas já têm um “gostinho” de despedida.
Lembro-me do primeiro dia, coração disparado, tensão causada pelo medo de não agradar. No início é “tiro no escuro”, não sabemos direito por onde começar. Posso estar aqui, confidenciando algo que deveria ficar oculto. Mas prefiro me abrir.
Agora, o sentimento é outro, ao mesmo tempo que me sinto aliviada pelo “dever cumprido” sinto que teríamos muitas outras coisas significativas para descobrirmos juntos e, o nosso tempo terminou.
Na última aula presencial, uma colega desabafou dizendo: queria que o estágio estivesse começando hoje! Estou com a mesma sensação. É como se a convivência com a turma tivesse aumentado minha capacidade de “acerta” nas escolhas. Lembra do poder de decisão, de que tanto comentei em minhas reflexões? Creio que a convivência, e a experiência é claro, apuram o faro para escolhas certas, principalmente na educação.
O erro é importante não só para o aprendizado do aluno, mas para nós, professores, ele também é construtivo, e a intensão não é exterminar com as situação de equívovo, mas sim, fazer com que elas sirvam de reflexão e de aprendizado sempre. Por que “somos seres inacabados”(Paulo Freire) há sempre novos erros a cometer, novas lições a aprender ...

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Reflexão a partir de um comentário...

Existem muitas semelhanças entre educação de jovens e adultos e educação infantil, se levarmos em consideração que um planejamento para jovens e adultos precisa partir da realidade e dos conhecimentos construídos ao longo dos anos por estes educandos, utilizando de uma metodologia que se ajuste a estas características, possibilitando que o ensino/aprendizagem possa fluir de forma prazerosa e desafiadora, garantindo o interesse e a permanência destes na escola, estamos pensando numa boa alternativa para a educação infantil.
O que importa neste caso, é não levarmos propostas infantis para o trabalho com jovens e adultos, uma vez que este grupo possui uma trajetória de vida mais longa (e provavelmente mais complexa), repleta de experiências, saberes, reflexões sobre si, o outro e o mundo, e com uma imagem subjetiva da sua própria capacidade de aprender e de produzir conhecimento, imagem esta que aflora no retorno a escola, produzindo um significado todo especial às vivências escolares, que precisam ser levadas em conta no momento de planejar , desenvolvendo uma pratica voltada para estes aspectos.
Seguimos conversando...

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Estudo do texto “Planejamento: em busca de caminhos” (RODRIGUES, 2001)

A interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação através do texto “Planejamento: em busca de caminhos” de Maria Bernadette Castro Rodrigues, me ofereceu uma bela oportunidade para refletir a respeito de um planejamento de ensino.
No início de seu texto, Rodrigues destaca seu descontentamento e preocupação frente ao descaso das estagiarias de sua escola (no início dos anos 80) com relação aos planejamentos de ensino que elaboravam, e narra: “(...) Naquela época, incomodava-me a forma como as alunas encaravam as exigências de planejamento. Incomodava-me ficarem os planos no setor pedagógico distantes e esquecidos. Havia uma mecanização instalada e aceita. Planejamento era uma chatice, servindo apenas à burocracia.”(Rodrigues, 2001, p.60)
Conforme ia lendo os relatos da autora, ai me reconhecendo naquele cenário, na minha época de estágio, onde o planejar era tido como um "ritual" muito chato e pouco necessário.
Este meu “olhar” negativo sobre o planejar foi desconstruido quando me vi com minha própria turma, sem obrigações burocráticas quanto a este procedimento, mas com total dependência destes registros para a organização de minha prática e alcance de meus objetivos pedagógicos. A inexistência de “cobranças” (de supervisores) me deixou livre para organizar meus registros conforme meus critérios particulares e isto me favoreceu bastante e, assim, o procedimento chato e desnecessário passou a ser indispensável.
Rodrigues, através de uma breve amostragem de sua história pessoal, argumenta a favor do uso de um "planejamento de e com intenções" e, conseqüentemente, da relevância do "conhecimento das razões, porquê e para quê no sentido de qualificarmos cada vez mais o como".
Em seu texto Rodrigues cita Danilo Gandin, autor do livro "Planejamento como prática educativa” (1985), grande professor que tive o prazer de conhecer numa Jornada Pedagógica oferecida pelo município de Três Cachoeiras. Gandim reforça as idéias da autora ao afirmar que:

“Planejamento é elaborar - decidir que tipo de sociedade e de homem se quer e que tipo de ação educacional é necessária para isso; verificar a que distância se está deste tipo de ação e até que ponto se está contribuindo para o resultado final que se pretende; propor uma série orgânica de ações para diminuir esta distância e para contribuir mais para o resultado final estabelecido; executar - agir em conformidade com o que foi proposto e avaliar – revisar sempre cada um desses momentos e cada uma das ações, bem como cada um dos documentos deles derivados” (Gandin, 1985, p.22).

Tal posicionamento a respeito do “planejar” nos coloca claramente a função deste procedimento no cotidiano escolar e reforça sob que bases ele deverá ser fundamentado. O planejamento de ensino além de registrar objetivos, conteúdos, estratégias/desenvolvimento, recursos e avaliação, deverá envolver também a anotação dos acontecimentos ocorridos no cotidiano escolar e reflexões a cerca da pratica docente. Assim, vejo os planos de aula como instrumentos de trabalho, prática fundamental que mostrará que caminhos seguir para alcançar os objetivos almejados.
Por fim, concluo transcrevendo as palavras de Madalena Freire, que estende esta tarefa docente a toda a humanidade, uma vez que "fazer planos é coisa provavelmente conhecida do homem desde que ele se descobriu com capacidade de pensar antes de agir" (Ferreira, 1985, p.27)

Texto produzido a partir da leitura de um fragmento de texto de Maria Bernadette Castro Rodrigues: “Planejamento: em busca de caminhos”. Porto Alegre: Mediação, 2001. P. 59-65 e 72-73.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Comênio e suas contribuições para a educação atual.

João Amos Komensky - Comênio (1592-1670)

A leitura da "Didática Magna", de Comênio, considerado o pai da pedagogia moderna, me inspirou a refletir sobre a educação atual.
Se considerarmos os quatro principais elementos contidos em sua pedagogia: a consideração do aluno, o ensino igual para todos, o realismo do ensino e, o bom relacionamento entre professor e aluno, veremos que está contido aí o cerne de uma educação de qualidade.
A Pedagogia de Comênio, construída a mais de 300 anos, continua a iluminar nossos caminhos ao ressaltar a importância de realizarmos em sala de aula , um trabalho voltado para os interesses dos alunos (ainda que muitas vezes fiquemos presos a atributos curriculares), respeitando suas habilidades e limitações.
Da mesma forma em que aborda a importância de uma escola inclusiva, aberta para todos, independente de classe social, sexo, idade ou deficiência e preparada para oferecer um trabalho pedagógico voltado para as especificidades de sua clientela. Do mesmo modo o lúdico, as artes, as relações afetivas são tidas pelo autor como chaves para introduzir as crianças no mundo do conhecimento.
Assim, é visível a presença de elementos fundamentais nesta pedagogia para um ensino de qualidade, ou seja, para a formação de indivíduos com maior conhecimento de si mesmos e com melhor capacidade de autocrítica.
A Didática Magna, já traz no prefácio o lema de todos que lutam por uma educação de qualidade: “A proa e a popa da nossa Didática será investigar e descobrir o método segundo o qual os professores ensinem menos e os estudantes aprendam mais” (1657). É impressionante como, tendo se passado mais de três séculos, acreditamos, enquanto educadores, que a metodologia de Comênio (salvo alguns elementos da época) possibilitará que a educação exerça sua verdadeira função: formar seres pensantes, livres na sua autenticidade e com poder de decisão.
Seguimos caminhando na busca por este ideal à luz das idéias de Comênio!

PORTFÓLIO DE APRENDIZAGENS - UFRGS


Olá, sejam muito bem-vindos ao meu portfólio de aprendizagens...
Este ambiente foi criado com objetivo de registrar as aprendizagens obtidas nas diversas interdisciplinas ao longo deste curso, bem como poder desenvolver o hábito de refletir sobre nossa caminhada e poder transmitir de forma organizada e coerente cada descoberta, agilizando assim o processo de resgate destes registros.



Graduanda: Gislaine Cardoso Aguiar
email: gislainecardosoa@gmail.com

"Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, oferecendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda."
PAULO FREIRE