Mostrando postagens com marcador práticas de alfabetização na escola. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador práticas de alfabetização na escola. Mostrar todas as postagens

domingo, 15 de novembro de 2009

Práticas de alfabetização na escola

Inicio esta reflexão, confidenciando que adoro alfabetização e tudo que envolve este tema me chama atenção e me encanta.
Bem, os textos lidos este semestre mediados por diversas interdisciplinas, nos mostram que muito mais que alfabetizar-se nossos alunos precisam compreender o sentido da escrita e da leitura, ou seja, letrar-se. E ir além de ler e escrever, pedagogicamente falando, significa compreender a utilização do código escrito, sem necessariamente estar alfabetizado, através das mais diversas práticas sociais de leitura e escrita do mundo.
O que me chamou a atenção na leitura do texto “Nada é mais gratificante do que alfabetizar”, um texto produzido a partir de uma entrevista com Magda soares, foi a consideração aos métodos ditos “tradicionais”. Muito se criticou estes métodos depois da chegada do Construtivismo, como se nada dele fosse capaz de auxiliar a criança no seu aprendizado. Inclusive muitos professores experientes na área da alfabetização, passaram a negar todo e qualquer método para alfabetizar como se utiliza-los fosse pecado mortal. Na realidade, Magda Soares diz que antes do Construtivismo “se tinha um método e nenhuma teoria; depois passou-se a ter uma teoria e nenhum método.”
Concluo, então, que na prática da alfabetização não existe um único método eficaz, e que nem mesmo os métodos tradicionais devem ser descartados nesta tarefa. Precisa sim, haver convicção e segurança na proposta de trabalho acolhendo múltiplas alternativas e estratégias nesta busca, observando os resultados obtidos e construindo uma teoria própria, baseada na experiência que tenho e na realidade da turma que acompanho.
O que está faltando, segundo Magda Soares é justamente isso, “é uma integração dos resultados das diferentes pesquisas que possibilite a tradução deles numa atuação didática, docente, capaz de orientar a criança no seu aprendizado.” Talvez a falta dessa integração de resultados de pesquisas e de sua tradução em uma pedagogia da alfabetização é que explique as dificuldades que estamos enfrentando atualmente na alfabetização.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Reflexões a partir do texto: “Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola” (KLEIMAN, 2006).

Ângela B. Kleiman (2006), afirma que a escola, sendo a mais importante agencia de letramento, não se preocupa com o letramento social e sim com um tipo de letramento, o escolar, porque a ela foi concebido historicamente este papel, o de direcionar seu trabalho unicamente para o processo de aquisição de códigos (alfabético, numérico) o que foi por muito tempo, suficiente para diferenciar o alfabetizado do analfabeto. Cabe ressaltar que são sobre estas competências, que até hoje se avalia o sucesso ou o fracasso do aluno na escola, associando a aquisição da escrita ao desenvolvimento cognitivo.
Os estudos da autora revelam que o modelo que determina as práticas escolares é o modelo autônomo de letramento, que considera a aquisição da escrita como um processo neutro que, deve promover atividades necessárias para desenvolver no aluno, a capacidade de interpretar e escrever e, neste sentido adverte: “os correlatos cognitivos da aquisição da escrita na escola devem ser entendidos em relação às estruturas culturais e de poder que o contexto de aquisição da escrita na escola representa.” (2006, p. 39)
Podemos observar que existem inúmeras práticas sociais onde vários agentes mediadores transmitem saberes e características próprias de uma cultura. A TV, a igreja, o local de trabalho, a família dentre outros, são agentes com muita influencia no aprendizado e letramento dos indivíduos. Assim, não somente o professor, nem só a escola, embora estes sejam agentes privilegiados pela sistemática planejada e intencionalidade assumida, são praticas de aprendizagem e letramento.
Para Street, o que cada sociedade considera como práticas particulares de letramento e quais os conceitos de leitura e escrita utilizados nessas práticas dependem do contexto (1984, p.01). Nesse sentido, pesquisas sobre letramento na escola devem considerar as especificidades dos usos da leitura e da escrita nesse contexto, influenciados pelas marcas da cultura escolar. A sala de aula, espaço de circulação e de construção de práticas de letramento, deve ser compreendida no sentido atribuído por Collins & Green (1992): um espaço “culturalmente constituído”, através dos padrões e práticas construídas pelos sujeitos participantes do processo interacional para que assim seja possível alfabetizar letrando.

PORTFÓLIO DE APRENDIZAGENS - UFRGS


Olá, sejam muito bem-vindos ao meu portfólio de aprendizagens...
Este ambiente foi criado com objetivo de registrar as aprendizagens obtidas nas diversas interdisciplinas ao longo deste curso, bem como poder desenvolver o hábito de refletir sobre nossa caminhada e poder transmitir de forma organizada e coerente cada descoberta, agilizando assim o processo de resgate destes registros.



Graduanda: Gislaine Cardoso Aguiar
email: gislainecardosoa@gmail.com

"Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, oferecendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda."
PAULO FREIRE