Na ‘varredura’ por referencial teórico no 6º semestre do curso, deparei-me com um texto por demais interessante e condizente com minha problemática de pesquisa. Na interdisciplina de Psicologia, estudamos o texto “EPISTEMOLOGIA GENÉTICA E CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO de Tania Beatriz Iwaszko Marques. Nela a autora reflete sobre o desenvolvimento humano e a interferência do agir neste desenvolvimento se pautando nas ideias de Piaget.
As pesquisas de meu TCC, voltadas para o aluno tímido e seu comportamento passivo frente ao ensino aprendizagem, me mostram que este aluno, é um aprendiz reflexivo, ou seja, ele aprende observando, ouvindo, sem encontrar nesta postura qualquer dificuldade de aprendizagem.
No texto que me referi anteriormente, no que se refere ao agir, a autora esclarece que “para a epistemologia genética a ação é promotora de aprendizagem. Piaget acreditava que a aprendizagem acontece a partir da ação do sujeito, sendo que essa ação pode ser física ou mental”. Nas palavras do autor: As explicações mútuas entre crianças se desenvolvem no plano do pensamento e não somente no da ação material (PIAGET, 1986, p.43).
Assim acabo de encontrar nesta leitura um apoio teórico de suma importância para meu trabalho de pesquisa, onde se faz possível afirmar que o aluno tímido, mesmo mentalmente, está agindo sobre o objeto de estudo, por tanto ele não é passivo. Por isso a sua opção por não participar e/ou não manipular instrumentos práticos durante as aulas, não acarretará em desvantagem na sua aprendizagem, uma vez que seu desempenho estará sendo exercido e executado na sua totalidade, mentalmente.
Logo que escolhi meu tema de pesquisa, percebi que o assunto permeava a área da Psicologia. Não é a toa que estou encontrando bastante fundamentação teórica nas interdisciplinas do curso voltadas para esta área.
Esta leitura me ofereceu inúmeras informações que poderão ser aproveitadas para a produção de meu TCC, onde analiso os tipos de aprendizagens e classifico os alunos em aprendizes ativos e reflexivos.
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sábado, 16 de outubro de 2010
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Desenvolvimento Moral - Uma reflexão sobre a violência na escola.
Um ganho muito grande na Aula 11 ministrata pela Interdisciplina Psicologia II, foi sem dúvida, a tomada de consciência, quanto ao que pode ser ou não um ato violento na escola.
O desenvolvimento moral da criança de dá em fases que correspondem ao seu desenvolvimento intelectual, assim muitas das situações agressivas que observamos em sala de aula, são apenas conseqüência do processo de maturação da criança.
Com base nas referencias de Piaget (1987), é possível afirmar que as crianças até em torno dos dez anos estão em plena construção das noções de justiça, solidariedade, intencionalidade e responsabilidade, o que as torna protagonistas de muitos conflitos. Assim, mesmo sem intenção de machucar, o objetivo era saciar o seu desejo, por isso, puxar, empurrar, morder parece ser uma decisão correta até certo ponto. Daí a grande importância da supervisão permanente de um adulto, para auxiliar a criança a interiorização de seus limites.
Estas situações freqüentes do cotidiano escolar formam um conjunto de oportunidades onde o professor, como adulto, poderá introduzir normas sociais a criança, apresentando parâmetros para que ela venha a agir moralmente. É essencial para o desenvolvimento moral da criança receber subsídios externos do ambiente em que vive, que auxiliem para a sua autonomia futura.
Enquanto educadores, nossa tarefa é sensibilizar a criança quanto ao sentido da cooperação e o respeito com outras crianças e adultos, introduzindo normas sociais voltadas para o bem comum. Piaget (1987) reforça a importância da orientação adulta para a estruturação do desenvolvimento moral, e afirma que ditar regras ou impô-las significa não favorecer a criança a construção da fase seguinte, a autonomia. Como coloca Macedo (2005, p. 146): “(...) Multas, repressões, advertências ou punições podem funcionar, pelo menos em curto prazo, mas pouco a pouco estragam aquilo que é base de toda a disciplina: a entrega de alguém à outra pessoa (ou idéia) que lhe serve de referência e sentido”. Assim, a autoridade precisa ser cautelosa e agir permeada de argumentação e possibilitar, na medida do possível, a reflexão da criança sobre as intenções em seus atos.
Com base nas referencias de Piaget (1987), é possível afirmar que as crianças até em torno dos dez anos estão em plena construção das noções de justiça, solidariedade, intencionalidade e responsabilidade, o que as torna protagonistas de muitos conflitos. Assim, mesmo sem intenção de machucar, o objetivo era saciar o seu desejo, por isso, puxar, empurrar, morder parece ser uma decisão correta até certo ponto. Daí a grande importância da supervisão permanente de um adulto, para auxiliar a criança a interiorização de seus limites.
Estas situações freqüentes do cotidiano escolar formam um conjunto de oportunidades onde o professor, como adulto, poderá introduzir normas sociais a criança, apresentando parâmetros para que ela venha a agir moralmente. É essencial para o desenvolvimento moral da criança receber subsídios externos do ambiente em que vive, que auxiliem para a sua autonomia futura.
Enquanto educadores, nossa tarefa é sensibilizar a criança quanto ao sentido da cooperação e o respeito com outras crianças e adultos, introduzindo normas sociais voltadas para o bem comum. Piaget (1987) reforça a importância da orientação adulta para a estruturação do desenvolvimento moral, e afirma que ditar regras ou impô-las significa não favorecer a criança a construção da fase seguinte, a autonomia. Como coloca Macedo (2005, p. 146): “(...) Multas, repressões, advertências ou punições podem funcionar, pelo menos em curto prazo, mas pouco a pouco estragam aquilo que é base de toda a disciplina: a entrega de alguém à outra pessoa (ou idéia) que lhe serve de referência e sentido”. Assim, a autoridade precisa ser cautelosa e agir permeada de argumentação e possibilitar, na medida do possível, a reflexão da criança sobre as intenções em seus atos.
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sexta-feira, 1 de maio de 2009
Desenvolvimento da aprendizagem sob enfoque da Psicologia
Estamos dando continuidade a um trabalho iniciado no Eixo II sobre o desenvolvimento do intelecto humano, neste momento enfocando nosso estudo nas teorias de Piaget.
Como sabemos, Piaget foi um grande estudioso suíço que fundou em Genebra, um centro de investigações e pesquisas sobre o desenvolvimento da inteligência humana. Tais investigações permitiram que Piaget formulasse sua teoria propondo que a inteligência evolui de uma estrutura simples inicial, a qual através do contato do ser humano com desafios da meio ambiente circundante, vai se tornando mais complexo e se ampliando, passando por estágios mais ou menos prévios.
Piaget distinguiu quatro grandes estágios, que denomina como “Os Estágios do Desenvolvimento”:
Como sabemos, Piaget foi um grande estudioso suíço que fundou em Genebra, um centro de investigações e pesquisas sobre o desenvolvimento da inteligência humana. Tais investigações permitiram que Piaget formulasse sua teoria propondo que a inteligência evolui de uma estrutura simples inicial, a qual através do contato do ser humano com desafios da meio ambiente circundante, vai se tornando mais complexo e se ampliando, passando por estágios mais ou menos prévios.
Piaget distinguiu quatro grandes estágios, que denomina como “Os Estágios do Desenvolvimento”:
Sensório-motor: Corresponde aproximadamente aos 18 primeiros meses de vida. É um período marcado por extraordinário desenvolvimento em termos mentais, onde se percebe claramente “uma conquista de um novo universo prático”, através das percepções e dos movimentos. Neste estágio inicia-se a capacidade de representação da realidade, de forma que o que não está mais presente visivelmente, não mais existe. Estende-se desde o nascimento da criança até à aquisição da linguagem.
Pré-operatório: É o segundo grande estágio do desenvolvimento cognitivo de Piaget. A criança ingressa nesse estágio com aproximadamente 2 anos, quando está saindo do estágio sensório-motor, e emerge aos 7 anos, quando o estágio se superpõe ao das operações concretas.
Enquanto que no estágio anterior o comportamento da criança limitava-se a “ações na realidade” neste existem “representações da realidade”. Seus processos de pensamento são usados a fim de encadearem ao real, ao presente, ao concreto. Agora a criança pode usar símbolos para representar objetos, lugares e pessoas. Sua mente pode ir acima do aqui e agora. Seu pensamento pode saltar a frente para prever o futuro e pode permanecer no que poderia estar acontecendo em algum lugar do presente. Este salto quantitativo no pensamento da criança se manifesta sob varias formas – desenho, imagem mental, jogo simbólico, linguagem – é o anúncio da função simbólica.
O pensamento da criança neste estágio é egocêntrico, de forma que não consegue lidar com idéias diferentes das suas, agindo como se as outras pessoas não tivessem sentimentos ou opiniões, ou se as tem, são menos importantes que as suas. As crianças pré-operatórias tendem a centrar, enfocam somente um aspecto de uma situação e omitem outras, o que conduz ao raciocínio ilógico.
Também neste estágio, as crianças são limitadas pela irreversibilidade, isto é, a criança não consegue reverter relações. Da mesma forma como não é capaz de entender o significado da transformação de um estado para outro. Pode-se perceber em experimentos de quantidade, líquidos, massa e outros.
A criança nesta fase pensa e aprende fazendo correr “seqüências de realidade em sua mente”, isto é, ainda não diferencia completamente a realidade da fantasia.
Operatório-concreto: Aproximadamente dos 7 aos 12 anos, o desenvolvimento intelectual apresenta-se de maneira lógica e coerente. A criança de capaz de usar símbolos de um modo mais sofisticado para executar operações, ou atividades mentais, em oposição às atividades físicas que eram a base de seu pensamento anterior. A criança neste estágio torna-se capaz de trabalhar com os princípios da invariância, reversibilidade e coordenação de relações; o trabalho mental a partir desses princípios leva a criança a adquirir uma compreensão de vários agrupamentos. A compreensão se orienta para a observação real dos acontecimentos concretos no ambiente da criança.
Quanto mais se aproximam dos 12 anos de idade, maior poder de concretização individual irão ter.
Por outro lado, tornam-se também capazes de cooperação e de uma vida em comum, Há uma descentralização do egocentrismo que as leva a “transformaras relações imediatas em um sistema coerente de relações objetivas”.
Esse período é marcado, sobretudo pela passagem da intuição à operação.
Operatório-formal: A característica desse estágio é a capacidade de a criança ou pré-adolescente, considerar a realidade não mais sob seus aspectos limitados e concretos e sim raciocinar em cada caso, sobre essa realidade, aumentando o numero de combinações possíveis, o que reforça os seus poderes dedutivos da inteligência. O adolescente já é capaz de pensar no que é possível, no futuro, em vez de se fixar apenas no imediato, formando esquemas conceituais abstratos.
Consegue compreender e relacionar de modo lógico noções abstratas, o que lhe possibilita um acesso infinito aos conteúdos do conhecimento e flexibilidade de pensamento. Procura não mais apenas soluções absolutas e imediatas, mas compreende e constrói sistemas teóricos buscando verdades mais gerais, implicando na abertura de sua estrutura mental para todos as possibilidades.
Ainda que o desenvolvimento intelectual humano fora dividido por Piaget em estágios, cada um caracterizando uma fase cronológica da vida, a idade de uma pessoa não é critério suficiente para sabermos em que estágio do desenvolvimento ela se encontra, embora seja um dos fatores a serem analisados.Existem vários fatores que influenciam no processo de desenvolvimento da aprendizagem humana: a maturação, uma vez que esse desenvolvimento cognitivo oferece estrutura e capacidade de aprender, a experiência no ambiente físico, que consiste no agir sobre os objetos e construir algum conhecimento sobre estes, a assimilação da transmissão social oferecida pelo meio social em que vive (linguagem, educação, etc.). Em outras palavras, uma criança tem seu desenvolvimento intelectual conforme a sociedade em que vive, os estímulos que recebe, as experiências que vivencia e também, na medida em que ocorre a maturação do seu sistema nervoso.
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segunda-feira, 23 de março de 2009
Em eterno processo de formação...
As interdisciplinas de Psicologia juntamente com a de Filosofia da Educação, ambas do Eixo VI, me proporcionaram uma grande reflexão a cerca do meu crescimento em termos de produção textual no transcorrer desde curso.
A primeira atividade de Filosofia da Educação foi sobre a “estrutura de um argumento”. Este estudo me levou a compreender que: “Argumentar é ter a intenção de convencer ou justificar”, enquanto que a primeira atividade de Psicologia era justamente refletir sobre uma atividade realizada no eixo II e descrever sobre nossas impressões atuais sobre as respostas dadas lá no inicio do curso. E as impressões não foram boas.
Não que eu esteja contrária as minhas idéias anteriores, mas meus argumentos estavam de fato muito pobres e sem justificativas fortes que viessem a convencer alguém de sua veracidade.
Não me sinto envergonhada pela primeira produção, muito pelo contrário, me sinto sim muito orgulhosa da capacidade que adquiri de produzir algo muito melhor. Tenho consciência que estou em processo de formação, num caminho longo e cujos resultados são cada vez mais visíveis sempre que olho para trás e vejo o quanto já cresci da mesma forma como olho pra frente e vejo o quanto ainda tenho que crescer para que eu chegue o mais próximo possível de ser um educador eficiente!
A primeira atividade de Filosofia da Educação foi sobre a “estrutura de um argumento”. Este estudo me levou a compreender que: “Argumentar é ter a intenção de convencer ou justificar”, enquanto que a primeira atividade de Psicologia era justamente refletir sobre uma atividade realizada no eixo II e descrever sobre nossas impressões atuais sobre as respostas dadas lá no inicio do curso. E as impressões não foram boas.
Não que eu esteja contrária as minhas idéias anteriores, mas meus argumentos estavam de fato muito pobres e sem justificativas fortes que viessem a convencer alguém de sua veracidade.
Não me sinto envergonhada pela primeira produção, muito pelo contrário, me sinto sim muito orgulhosa da capacidade que adquiri de produzir algo muito melhor. Tenho consciência que estou em processo de formação, num caminho longo e cujos resultados são cada vez mais visíveis sempre que olho para trás e vejo o quanto já cresci da mesma forma como olho pra frente e vejo o quanto ainda tenho que crescer para que eu chegue o mais próximo possível de ser um educador eficiente!
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PORTFÓLIO DE APRENDIZAGENS - UFRGS
Olá, sejam muito bem-vindos ao meu portfólio de aprendizagens...
Este ambiente foi criado com objetivo de registrar as aprendizagens obtidas nas diversas interdisciplinas ao longo deste curso, bem como poder desenvolver o hábito de refletir sobre nossa caminhada e poder transmitir de forma organizada e coerente cada descoberta, agilizando assim o processo de resgate destes registros.
Graduanda: Gislaine Cardoso Aguiar
email: gislainecardosoa@gmail.com
"Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, oferecendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda."
PAULO FREIRE
PAULO FREIRE