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quinta-feira, 10 de junho de 2010

E a Bruxa Onilda foi parar na África do Sul!


No início desta semana, a turma criou uma história onde a Bruxa Onilda viajava até a África do Sul para assistir aos jogos da Copa do mundo. Havia comentado com eles que a história criada poderia se transformar em livro, mas enquanto não viram, ou seja, enquanto não era concreto, parecia algo irreal, desejável mas irreal.
No dia seguinte que produziram o texto, levei a eles as páginas do livro, cada uma com um parágrafo da história para ser ilustrado. O que mais impressionou as crianças foi ver que a história que criaram estava escrita com “letra de computador”, (foram estas as palavras usadas pela turma) como se o contato com este tipo de letra fosse possível apenas nos livros...
Antes de distribuir as páginas entre os alunos para que ilustrassem, ressaltei que dependeria do empenho de cada um em realizar um trabalho bem feito, para a beleza e qualidade do todo.
E entenderam direitinho...eu sou suspeita em elogiar porque adoro desenhos infantis, ainda mais dos meus alunos, mas os desenhos ficaram mesmo impecáveis.
A professora titular, gostou tanto do trabalho que pediu para fazer cópias das páginas da história.
Assim poderia ter uma reprodução do livro produzido pela turma para posteriores estudos e exploração, inclusive com outras turmas da escola.
Avalio esta produção textual como mais uma atividade que, em absoluto, correspondeu aos meus objetivos, uma vez que alcançou o desejo e o interesse dos alunos, explorou um tema atual aproveitando o conhecimento que os alunos tinham sobre o assunto, trabalhou com o imaginário/a fantasia, e atrelou a tudo isto, um trabalho voltado para a alfabetização, onde o mais importante não é apenas aprender a ler e escrever, mas acima de tudo encontrar na leitura e na escrita fontes de prazer e de alegria.


As páginas da história "Bruxa Onilda vai à Copa", produzida pelo 1º ano da Escola Dom José Baréa podem ser acessadas no link abaixo:

Clique aqui

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Avaliando o uso de Glossários em turmas de alfabetização

Nesta primeira semana experienciando Glossário, penso que é uma atividade interessante aos alfabetizandos, porém, observo que ele limita a busca da criança pela sua aprendizagem no que diz respeito ao conhcer as letras, ao perceber seu valor sonoro.
Existe uma necessidade de o professor estar atento para que o aluno não se apoie no glossario a ponto de apenas realizar cópias e não se esforçar em escrever as palavras do seu jeito.
Percebi isso logo no início do uso do mesmo, quando as crianças, se dirigiam ao glossário e faziam as cópias das palavras sem nem ao menos refletirem sobre o que estavam escrevendo.
Penso que as crianças precisam passar por fazes no processo de apropriação da língua escrita, e é absolutamente normal que ela "coma" letrinhas ou substitua por outra de som semelhante.
Não considero desejável um aluno escrever perfeitamente uma palavra, se ele apenas memorizou a sua escrita atraves do glossário e não construiu conceitos fundamentais para que consiga ler e escrever outras palavras alé daquela decorada, além do mais, o que é apenas decorado se perde rapidamente.
Talvez seja cedo demais para eu estar chegando a esta conclusão, mas acredito que o uso do glossário somente é interessante e próprio a alfabetização, quando é utiizado de forma crítica pelos alunos, isto é, quando é utilizado como suporte em caso de dúvida na escrita de determinada palavra, somente depois de se ter tentado escrever a palavra desejada seguindo hipóteses sobre a escrita.
Não penso em cessar meu trabalho com glossários, muito pelo contrário, esta concepção construida por mim neste pequeno período de expereência com glossário na alfabetização, me aguçou ainda mais explorá-lo de outras formas, sempre conduzindo o aluno a tentar escrever de seu jeito determinada palavra, ainda que faltem letrinhas, e o glossário consultado para verificar se conseguiu realmente escrever o que queria.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Educação de Jovens e adultos - uma reflexão sobre as práticas de alfabetização

Homens e mulheres, por meio de sua ação intencional sobre o meio que os cerca, produzem socialmente o saber. Isto implica que ninguém é desprovido de conhecimento. O que há, segundo Freire, são saberes e culturas diferentes com as quais e nas quais temos que crescer enquanto sujeitos, mas sobretudo pelas quais temos que lutar. Jamais, portanto, para ele, devemos negar a cultura dos homens e das mulheres do campo; os seus saberes, suas culturas e tradições.
É, portanto, da riqueza dos seus saberes, de que devemos partir, para o desenvolvimento do processo de alfabetização, numa permanente relação dialética entre o saber popular e o saber sistemático.
Ler e escrever a palavra só nos fazem deixar de ser sombra dos outros quando, em relação dialética com a leitura do mundo, tem que ver com que o chamo a re-escrista do mundo, que dizer, com sua transformação. Daí a natureza política, não necessariamente partidária, da educação em geral, da de adultos e de alfabetização em particular” ( FREIRE, 2000, p.88).
Isso irá nos possibilitar, de forma consistente, desenvolver o que Freire denomina de leitura de mundo, como práxis pedagógica para a superação da consciência ingênua do alfabetizando para a construção de uma consciência crítica a despeito de sua realidade. Razão pela qual, Freire recusa toda e qualquer prática pedagógica tecnicista, onde o ensino da leitura e escrita se dão numa repetição mecânica das famílias silábicas ou na memorização de palavras alienadas. Para Freire, o conteúdo que vai mediar a relação entre os sujeitos para a produção da escrita e da leitura, deve necessariamente emergir da realidade do alfabetizando, é dela que surge o tema gerador o qual possibilitará uma problematização de forma interdisciplinar.
E em se tratando de jovens e adultos, esta concepção se torna ainda mais imperativa, uma vez que as marcas das experiências destes sujeitos se encontram ainda mais fortes e presentes não somente no meio familiar, mas no meio profissional, espiritual, etc.
A flexibilidade curricular deve significar um momento de aproveitamento das experiências diversas que estes alunos trazem consigo como, por exemplo, os modos pelos quais eles trabalham seus tempos e seu cotidiano.
Os alunos de EJA precisam “sentir-se” dentro da sala de aula através de situações pedagógicas que valorizem e que “dêem significado” as especificidades deste grupo, caso contrário o abandono da escola será a alternativa mais coerente a estes sujeitos

PORTFÓLIO DE APRENDIZAGENS - UFRGS


Olá, sejam muito bem-vindos ao meu portfólio de aprendizagens...
Este ambiente foi criado com objetivo de registrar as aprendizagens obtidas nas diversas interdisciplinas ao longo deste curso, bem como poder desenvolver o hábito de refletir sobre nossa caminhada e poder transmitir de forma organizada e coerente cada descoberta, agilizando assim o processo de resgate destes registros.



Graduanda: Gislaine Cardoso Aguiar
email: gislainecardosoa@gmail.com

"Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, oferecendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda."
PAULO FREIRE