quinta-feira, 29 de maio de 2008

Perguntas...

O Seminário Integrador através da atividade Lançamento de Perguntas me fez refletir sobre várias questões, tais como:
-De onde vem os Conteúdos Escolares, quem os seleciona, a partir de que critérios?
-O que faz dos conteúdos escolares mais importantes de serem trabalhados em sala de aula do que as dúvidas pessoais que afligem os alunos?
-Porque as perguntas dos alunos precisam se originar com horário e dia marcado através de uma história introdutória ou coisa parecida?
-O que faz de uma pergunta ser produtiva ou menos produtiva?
-Porque temos que responder todas as perguntas que nos são feitas em sala de aula?
E várias outras questões a este respeito.
Bem, em primeiro lugar preciso admitir que nunca tinha parado para analisar que uma simples pergunta lançada por um aluno poderia ser tema gerador (metodologia freireana) de uma série de assuntos importantíssimos de serem contextualizados em sala de aula.
O que acontece normalmente é que as perguntas são feitas pela criança e rapidamente são respondidas pelo professor, como se tivéssemos a obrigação de sanar a dúvida do aluno instantaneamente. Até mesmo quando aparecem aquelas perguntinhas indesejadas, “danadas” de se responder, sinônimo de aflição para o professor que tenta de uma forma ou de outra responder rapidamente, isso se não conseguir se esquivar dela a tempo.
Por que não devolver a pergunta ao aluno num tom de “O que tu achas que acontece?” ou “Na tua opinião, o que tu pensa que é isto?”
Talvez esta seja a melhor forma de se “responde-lo”, já que para formular a pergunta ele obviamente baseou-se em seus conhecimentos, neste sentido a aprendizagem partirá deste ponto...
Quem determina o que deve ser trabalhado em sala de aula é unicamente o professor que em meio à lista de Conteúdos a serem vencidos no ano, deve dar atenção especial às duvidas de seus alunos.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

A elaboração do PIE

Elaborar o Plano Individual de Estudos foi de grande valia para cada estudante deste curso. Isto porque a análise gerada em cada momento de sua criação nos fez refletir profundamente a cerca de nossos reais objetivos neste curso, sejam eles pessoais, profissionais ou estudantis.
Não foi uma atividade fácil, porque não bastava apenas propor objetivos em forma de aprendizagens e melhoramentos pessoais, era preciso mostrar o caminho para alcançá-los através da indicação de recursos e planejamento de estratégias, além de estipular prazos para estas conquistas.
A conclusão do plano se daria numa apresentação de evidências da sua realização.
Minha primeira versão ficou muito “genérica” (palavras da tutora Roberta) e necessitou de alguns reparos.
A sugestão para modificar meu PIE me fez repensar cada objetivo que elaborei inicialmente e eliminar vários deles que não estavam ao meu alcance, ora por serem de cunho coletivo, ora por se tratarem de verdadeiras utopias, desejos que não se alcançam em uma vida e que são almejados por todos que têm algum vinculo com a educação, como: Colaborar para o desenvolvimento de cidadãos críticos...
Ao final deste trabalho me vejo mais realista (pé no chão) quanto aos meus desejos e anseios, consigo me colocar no ligar de alguém que mesmo disposto a muito prender e ensinar não pode mudar o mundo.

terça-feira, 6 de maio de 2008

De vezes e de dividir

A interdisciplina de Representação do Mundo pela Matemática me proporcionou uma nova visão quanto ao momento de abordar a divisão e a multiplicação nas séries iniciais. Por serem consideradas complicadas, a divisão e a multiplicação só apareciam no currículo depois que as crianças dominassem bem a adição e a subtração, algo que eu concordava plenamente. Porém desde cedo as crianças têm grande capacidade de operar com estas noções matemáticas, e os alunos só tem a ganhar quando aprendem todos os conceitos desde o início da escolaridade.
A Teoria dos Campos Conceituais, do psicólogo francês Gérard Vergnaud, afirma que problemas envolvendo várias situações devem ser explorados em um trabalho continuado que percorra toda a escolaridade da criança, evidenciando as relações existentes entre as operações, mesmo antes da sistematização de seus algarismos.
As atividades abordando multiplicação e divisão nas primeiras séries do ensino fundamental devem ser orientadas didaticamente de forma prazerosa e que venham a provocar o aluno a resolver situações concretas de seu cotidiano, com o uso de materiais que estejam ao seu alcance, para que possam elaborar hipóteses e discutir estratégias.
É muito importante estimular os pequenos a discutir suas idéias com seus colegas, pois cada um terá uma forma diferente de se chegar ao mesmo resultado e a existência destas conjecturas é extremamente importante para a construção das primeiras relações da criança com a matemática.


sexta-feira, 25 de abril de 2008

BALANCE - Mas não caia!

O filme BALANCE, sugerido pela interdisciplina Representação pelas Ciências Naturais, é muito instigante e expressivo, ótimo para trabalhar questões referentes ao Desequilíbrio Ambiental com as crianças. Achei de muita criatividade a produção do pequeno filme, que em menos de 8 minutos nos provoca uma série de reflexões.
Os fatos assistidos no filme se relacionam perfeitamente ao Desequilíbrio Ambiental que vivemos na atualidade. Quando um homem altera o ambiente ou o espaço onde vive, esta ação não diz respeito apenas ao seu ato, mas se expande e reflete a toda uma população.
É como se estivéssemos, assim como no filme, suspensos no ar, qualquer ação solitária realizado no ambiente, traria conseqüências a todos participantes, sendo assim, cada ação realizada deixa de ser um ato solitário e individual e passa a instituir conseqüências para boas ou más para todo um grupo, mantendo ou provocando o desequilíbrio do espaço.
A contextualização da “ação/reação”, é necessária e precisa ser analisada pela sociedade.
Vimos e ouvimos frequentemente casos de desmatamento desordenado, poluição da água e do ar, queimadas ilegais, matança de animais como se a natureza existisse para ser explorada pelo homem em prol de seu bem estar, deixando claro que a ganância e a busca do lucro ultrapassam a barreira do senso comum e até da consciência humana.
Estamos sofrendo com o desequilíbrio ambiental, pessoas continuam modificando e organizando seu espaço conforme suas vontades e objetivos próprios, não se importando com o futuro da humanidade (nem ao menos do seu vizinho).

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Repensando o ensino de Ciências

A leitura dos textos sugeridos bem como a realização da atividade prática da aula presencial, me colocaram numa situação de grande aprendizagem na área de Ciências.
A tarefa de representar através de desenhos alguns temas foi complicada, pois nos deparamos com palavras que não eram comuns no nosso cotidiano fazendo com que a representação ficasse muito difícil, comprovando neste momento como seguimos a ideologia produzida pela sociedade. O que nunca tivemos a oportunidade de ver reproduzido por alguém se torna difícil de ser representado.
Esta atividade quando aplicada aos alunos nos possibilita diagnosticar o que eles têm como verdades sobre algum conteúdo, já que cada desenho feito passará pelo processo de análise sobre o seu significado.
Existe uma grande importância de diagnosticar o que os alunos têm como verdades antes de iniciar algum conteúdo novo, pois a construção do seu conhecimento, parte do que ele já tem construído; portanto, através desta atividade, os alunos são levados a contextualizar seus conceitos já consolidados, discutindo suas hipóteses e confrontando-as com outras opiniões, encontrando assim argumentos para defender suas próprias idéias.
A leitura do texto "Repensando o ensino de Ciências a partir de novas histórias da ciência" de Russel Teresinha Dutra, me fez compreender que o Estudo de Ciências não deve apresentar aos alunos dados científicos como verdades absolutas, pois a construção de idéias e conceitos, assim como as imagens que desenhamos, são construções históricas, de forma que o que é verdade hoje pode ter caráter duvidoso amanhã. Sendo assim a Ciência passa a ser feita de verdades provisórias, que serão mantidas até que segmentos interessados provem o contrário.
Os alunos deverão ser provocados a colocar sempre a prova o que tem como verdade absoluta, pois sempre existe a possibilidade de mudança no que pensamos, no que acreditamos.
Desta postura de permanente reflexão depende o futuro da sociedade.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Assumindo um compromisso com o futuro do nosso aluno

Apesar de não ter participado da aula presencial de Estudos Sociais, a conversa com colegas e a leitura do texto “DO ACASO À INTENÇÃO EM ESTUDOS SOCIAIS”, me motivou a registrar as primeiras aprendizagens proferidas por esta interdisciplina.
O reforço da idéia de que o trabalho docente nunca poderá deixar de ser uma atividade consciente e sistemática, trabalhados no texto, veio como forma de nos provocar a compreender a complexidade desta tarefa como algo que ultrapassa o espaço da sala de aula, pois está diretamente ligado a questões sociais já que o grande objetivo é capacitar os alunos a agir e participar na vida social.
Pensando assim, como objetivar tal expectativa sem considerar as experiências de vida dos alunos? Como esperar que a mudança social parta de indivíduos críticos sem ouvir e incluir suas aflições, anseios, desejos no ensino oferecido na escola?
Partindo destas questões, creio que o ensino de Estudos Sociais, deve se encarregar predominantemente destas situações em sala de aula e focalizando resultados fora dela. Ensinar Estudos Sociais nesta perspectiva é planejar situações onde os alunos aprendam conceitos importantes, que lhes permitam compreender e intervir em seus contornos sociais de forma consciente. Esta postura adotada pelo educador, abomina situações de acumulo de informações, onde os alunos debruçam-se em livros e estudam sobre fatos históricos como algo isolado da realidade.
O ensino de qualquer estudo, inclusive o de Estudos Sociais deve considerar a história da turma em suas atividades de sala de aula, seus conhecimentos, suas hipóteses, seus conceitos construídos por anos e talvez contaminados pela mídia, pela cultura e até pela própria escola para partir em busca de novos conhecimentos.
ANALISAR, REFLETIR, CONTEXTUALIZAR, são quesitos fundamentais para que o ensino possibilite a elaboração de conhecimentos “transformadores”, e que finalmente se materializem em alunos/cidadãos, alunos/críticos, alunos/participativos.

domingo, 30 de março de 2008

Representação do Mundo pela Matemática


No dia 17/03 tivemos nossa primeira aula presencial e conhecemos o professor Luiz Davi Mazzei da Interdisciplina Representação do Mundo pela Matemática.
Nesta noite além de alguns conceitos referentes a iniciação à matemática, manuseamos alguns jogos que poderiam nos auxiliar em sala de aula.
A Caixa Tátil, eu particularmente já conhecia da época que trabalhei na educação Infantil, porém o Baralho "Maia" foi algo novo e muito interessante para trabalhar com os maiores.
Este baralho foi entregue aos grupos e sugerido que cada um, segundo seus preceitos, descobrisse uma forma de jogá-lo. Foi muito engraçado, pois não haviam números apenas gravuras, o que dificultava desvendar as regras. Após alguns minutos, conseguimos colocar as cartas em ordem numérica, porém não sabíamos qual era o valor de cada uma.
Esta atividade é muito interessante na medida em que nos desafia a colaborar com nossa opinião a respeito de algo, mas também nos sujeita a abrir mão de nossas idéias, em função da proposta do outro, que poderá ser mais coerente que a nossa, esta postura trabalha nos alunos a verdadeira concepção de equipe, pois neste primeiro momento o resultado positivo é vitória para todos, somente após o início do jogo passarão a ser adversários.
Mais uma vez encontramos em momentos divertidos um grande aliado em sala de aula, colaborando não só na questão pedagógica mas também na emocional e pessoal dos alunos.



PORTFÓLIO DE APRENDIZAGENS - UFRGS


Olá, sejam muito bem-vindos ao meu portfólio de aprendizagens...
Este ambiente foi criado com objetivo de registrar as aprendizagens obtidas nas diversas interdisciplinas ao longo deste curso, bem como poder desenvolver o hábito de refletir sobre nossa caminhada e poder transmitir de forma organizada e coerente cada descoberta, agilizando assim o processo de resgate destes registros.



Graduanda: Gislaine Cardoso Aguiar
email: gislainecardosoa@gmail.com

"Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, oferecendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda."
PAULO FREIRE